27.7.19

EXPOSIÇÃO À LUZ ARTIFICIAL TEM IMPACTO NEGATIVO NA DURAÇÃO DO SONO

A sociedade atual é muito exposta a iluminação elétrica artificial em adição ao ciclo de luz natural e isso tem impacto na duração e na qualidade do sono e, consequentemente, na saúde e no bem-estar. Restrições ao sono têm sido associadas a problemas como obesidade e diabetes do tipo 2, entre outros, disse Claudia Roberta de Castro Moreno, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP).
Um estudo foi realizado por pesquisadores de Brasil, Reino Unido e Suécia, que comparou padrões de sono de uma população da Amazônia brasileira entre pessoas que têm energia elétrica em casa e são expostos à luz artificial à noite e indivíduos que não tem acesso à eletricidade. Diferenças no ciclo diário do sono e na produção de melatonina foram constatados.
A pesquisa foi feita com cerca de 700 seringueiros residentes da Reserva Extrativista Chico Mendes, no município de Xapuri, Acre, que possuíam não só hábitos semelhantes, mas como origem étnica homogênea: a maioria era descendente de nordestinos e vivia ali há gerações. Houve parceria com a Universidade Federal do Acre (UFAC), com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a Universidade Católica de Santos (Unisantos), com a University of Surrey, na Inglaterra, com a Stockholm University, na Suécia, e com a Universidade de São Paulo (USP).
Segundo a pesquisadora responsável, os seringueiros acordam muito cedo, às 4h da manhã, e vão trabalhar no seringal, regressando à tarde e adormecendo ao anoitecer por não terem energia elétrica em casa, expostos a uma alternância de 12 horas no claro e outras 12 horas no escuro.
O estudo
Foi realizado em duas fases. A primeira teve apenas entrevistas com os trabalhadores, em que os pesquisadores coletaram dados demográficos e de estilo de vida e informações sobre o sono de cada um. De acordo com as respostas, na segunda fase, foram separados três grupos com 20 trabalhadores cada, conforme os horários e ambientes de trabalho: operários que trabalham somente durante o dia, somente à noite e seringueiros que trabalham tanto de dia quanto à noite.
Os grupos foram monitorados ao longo de 15 dias e informações foram coletadas em relação aos padrões de sono e ao período em que estão acordados por meio de pedômetros - monitores portáteis de atividade física. Também foram coletadas amostras salivares para análise dos níveis de melatonina (hormônio produzido durante a noite que regula o sono).
Os pesquisadores observaram um atraso significativo no tempo de aparecimento da melatonina em trabalhadores com luz elétrica em comparação com o outro grupo e constataram que os seringueiros com luz elétrica em casa dormem 30 minutos a menos por dia do que os que não têm eletricidade, o que equivale a uma perda de 2,5 horas de sono por semana, fazendo com que, aos finais de semana, os trabalhadores com iluminação elétrica durmam mais.
A sociedade moderna promove um estilo de vida que trabalha contra o alinhamento circadiano, com o aumento da exposição à luz artificial e uso de equipamentos eletrônicos. O estudo contribuiu para ampliar o entendimento sobre o equilíbrio desejado entre a exposição à luz artificial e à natural e sua influência na saúde das pessoas, explicou a pesquisadora responsável pelo estudo da Universidade de São Paulo (USP).
Agora, como próximo passo, os pesquisadores planejam estudar o padrão alimentar dos trabalhadores da região, que fazem uma refeição robusta às 5h da manhã, no início da jornada de trabalho.

20.7.19

EMAGRECIMENTO- O QUE É MELHOR? EXERCÍCIOS AERÓBIOS OU MUSCULAÇÃO?

Emagrecimento é a diminuição da porcentagem de gordura, através da utilização da mesma como fonte de energia.

A balança é uma das formas mais utilizadas para controlar o emagrecimento, porém não é a melhor nem tampouco a única. As roupas, o espelho, fotos e avaliações são as formas mais seguras para termos como referência.

O melhor caminho para emagrecer é otimizar o gasto calórico diário de forma saudável através de 3 elementos:
1- GASTO CALÓRICO BASAL (equivale 50-70% das calorias gastas durante 24h): Calorias utilizadas em repouso para as funções vitais (funcionamento dos órgãos e células em geral). Quanto MAIS MÚSCULOS, MAIOR ESTE GASTO. Portanto a musculação é MUITO bem vinda!

2- EFEITO TERMOGÊNICO DOS ALIMENTOS (equivale 10 a 20% das calorias gastas em 24h):
Calorias gastas na digestão dos alimentos. PROTEÍNAS DÃO "MAIS TRABALHO" PARA SEREM DIGERIDAS. PORTANTO GERAM MAIOR GASTO CALÓRICO. Alguns alimentos também colaboram para aumentar este efeito, tais como: canela, gengibre e curry.

3- CALORIAS GASTAS DURANTE O EXERCÍCIO (equivale 10-20% das calorias gastas em 24h):
EXERCÍCIOS INTENSOS GERAM MAIOR GASTO CALÓRICO DURANTE E APÓS O TREINO. A musculação e aeróbios intervalados geram maior esforço. Aeróbio contínuo não acelera o metabolismo. PORTANTO, MUSCULAÇÃO + AERÓBIO INTERVALADO SÃO MAIS INDICADOS.

E o aeróbio contínuo? E em jejum?
São protocolos utilizados comumente por atletas e indivíduos que estão em dieta restrita há um bom tempo e não podem desperdiçar energia com outros exercícios intensos além da musculação e estão se poupando para suportar as cargas.
Indivíduos iniciantes ou lesionados também podem complementar o treino de musculação com aeróbio contínuo por ser mais seguro.
Já uma pessoa com porcentagem de gordura elevada não obterá êxitos apenas com exercícios aeróbios. Assim, o ideal é seguir um planejamento personalizado de treinos de musculação e alimentação, utilizando os aeróbios apenas como complemento.