20.7.24

O QUE SÃO CARBOIDRATOS? DESCUBRA SE ELES SÃO OS VILÕES OU OS HERÓIS DA SUA ALIMENTAÇÃO!

O que são carboidratos? Independentemente da região do país onde você vive, é provável que eles tenham presença garantida no seu prato do desjejum, almoço ou até mesmo jantar.

Por isso, é muito importante saber qual é a função desses alimentos e sua importância do ponto de vista nutricional. Porém, além dessas questões tão importantes, há alguns anos os carboidratos ocupam o centro de uma grande controvérsia. Afinal, eles são vilões ou heróis para quem está tentando emagrecer?

Eles têm, realmente, uma grande responsabilidade na epidemia de obesidade que vemos atualmente em toda a civilização ocidental, principalmente nas Américas?

Se você também tem essas perguntas, continue a leitura deste artigo. Vamos explicar o que são carboidratos, qual é sua importância em uma alimentação balanceada e se a restrição desses alimentos — as famosas dietas low carb — são a melhor alternativa para quem precisa eliminar gordura e ganhar saúde. Confira!

O que são carboidratos?

Muitos dos alimentos que fazem parte do nosso cardápio diário possuem três elementos químicos em sua constituição: o carbono, o hidrogênio e o oxigênio. Quando eles têm essa composição, são chamados de carboidratos, ou também hidratos de carbono.

Na verdade, muitos dos alimentos que consumimos são ricos em carboidratos. De forma geral, podemos dizer que ele é encontrado em vegetais que produzem amido (como grãos, cereais, raízes ou tubérculos) e também naqueles que contêm açúcar (frutas, mel, etc).

Por isso, mesmo que você não considere essa parte química tão interessante, vale a pena descobrir quais são os hidratos de carbono e o quanto eles estão presentes no dia a dia.
Outros alimentos, como verduras e legumes, também contêm carboidratos. Porém, a concentração é bem menor que aquela observada em frutas, cereais e tubérculos, bem como os derivados desses alimentos.

Qual é a função dos carboidratos?

Além de saber o que são carboidratos, também é importante entender qual é a função deles no organismo. Como você pode ver, eles estão muito presentes no nosso cardápio.

O consumo frequente de carboidratos tem um motivo: eles despejam glicose (açúcar) na nossa corrente sanguínea. Portanto, proporcionam a energia que o corpo precisa para funcionar e para realizarmos as atividades do dia a dia: trabalho, estudo, exercícios físicos, tarefas domésticas, locomoção etc.

Além disso, os carboidratos são essenciais para o funcionamento do cérebro. Esse órgão tão importante não consegue usar a gordura como fonte de energia e encontra nos hidratos de carbono seu principal combustível. Por isso, na falta de carboidratos, a pessoa pode enfrentar uma espécie de intoxicação.

Como resultado, ela terá alguns sintomas desagradáveis: dores de cabeça, insônia, alterações do humor e desmaios, além de perda de massa muscular esquelética. Outro ponto importante é o fato de que os carboidratos naturais são ricos em fibras. Esse é o caso das frutas e dos cereais integrais. Seu consumo ajuda o intestino a funcionar com regularidade e previne doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer colorretal.

Qual é a recomendação de consumo de carboidratos?

É por essa razão que, entre as recomendações tradicionais para uma boa nutrição, está o consumo diário de carboidratos. Eles devem compor entre 50 e 60% das calorias consumidas em um dia para que possa proporcionar a energia que o corpo necessita. Entre as recomendações para uma alimentação e nutrição saudável para a população brasileira, encontramos as seguintes orientações quanto ao consumo de carboidratos:

  • 6 a 7 porções diárias de cerca de 50 g de alimentos como cereais e tubérculos (arroz, pão, aveia, macarrão, mandioca, batata, cará, inhame, farinhas derivadas desses produtos etc);
  • 4 a 5 porções diárias de 100 g de frutas.

Portanto, uma alimentação equilibrada pressupõe a ingestão diária de carboidratos. Em um almoço, por exemplo, o ideal é preencher metade do prato com vegetais crus ou cozidos. A outra metade deve ser dividida entre carboidratos (arroz, batatas, mandioca ou outros cereais) e proteínas.

Mas os carboidratos não engordam?

Embora os carboidratos formem a base da nossa pirâmide alimentar, nos últimos anos eles passaram a ser considerados os vilões de qualquer dieta de emagrecimento. Cada grama de carboidrato contém 4 calorias, o que torna esses alimentos muito mais calóricos que outros grupos, como os vegetais.

Porém, o que engorda não é o carboidrato, e sim a quantidade consumida. Como podemos perceber, nos países do ocidente, o consumo de pães, bolos, doces, biscoitos e macarrão é realmente bastante alto. Com isso, aumenta a ingestão de calorias que, se não forem gastas ao longo do dia, se acumularão em forma de gordura.

A forma de preparo dos carboidratos também é responsável pelo resultado em nosso corpo. Veja o exemplo da batata inglesa, que é um dos alimentos com alta concentração de hidratos de carbono.

No entanto, essa quantidade muda conforme se adicionam elementos, como gorduras. No quadro abaixo, selecionamos um exemplo muito comum na mesa dos brasileiros: a batata inglesa. Segundo a Tabela Brasileira de Composição Alimentar (TACO), a quantidade de calorias e carboidratos muda de acordo com o preparo. Confira:

Portanto, a grande questão não é o carboidrato em si, mas a forma como o preparamos e a quantidade que consumimos. Quer saber como consumir os carboidratos e obter seus benefícios sem prejudicar a dieta? Veja a resposta no tópico a seguir!

Qual é a relação entre o tipo de carboidratos e a saciedade?

Além da forma de preparo, o tipo de carboidrato que a pessoa consome pode favorecer o acúmulo de gordura ou a manutenção de um peso ideal. Mais que isso, a escolha inadequada fará com que o indivíduo sinta muita fome, dificultando o controle do apetite.

A diferença entre os tipos de carboidratos é química e, para não deixar este artigo muito teórico, vamos tentar explicar a questão da maneira mais simples possível.

Os carboidratos simples ou monossacarídeos são formados por hidrogênio, oxigênio e um número pequeno de carbonos. Como existem poucos carbonos, eles são absorvidos rapidamente pelo organismo.

Consequentemente, logo após o consumo o organismo tem um aumento significativo dos índices de glicose no sangue. Porém, esse pico de energia é transitório e acaba rápido, fazendo com que a pessoa sinta forme rapidamente.

Nós temos também os oligossacarídeos, que são formados por dois a dez monossacarídeos e que também são considerados carboidratos simples.  Um exemplo é a sacarose (dissacarídeo), formada por glicose (monossacarídeo) + frutose (monossacarídeo).

Finalmente, nós temos os polissacarídeos, que são carboidratos complexos. Eles são formados por vários monossacarídeos e, por serem moléculas grandes, são absorvidas lentamente pelo organismo.

Os alimentos ricos em polissacarídeos são os ideais para promover a saciedade. Afinal, o fato deles serem absorvidos aos poucos libera glicose gradualmente no sangue, o que fornece energia para as células durante por um período prolongado, evitando a sensação de fome.

Quer saber quais são os principais carboidratos simples e complexos presentes na alimentação? Veja a tabela a seguir:

É importante entender que, para uma alimentação equilibrada e saudável ou ainda para evitar o ganho de peso, é importante dar preferência aos carboidratos complexos.

Considerando o fato de que várias frutas estão entre os carboidratos simples, isso significa que as pessoas que desejam emagrecer não devem comê-las? Não é isso! Os benefícios das frutas à saúde são imensos!

A questão é que uma refeição saudável contém tanto carboidratos quanto proteínas e gorduras boas. Ao ingerir esses elementos, existe um equilíbrio na velocidade de digestão e absorção da glicose.

Como consumir carboidratos da forma correta?

Em primeiro lugar, é importante destacar que o padrão de consumo de carboidratos no ocidente realmente é exagerado. O erro está na quantidade e na qualidade, e é necessário corrigir os hábitos para ter a energia que esses alimentos oferecem, mas sem comprometer uma possível dieta ou aumentar o peso corporal. Para isso, adote alguns critérios de seleção:

Prefira os alimentos em sua forma integral

Em sua forma integral, o trigo, arroz, aveia e outros cereais são ricos em fibras e outros nutrientes. Portanto, ao consumi-los você não tem apenas o carboidrato, mas todo um conjunto de benefícios que esses alimentos oferecem ao organismo. Além disso, eles proporcionam maior saciedade, o que é fundamental para emagrecer sem sofrimento.

Modere as quantidades

Como os carboidratos são mais calóricos, as porções realmente devem ser menores. Eles devem representar cerca de 50 ou 60% do seu consumo calórico diário, o que equivale a mais ou menos 25% do seu prato. Um nutrólogo pode ajudá-lo a calcular a quantidade adequada de acordo com seu nível de atividade física e necessidades individuais.

Prepare-os da forma mais natural possível

Para quem está se esforçando para emagrecer, existe uma grande diferença entre comer uma fatia de pão integral, que tem o trigo como base, ou uma fatia de pizza, que é feita com a mesma farinha. Por isso, prefira os alimentos preparados da forma mais natural possível e busque receitas que deixem seu cardápio saboroso, mas sem promover exageros.

Substitua com inteligência

Os doces feitos com açúcar branco estão entre os carboidratos que mais prejudicam a saúde e interferem no emagrecimento. Mas se você sente uma dependência pelo açúcar, deve saber o quanto é difícil resistir a essa tentação. Procure alternativas para substituí-los pelas próprias frutas ou por receitas que proporcionam o sabor adocicado com ingredientes naturais.

Busque acompanhamento

Nutrólogos são os profissionais que podem ajudá-lo a reduzir o peso corporal e manter a saúde. Eles analisarão seu quadro clínico, as necessidades individuais e indicarão o melhor programa alimentar para o seu caso. Pacientes com diabetes e epilepsia, por exemplo, realmente podem precisar de uma restrição maior a carboidratos.

Para as pessoas que não têm essas necessidades específicas, uma alimentação equilibrada é a melhor opção. Se os carboidratos forem consumidos na quantidade e qualidade ideais, eles garantirão os elementos que você precisa para se manter ativo e disposto.

Além disso, pode ser bem difícil manter uma alimentação que restringe muito a quantidade de carboidratos por um longo prazo, como a low carb. Afinal, esses alimentos estão na mesa das famílias, nos encontros sociais e em praticamente todos os ambientes que frequentamos.

Então, aprender a comer carboidratos da forma correta é a melhor alternativa. Finalmente, agora que você já sabe o que são carboidratos, deve ter percebido que a regra “use com moderação” é muito melhor que a restrição.

Uma alimentação equilibrada fará com que você tenha todos os nutrientes necessários e ainda conquiste a boa forma sonhada, sem sofrimentos e sem comprometer sua saúde.

13.7.24

DIETA LOW CARB FUNCIONA? ENTENDA SE ELA É A MELHOR OPÇÃO PARA O EMAGRECIMENTO!

Dieta low carb, paleolítica, do tipo sanguíneo, da sopa, da papinha de neném — em diferentes épocas, surgem uma série de propostas milagrosas para perder peso e entrar em forma, especialmente para quem quer acelerar esse processo e conquistar o corpo dos sonhos antes do verão.

Atualmente, uma das tendências que mais ganha adeptos é a alimentação low carb. Seus defensores afirmam que restringir a quantidade de carboidratos leva a uma perda de peso rápida e sem sofrimento. Mais que isso, eles apresentam fotos de antes e depois com resultados de emagrecimento muitas vezes impressionantes.

E você, o que acha da dieta low carb? Já tentou diminuir seu consumo de carboidratos e teve dificuldades para montar um cardápio saudável e atrativo? Sabe se essa abordagem traz benefícios à saúde ou se ela envolve riscos? Quer entender melhor como ela funciona e se é a melhor opção para quem quer emagrecer definitivamente? Continue a leitura!

O que é a dieta low carb?

A dieta low carb é aquela que defende um método de emagrecimento baseado na diminuição do consumo de carboidratos. Segundo seus defensores, quem quer realmente emagrecer rápido precisa limitar a quantidade desses alimentos a, no máximo, 200 g por dia. Em muitos casos, a redução é ainda mais drástica, e pode ficar entre 50 e 150 g diárias.

Portanto, o cardápio dos adeptos da dieta low carb tem três características bastante importantes:

Redução no consumo de carboidratos

Os adeptos da dieta low carb diminuem o consumo de alimentos como pães, arroz, macarrão, batata, aveia, trigo, milho e doces, bem como de outros grãos e tubérculos. Então, como você pode perceber, eles praticamente retiram pratos que formam a base da alimentação das pessoas aqui no Ocidente.

O mais preocupante, no entanto, é o fato de que a dieta low carb também restringe o consumo de uma série de frutas. Por serem ricas em açúcar, elas saem do cardápio e levam com elas uma série de vitaminas e outros nutrientes importantes para a manutenção da saúde e prevenção de doenças.

Apenas com esse item, também é possível notar porque as pessoas que adotam a low carb geralmente emagrecem em pouco tempo. Elas retiram do dia a dia uma série de alimentos que, além de muito calóricos, fazem mal ao organismo, como pães refinados, bolos, doces, pizzas, salgadinhos etc.

Aumento no consumo de gorduras

Os carboidratos formam boa parte do prato da população Ocidental. Não se pode negar que eles são bastante calóricos, o que contribui para o aumento da epidemia de obesidade. No entanto, eles têm uma função muito importante: eles proporcionam a energia que o organismo precisa para realizarmos as atividades diárias.

Se a dieta low carb reduz os carboidratos, de onde as pessoas tiram energia para o dia a dia? Para suprir essa carência, elas aumentam a proporção de gorduras consumidas. Embora a recomendação seja aumentar a quantidade de gorduras boas, na prática também é comum ver um cardápio rico em gorduras saturadas.

Aumento no consumo de proteínas

O cardápio low carb também prevê o aumento no consumo de proteínas. Esse macronutriente teria algumas funções muito importantes nessa dieta. O primeiro seria preservar a massa magra do organismo, que é composta por músculos, ossos, órgãos internos e líquido corporal.

Para manter essa massa magra, o corpo consome mais energia. Portanto, as calorias dos alimentos seriam gastas com uma velocidade maior, evitando o acúmulo de gordura e acelerando o emagrecimento. Além disso, uma dieta com essa composição faria o organismo liberar menos insulina, facilitando o uso da gordura como fonte de energia.

Quais são os prós e contras da dieta low carb?

Apesar do seu sucesso ao promover o emagrecimento rápido, muitos profissionais entendem que a dieta low carb é bastante controversa. Da mesma forma que existem defensores desse método, existem também estudiosos que apontam alguns riscos desse tipo de programa alimentar. Por isso, é importante analisar cada um deles.

Segundo os adeptos e profissionais que recomendam a dieta low carb, ela tem uma série de benefícios. Entre os principais, podemos destacar:

  • perda de peso;
  • controle da glicemia;
  • aumento significativo do HDL (colesterol bom);
  • diminuição dos triglicerídeos;
  • redução de alguns parâmetros que indicam risco cardiovascular.

Por outro lado, estudos apontam outros problemas relacionados à manutenção de uma dieta com baixa quantidade de carboidratos. Veja quais são esses pontos de discordância:

  • fadiga e dificuldade para realizar as atividades do dia a dia e exercícios físicos devido à falta de glicogênio muscular;
  • ganho de peso após o período de adaptação metabólica (fenômeno catch up fat);
  • dificuldade para manter uma dieta com redução de carboidratos, pois ela elimina do cardápio uma série de alimentos utilizados diariamente na civilização ocidental;
  • falta de energia para alimentar o Sistema Nervoso Central, pois ele é incapaz de usar gordura como fonte energética;
  • sintomas como cefaleias (dores de cabeça), diarreias, fraqueza e câimbras musculares;
  • risco de hipoglicemia (queda nos níveis de açúcar) e hipotensão (queda na pressão arterial);
  • aumento do LDL (colesterol ruim) devido ao aumento no consumo de gorduras.

Como você pode perceber, a dieta low carb possui tanto pontos positivos quanto negativos. Porém, quando se fala não só em emagrecimento, mas principalmente em manter a saúde a longo prazo, ela traz alguns efeitos preocupantes e até mesmo a possibilidade de recuperar o peso perdido devido ao fenômeno catch up fat.

A dieta low carb é a melhor opção para o emagrecimento?

Emagrecer é importante não só por questões estéticas, mas principalmente para evitar outros problemas de saúde. Porém, quando o próprio processo para a perda de peso traz risco, cada pessoa precisa avaliar se vale a pena pagar esse preço para chegar ao corpo ideal.

A dieta low carb gera controvérsia até mesmo entre especialistas. Enquanto alguns afirmam que ela é a melhor opção para todas as pessoas, outros defendem que deve ser adotada apenas por grupos específicos, como pacientes com diabetes, epilepsia e ovários policísticos.

O que não se pode negar é que grande parte da responsabilidade pela epidemia de obesidade que existe no ocidente é o alto nível de consumo de carboidratos. No entanto, é preciso questionar: é preciso realmente adotar a dieta low carb e aumentar a quantidade de gorduras e proteínas, ou a melhor opção é repensar toda a alimentação e encontrar uma alternativa balanceada e saudável?

A dieta low carb contraria as recomendações para uma alimentação saudável estudadas e elaboradas por nutricionistas há anos. As DRIs (Dietary Reference Intakes) ainda entendem que a maior parte da energia consumida pelas pessoas deve vir de cereais, grãos e tubérculos, desde que em porções moderadas e utilizados em sua versão mais saudável (integral).

Portanto, embora o método usado para o emagrecimento seja uma escolha individual, é fundamental pensar no preço que cada uma dessas opções cobrará do seu corpo. Buscar orientação nutricional ainda é a melhor alternativa para eliminar peso, manter a saúde, a disposição e aumentar a qualidade de vida.

6.7.24

SINUSITE OU RINITE? DOENÇAS DO FRIO CHATAS DE LIDAR

Sinusite ou rinite? No inverno, os casos de doenças respiratórias aumentam consideravelmente. Veja como ficar longe delas!

É só a temperatura começar a cair que os hospitais e centros de saúde passam a receber pessoas com queixas respiratórias. “É sinusite ou rinite?”, uma dúvida que o próprio dono do nariz entupido precisa responder sem, muitas vezes, saber a resposta sobre o problema.

Quem aqui já passou por isso?

De fato, as “doenças do frio” dão as caras em bando, principalmente porque os ambientes estão com baixa circulação de ar. Assim, com janelas e portas fechadas aumenta a disseminação de vírus e bactérias.

Além disso, como a água da torneira muitas vezes está congelante, as pessoas tendem a lavar menos as mãos. Resultado: aumentam as chances de levar agentes infecciosos para olhos e boca.

Seja como for, sinusite ou rinite, a questão é a mesma: no inverno a qualidade de vida tende a cair por conta da incidência dessas doenças!

Neste post vamos falar dessas “ites” do inverno e compartilhar algumas dicas naturais e outras recomendações que ajudam a prevenir ou tratar essas doenças do frio.

Primeiramente, saiba que:

Sinusite e rinite são problemas diferentes

De acordo com o artigo da Biblioteca Virtual de Saúde, escrito pelo médico Dráuzio Varella, sinusite é uma “inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos”. 

Ou seja, a sinusite é um processo inflamatório que acontece nas cavidades dos ossos do rosto, motivado pelo acúmulo de secreção nesta região.

Esse acúmulo ocorre por dois motivos: alterações anatômicas que não dão conta de drenar a secreção ou processos infecciosos/alérgicos que facilitam a instalação de germes que, muitas vezes, ocorrem por conta da imunidade baixa.

A saber, os sintomas mais comuns da sinusite são:

  • Irritação na garganta
  • Dor ao redor dos olhos ou do nariz
  • Cefaleia (dor de cabeça) constante
  • Sensação de peso no rosto ou na cabeça principalmente ao abaixar
  • Coriza, Congestão nasal
  • Secreção nasal amarela ou esverdeada
  • Acessos de tosse
  • Febre e cansaço

Sinusite crônica ou aguda?

Embora existam estas duas classificações, os sintomas da doença aguda e crônica são semelhantes. O que vai marcar a diferença entre os dois tipos de sinusite é o tempo de duração dos sintomas.

Enquanto na sinusite aguda os sintomas desaparecem em 4 semanas, no processo crônico os sintomas ultrapassam 12 semanas e costumam ocorrer por conta de sinusite aguda não curada ou bactérias resistentes.

Então, na presença dos sintomas indicativos de sinusite, que estejam acompanhados de febre, secreção purulenta pelo nariz e dor intensa na face, a procura por um médico especialista (otorrinolaringologista) é imprescindível.

mulher com as mãos no rosto como se estivesse sentindo dor na face
A diferença da sinusite aguda com a crônica está relacionada com o tempo dos sintomas: mais do que 12 semanas de sintomas já é considerado um caso crônico.

Cuidados que ajudam a prevenir a sinusite

Uma vez que que gripes e resfriados mal curados favorecem o surgimento da sinusite, alguns cuidados domésticos podem ajudar na recuperação, evitando o agravamento da inflamação. Como:

  • Beber bastante água
  • Pingar 2 a 3 gotas de solução salina no nariz
  • Fazer inalação (com soro fisiológico ou solução salina)
  • Evitar ar condicionado

Vaporização com eucalipto ajuda na sinusite

Você vai precisar de:

  • 5 gotas de óleo essencial de eucalipto
  • 1 litro de água fervente

Como fazer:

Coloque a água fervente numa vasilha e adicione as gotas do óleo essencial. Cubra a cabeça com um pano e inale o vapor. Respire o vapor profundamente por até 10 minutos, repita 2 a 3 vezes por dia.

Caso não tenha óleo essencial também é possível fazer a vaporização com o chá das folhas de eucalipto.

Plantas medicinais para vaporização: camomila para rinite alérgica e tosse irritativa; orégano e eucalipto para expectorar e sinusite.

Sinusite ou rinite? Rinite!

Inegavelmente, a rinite alérgica é outro problema que gosta de aparecer – ou piorar – no período do inverno. O clima seco, a mudança brusca na temperatura, o uso de roupas guardadas por longo período entre outros fatores contribuem para que haja a inflamação da mucosa nasal.

Resumidamente, o nariz funciona como um poderoso filtro do sistema respiratório. Assim, qualquer entrada de agentes que o corpo entende como prejudiciais ao funcionamento dos pulmões faz com que haja uma reação brusca.

Ou seja, essa reação nada mais é do que os próprios sintomas característicos da rinite: nariz entupido, nariz escorrendo, espirros, prurido (coceira) e dificuldade em sentir cheiros.

Por isso podemos dizer que a crise de rinite é uma reação exagerada do corpo ao entrar em contato com alguma substância que ele reconhece como um vilão.

Apesar de qualquer organismo reagir com a entrada de substâncias tóxicas e irritantes, quando os sintomas persistem já podemos dizer que se trata de uma rinite crônica.

A rinite e alguns gatilhos:

  • Mudança de temperatura
  • Ácaros no ambiente doméstico (em cortinas, tapetes, almofadas)
  • Pelos de animais
  • Fungos
  • Fumaça
  • Alguns alimentos (ultraprocessados, laticínios, temperos fortes)
  • Mofo
  • Pólen
  • Essências, perfumes ou qualquer cheiro mais forte
  • Bactérias e vírus

Além da sinusite ou rinite

Embora tenhamos dado destaque para a sinusite e rinite, existem outras doenças que ganham espaço nos dias frios. Problemas como otite, amidalite, faringite e laringite (UAU! quantas ites) também engrossam a lista dos desconfortos que acompanham a época do frio.

Infecção no ouvido: otite média

Antes de tudo, é preciso entender que o ouvido pode ser dividido em três partes. A primeira parte é o ouvido externo, canal onde se forma o cerume (cera).

Depois vem o tímpano, conhecido como parte média do ouvido. E por fim, a parte mais interna onde fica o labirinto.

De forma geral, a otite é resultado de um resfriado, gripe ou rinite alérgica que levaram ao acúmulo de secreção no ouvido médio, causando o tipo mais comum de otite. Já a infecção no ouvido externo ocorre por causa de umidade e é uma otite mais branda.

A saber, o primeiro sintoma da otite é a dor, que se apresenta intermitente e constante com piora quando se comprime logo à frente da orelha.

Além disso, essa dor pode irradiar para a cabeça ou o pescoço, do mesmo lado do ouvido afetado. Em caso de uma otite média, boa parte do tratamento é feito com antibióticos.

Enquanto que na otite externa, o tratamento é mais brando, geralmente com solução em gotas de uso local.

Prevenindo a otite

No caso de crianças que mamam no peito é preciso evitar amamentação com a criança na posição deitada. Nesta posição é frequente que uma pequena quantidade de leite se infiltre no canal auditivo causando a inflamação.

Outra dica também, que vale para crianças e adultos, é que para evitar a otite externa, é preciso secar bem a parte externa do ouvido depois do banho e da prática de atividades aquáticas.

Amidalite é uma das famosas “ites” do inverno

Do mesmo modo, outra famosa “ite” do inverno são as amidalites provocadas por vírus (mais comum em crianças), bactérias (comum em jovens e adultos) ou a associação dos dois agentes, provocando:

  • Prurido
  • Odinofagia (dor de garganta)
  • Inapetência (falta de apetite)
  • Halitose (mau hálito)
  • Dificuldade para engolir
  • Otalgia (dor no ouvido) (em alguns casos)
  • Edema (inchaço) dos gânglios do pescoço e da mandíbula (em alguns casos)
  • Pus amarelado nas amídalas e camada amarelada na língua

Uma vez que a transmissão ocorre por gotículas expelidas pela tosse, espirro, beijo ou objetos pessoais compartilhados, a taxa de transmissão da amidalite é muito alta.

No entanto, as amidalites não são graves. A maioria desaparece espontaneamente. Contudo, procure um médico caso:

  • Os sintomas durem mais de 4 dias sem sinal de melhora
  • Houver dificuldade para respirar
  • A dor e a dificuldade de engolir impeçam de comer ou beber

Dicas naturais para auxiliar no tratamento convencional

A fim de auxiliar no tratamento convencional prescrito pelo médico para combater a amidalite, algumas receitinhas naturais também podem ajudar.

Por exemplo: gargarejos com água morna salgada- água morna, limão e sal ou água com bicarbonato – 2 vezes por dia. Esses agentes antibacterianos auxiliam no alívio dos sintomas e combatem o agente infeccioso.

Além disso,

  • Beber bastante água
  • Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C
  • Preferir o consumo de alimentos líquidos ou pastosos

Como evitar a amidalite?

  • Lavar as mãos com frequência
  • Não beijar ninguém nos lábios se estiver com um resfriado ou odinofagia
  • Evitar ambientes com ar-condicionado, pois diminuem a resistência das amídalas
  • Tomar muito líquido para hidratar as mucosas;
  • Quando se tratar de amidalite bacteriana, não deixar de tomar os remédios prescritos pelo médico só porque os sintomas desapareceram. O medicamento deve ser tomado pelo período determinado para evitar complicações da doença;
  • Não se automedicar. Medicamentos usados sem indicação podem favorecer o desenvolvimento de bactérias resistentes.

Inflamação na faringe: faringite

Do mesmo modo, a faringite também é famosa no tempo frio. Ela é uma inflamação na garganta que pode ser provocada tanto por vírus, quanto por bactérias.

No caso de faringite viral, os vírus causadores podem ser adenovírus, coronavírus, rinovírus, influenza ou parainfluenza. Também ocorre em consequência de um resfriado ou gripe.

Além de infecções das vias respiratórias, a faringite também costuma acompanhar as amidalites.

Da mesma forma que as outras infecções, apenas o médico consegue definir com precisão se a odinofagia é proveniente da faringe ou amídala, pois os sintomas e até mesmo as causas são muito semelhantes.

Mas veja alguns dos sintomas da faringite:

  • Dor intensa, vermelhidão e edema na garganta
  • Dificuldade para engolir
  • Rouquidão
  • Febre
  • Aparecimento de pequenos carocinhos doloridos no pescoço

No caso, o tratamento da faringite varia de acordo com os sintomas e a causa, ou seja, se é viral ou bacteriana.

Mas, independente da causa, é importante incluir ao tratamento os cuidados de permanecer em repouso e ingerir bastante líquido.

Outro cuidado importante é com a alimentação. Evite alimento muito quente ou gelado. Também procure falar menos, para evitar a tosse e assim, machucar ainda mais esta região.

Atingiu a laringe? É laringite

Finalizando, dentro do grupo das famosas “ites” de inverno está a laringite, que é a inflamação na mucosa da laringe, parte superior da traqueia.

Do mesmo modo que outros problemas já citados, a laringite pode ter causa viral ou alérgica.

Nesse sentido, ela pode ser aguda, causada por uma infecção viral como num resfriado comum ou crônica, provocada pelo uso excessivo da voz, infecções graves, reações alérgicas e inalação de agentes irritantes (como fumaça de cigarro). 

Em geral, os sintomas são:

  • Inapetência
  • Febre
  • Dor ao engolir e falar
  • Coriza
  • Tosse
  • Rouquidão

Algumas vezes esses sintomas se intensificam e são associados a falta de ar e edema nas vias respiratórias, o que faz com que o ar passe “assobiando”.

Assim, o tratamento consiste em medicamentos para aliviar os sintomas e, dependendo do caso, antialérgicos.

Além disso, o tratamento para laringite depende dos sintomas, mas o repouso da voz e a inalação de vapor aquecido aliviam o desconforto e ajudam na cura da área inflamada.

Logo, a principal estratégia utilizada no tratamento da laringite é a inalação de ar umidificado, como a inalação do vapor do chá de eucalipto que possibilita a melhora em pouco tempo. A receita está lá em cima!

Por fim, pacientes com laringite devem beber bastante líquido, ficar em repouso, não forçar a voz, evitar inalar fumaça ou poeira e diminuir as atividades evitando esforços.

Em resumo

Agora você consegue diferenciar se é sinusite ou rinite. Afinal de contas, é nesta época do ano onde elas mais se manifestam. Além disso, deu para entender um pouco mais sobre as outras famosas “ites” que gostam de fazer uma visita nesta estação.

Quer seja sinusite, rinite ou qualquer outra “ite”, o principal é tomar alguns cuidados específicos para manter a saúde no inverno:

  • Lavar (ou higienizar) as mãos com frequência
  • Tomar água em quantidade satisfatória
  • Hidratar a pele
  • Arejar o ambiente
  • Evitar o ar condicionado
  • Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C
  • Usar agasalho

Afinal, o que a gente deseja é que você consiga evitar o encontro com esses desagradáveis problemas do inverno.

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COMO CUIDAR DA PELE NO INVERNO: 4 DICAS

Veja como cuidar da pele no inverno e evitar o ressecamento, garantindo a boa saúde da pele nesta época do ano.

Na época do frio a pele, que é o maior órgão do corpo humano, acaba sofrendo por conta do ressecamento. Por isso, é bem importante cuidar da pele no inverno!

Mas antes de explicar como cuidar da pele nesta estação, é importante dizer que a pele basicamente é constituída por três camadas: epiderme, derme e hipoderme.

A camada mais profunda é a hipoderme, formada essencialmente por células de gordura. Esta camada participa do controle da temperatura corporal.

Já a derme é onde encontramos a elastina e o colágeno, responsáveis pela elasticidade e a sustentabilidade da pele.

Por fim, a epiderme, a camada mais externa, que consiste em uma barreira de proteção natural contra agressões externas pois fica em contato com o ambiente. Ou seja, ela é a uma barreira que protege o corpo de agentes externos.

No caso, para manter a saúde da pele no inverno, é preciso ter um cuidado redobrado com a epiderme.

Imagem informativo sobre as três camadas que compõem a pele
Camadas da pele: entenda como cuidar da pele no inverno

Por que a pele resseca no inverno?

Antes de saber como cuidar da pele no inverno, é importante entender o que causa o ressecamento e o aspecto esbranquiçado na pele.

Primeiro, por conta do clima seco e frio, a transpiração do corpo diminui, o que reduz naturalmente a hidratação do corpo.

Além disso, para fugir do frio, as pessoas tomam banhos mais quentes, que provocam a remoção natural da oleosidade da pele, resultando no seu ressecamento.

Fora isso, no inverno as pessoas tendem a diminuir a ingestão de água, o que prejudica a saúde da pele, pois a água é responsável por manter a pele macia e elástica.

Não só isso, a água faz parte das 8 importantes atitudes para ter saúde. Ela é essencial em todas as épocas do ano, principalmente no inverno.

As características da estação – vento, clima seco e baixas temperaturas – e os hábitos citados acima levam a destruição do manto lipídico, que é a película que protege a epiderme. Por isso a pele resseca no inverno!

Veja então como cuidar da pele:

4 dicas para cuidar da pele

O inverno é uma época que colabora para que a pele fique mais sensível e suscetível ao ressecamento e descamação, por isso é importante intensificar a rotina de cuidados com a pele durante esta época. Se você colocar em prática estas dicas, sua pele irá esbanjar saúde neste inverno.

Cuidar da pele no inverno: veja como evitar o ressecamento

Use hidratante diariamente

Existem diversotipos de pele – normal, seca, oleosa ou mista -, mas independente da característica da pele é fundamental reforçar a hidratação do corpo e do rosto durante o inverno.

Aproveite o vapor do banho para passar o creme, pois esta “fumacinha” ajuda na penetração do hidratante na pele.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, para peles oleosas e com acnes é bom evitar hidratante comum no rosto. É recomendado usar hidratante “oil free” (formulado com quantidade mínima ou zero de óleo) nas áreas de maior oleosidade como rosto e tórax.

Outra dica também é usar hidratante específico para os lábios para evitar as rachaduras. Pois a região da boca também sofre com as temperaturas baixas.

Controle o tempo e a temperatura do banho

Apesar do frio pedir um banho bem quentinho, essa é uma das práticas que acaba com a saúde da pele. Então, para cuidar da pele no inverno, o banho não deve ser muito quente e nem demorado.

Caso contrário, a pele passará por desidratação, causando ressecamento e agressão para esta camada protetora. Além disso, o banho quente causa o envelhecimento precoce da pele.

Evite o uso de buchas ásperas e o ensaboamento prolongado, pois também contribuem para alterar a composição do manto hidrolipídico, que é o hidratante natural do corpo.

 

Tome água

Já falamos acima que a água é fundamental para a pele em todas as épocas do ano, principalmente no inverno. Porém, quando chega o frio, a ingestão de água diminui e a saúde da pele é seriamente comprometida.

No entanto, a hidratação ideal para o corpo é uma junção do uso de hidratante e ingestão de água. No caso, o hidratante vai agir na camada externa da pele e a água nas camadas internas.

Para cuidar da pele beba água constantemente

Assim, no inverno, para ter uma pele saudável e bonita, tomar água é fundamental. Uma pele macia e elástica é consequência de um corpo hidratado.

Para alcançar esta meta, procure ter uma garrafinha com água por perto ou várias espalhadas nos ambientes do seu dia. Ou ative alarmes no seu celular como uma forma de lembrete para beber água.

Se você se preocupa em cuidar da pele durante o ano todo, então beber água frequentemente é o caminho. 
😉

Se alimente bem

O que você come também influencia na saúde da pele. Uma alimentação rica em legumes, frutas e hortaliças contribui para o bom aspecto da pele.

As vitaminas e minerais encontradas nestes alimentos, são responsáveis por combater o envelhecimento da pele e melhorar sua elasticidade.

Para ter a pele bonita no inverno – e durante o ano todo – adicione a soja na dieta. Este alimento é rico em isoflavonas, substância que evita o ressecamento da pele e também contribui para a elasticidade deste órgão.

Ingredientes ricos em vitamina E, selênio e antioxidantes, como castanhas, nozes, amêndoas, também deixam a pele saudável e bonita!

A alimentação correta também é responsável por construir um sistema imunológico forte, que é essencial para atravessar o inverno com saúde!