31.12.22

CRIANÇAS PODEM SER VEGETARIANAS?

 

A alimentação vegetariana tem sido cada vez mais adotada como um recurso por quem quer melhorar a qualidade de vida e também repensar a forma como se relaciona com o ambiente em que vive. Além de uma maneira considerada mais consciente de escolher seus alimentos priorizando os nutrientes vegetais, a alimentação vegetariana também é associada a melhores perfis lipídicos, níveis de glicose no sangue e até controle de peso corporal.

Exatamente por conta desses benefícios é que muitos pais vegetarianos optam por introduzir seus filhos a esse tipo de alimentação e estilo de vida. Outros já acham interessante estimular tais hábitos alimentares desde a infância, mas ainda têm dúvidas. Confira!

Há alguma restrição para crianças serem vegetarianas?

A influência dos pais pode ser um fator muito importante para a decisão de uma criança se tornar vegetariana ou não – e muitas vezes esse desejo parte delas mesmas, em qualquer idade.

Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, não existe restrição para a manutenção de hábitos vegetarianos em crianças, desde que exista atenção nas substituições alimentares e acompanhamento de como essa migração vai ser feita. A Sociedade Canadense de Pediatria, a Associação Dietética Americana e a Academia Americana de Pediatria também concordam que não existe restrição para que crianças sejam vegetarianas.

A partir de qual idade esse hábito pode ser desenvolvido?

Não existe uma faixa etária definida como ideal para uma criança se tornar vegetariana. Essa decisão, inclusive, vai variar de acordo com diversos fatores, como os hábitos alimentares da família e o ambiente social ao qual ela se relaciona.

O maior ponto de atenção quando o assunto é idade da criança vegetariana é como fazer para equilibrar a alimentação de acordo com as necessidades nutricionais de cada faixa etária.

Quais são as recomendações para começar esse hábito?

Para que a criança se torne uma vegetariana saudável, o primeiro passo é marcar uma consulta com um nutrólogo especializado em saúde infantil para entender como esse novo perfil será adicionado à rotina dela.

O nutrólogo vai garantir que a alimentação da criança seja rica e completa, com refeições que contenham os macro e micronutrientes essenciais para a saúde e, principalmente, para seu desenvolvimento.

Quais são os pontos de atenção para a saúde de uma criança vegetariana?

O que torna a opção pelo vegetarianismo um assunto delicado para muitos especialistas em saúde infantil é que a fase de desenvolvimento que a criança está vivendo é a que mais demanda nutrientes essenciais para que ocorra de maneira saudável. Por isso é que, por exemplo, a prática de dietas restritivas não é recomendada para crianças em qualquer faixa etária.

Entretanto, quando feita de maneira equilibrada e com as substituições nutricionais certas, a alimentação vegetariana pode ser uma ótima alternativa para garantir hábitos mais saudáveis para a vida da criança.

Deve-se ter atenção a detalhes como:

  • Controle do consumo de açúcar e carboidratos, para que não seja excessivo;
  • Garantir a ingestão de fontes de proteína vegetal, como o feijão, a Quinoa e a soja;
  • Aumentar o consumo de vegetais de coloração verde escura ricos em ferro e cálcio — e de frutas cítricas   ricas em vitamina C, elemento que ajuda na absorção desses nutrientes;
  • Suplementar, com orientação médica, a ingestão de vitamina B12, que é essencial para o desenvolvimento cognitivo.

Crianças, portanto, podem sim ser vegetarianas, desde que sigam uma alimentação equilibrada, orientada por especialistas em saúde e nutrição infantil. Você tem ensinado seus filhos sobre a alimentação vegetariana?

SANDUÍCHE NATURAL: VEJA DELICIOSAS RECEITAS PARA VEGETARIANOS!

 


O sanduíche é um alimento saboroso e prático para muitas pessoas. Porém, criou-se o mito de que se alguém quer ter uma vida saudável, nada de ingerir esse tipo de alimento. Além disso, vegetarianos também acabam sofrendo com as opções disponíveis no mercado.

Mas existem, sim, opções de sanduíches saudáveis para quem não consome carne ou nenhum outro derivado animal. Substituir a carne por Quinoa, soja e legumes pode deixar sua alimentação muito mais saudável, além de preservar a natureza.

Agora você vai ver como os sanduíches também podem ser alimentos completos nutricionalmente e conferir algumas opções excelentes para vegetarianos. Continue a leitura e comece a variar seu cardápio com alimentos deliciosos!

Por que o sanduíche é uma opção saudável?

Uma refeição completa, segundo nutrólogos, é feita com quantidades equilibradas de carboidratos, proteínas e vegetais e fibras. Essa composição é a ideal para manter o corpo bem alimentado e é considerada completa, basta variar a origem da proteína e das folhas da salada para conseguir todos os nutrientes necessários para se manter saudável.

Por isso, almoçar ou jantar um sanduíche natural é uma opção leve e muito possível, inclusive para os vegetarianos. É só ter criatividade para inovar nos recheios.

Como fazer sanduíches vegetarianos?

A base do seu sanduíche pode ser um pão de centeio de grãos ou qualquer outro que se encaixe no cardápio. Você também pode usar o hambúrguer vegetal de soja e chia, uma excelente fonte de proteína, saudável e o melhor: zero origem animal.

Para o recheio, você pode variar:

  • Alface, tomate e pimentão;
  • Agrião, tomate seco e orégano;
  • Misto de alfaces roxa, americana e lisa + cenoura ralada e cebola roxa;
  • Broto de alfafa, cenoura e beterraba raladas;
  • Berinjela refogada com tomate e cebola.

Sanduíche de vegetariano tem queijo sim! Você pode substituir o convencional por:

  • Tofu, que é o queijo à base de soja;
  • Queijos veganos tipo mussarela, cheddar e prato.

Não se esqueça também de colocar uma pasta, para dar aquela liga nos ingredientes e acrescentar um toque a mais de sabor. Aqui vão algumas dicas:

  • Creme vegano sabor tomate seco;
  • Homus (Bata no processador grão de bico cozido com 4 dentes de alho, suco de meio limão e azeitonas verdes);
  • Patê de alcachofra (bater 2 corações de alcachofra com 2 dentes de alho, meia cebola, meio pimentão e 2 colheres de azeite);
  • Babaganoush (Bata no processador 2 berinjelas fatiadas assadas com 2 dentes de alho, suco de meio limão e 2 colheres de sopa de azeite de oliva. Depois misture 2 colheres de sopa de tahine e sal). 

Quais as dicas para deixar essa refeição ainda mais prática?

O sanduíche é uma opção prática e saudável, mas é possível deixar tudo ainda mais fácil para aqueles dias mais corridos. Dá para preparar vários e deixar na geladeira, prontos para pegar naquela hora da pressa antes de sair de casa.

Faça os sanduíches, sempre atentando para a data de validade de todos os ingredientes, e deixe em um pote, embalados com plástico filme dentro da geladeira, em uma prateleira que tenha boa visibilidade. Então, é só consumir durante a semana com a maior praticidade!

Os vegetarianos também podem se alimentar muito bem e de uma maneira muito prática com os sanduíches naturais. E o melhor: dá para variar nos recheios e não enjoar, tendo sempre uma boa opção para quando precisar de uma refeição rápida!

30.12.22

QUAIS SÃO OS ALIMENTOS RICOS EM ANTIOXIDANTES PARA A PELE

A alimentação tem um papel importante na nossa qualidade de vida e de melhoria em vários aspectos físicos e metabólicos. A qualidade da pele é um desses aspectos que podem ser significativamente melhorados com uma alimentação equilibrada e pensada para beneficiá-la – e tudo começa com o aumento do consumo de alimentos ricos em antioxidantes.

Mas você sabe quais são os alimentos ricos em antioxidantes para a pele e como fazer para adicioná-los em suas refeições diárias? Damos algumas dicas.

O que são antioxidantes e por que eles são importantes para a pele?

Antioxidante é o nome dado a um composto nutricional que tem como principal característica a capacidade de agir contra a ação de radicais livres nos tecidos corporais. Radicais livres são substâncias produzidas em várias situações do nosso dia a dia (poluição, prática de atividades físicas, consumo de álcool e tabaco, processo natural de envelhecimento) e que podem lesionar a qualidade de tecidos corporais diversos – em especial a pele.

A ação dos radicais livres na pele é a principal responsável por seu aspecto envelhecido, sem brilho e sem elasticidade. Por isso, o consumo regular de alimentos ricos em antioxidantes pode ajudar a melhorar esse aspecto visual, deixando a pele mais jovem, sedosa e elástica.

Quais são os alimentos ricos em antioxidantes para a pele?

A composição da sua alimentação pode ajudar a aumentar ou reduzir a produção de radicais livres no dia a dia. Por isso, se você quer melhorar a qualidade da pele, além dos cuidados cosméticos que devem manter diariamente (como hidratar o tecido) deve aprender quais alimentos precisa valorizar nas refeições para garantir que ela se mantenha jovem, sedosa e saudável.

Alimentos ricos em Vitamina A

O primeiro grupo de alimentos ricos em antioxidantes para a pele, sem sombra de dúvidas, são as frutas e vegetais fonte de vitamina A. A vitamina A é um dos nutrientes mais importantes para a qualidade da pele e é amplamente encontrada em produtos de origem vegetal com a coloração alaranjada ou amarelada.

Alimentos ricos em Vitamina C

É importante falar também da relevância de outra vitamina com ação antioxidante para a nossa saúde: a vitamina C. Esse é provavelmente o antioxidante mais conhecido da nossa alimentação diária e é facilmente encontrada em frutas cítricas e alguns vegetais.

Alimentos ricos em Vitamina E

Ainda no campo das vitaminas, a vitamina E também tem ação antioxidante importante. Ela é encontrada em alimentos vegetais com maior teor de gordura, como o abacate, o açaí e a grande maioria de oleaginosas (como as nozes e castanhas).

Alimentos ricos em minerais

Minerais também podem oferecer ação antioxidante para a nossa saúde. O zinco, o selênio e o magnésio são minerais facilmente encontrados em cerais integrais, oleaginosas e alguns legumes e que também tem ação protetora para os tecidos da pele.

Como posso adicionar esses alimentos ricos em antioxidantes na minha rotina?

Para quem mantém uma alimentação rica em produtos de origem vegetal (como a vegetariana e a vegana) existe um ganho duplo quando o assunto é ação antioxidante. Primeiramente, podemos apontar a retirada dos produtos de origem animal da dieta, que ajuda na redução da produção de radicais livres naturais pelo organismo humano. E o segundo ponto a ser levado em consideração é o consumo significativo de alimentos ricos em antioxidantes.

Apesar dessas dicas básicas já ajudarem a seguir um padrão de alimentação mais rica em antioxidantes, conte sempre com o suporte e orientação de um dermatologia para acompanhar o que mais pode ser feito para garantir a saúde da sua pele. 

ANTIOXIDANTES: PARA QUE SERVEM E QUAL O MELHOR JEITO DE CONSUMI-LOS

 

A qualidade da nossa alimentação é capaz de determinar como a nossa saúde vai se comportar ao longo de nossa vida. Por isso, a famosa frase de Hipócrates, médico Grego, sobre a alimentação ainda é considerada uma grande verdade: que o seu alimento seja o seu remédio.

Tudo o que comemos pode, de alguma maneira, interferir no funcionamento do nosso organismo, para o bem ou para o mal. Por isso, conhecer os alimentos e nutrientes que tradicionalmente beneficiam a nossa saúde é essencial para garantir mais qualidade de vida e longevidade.

Um desses compostos benéficos que você deve garantir na alimentação diária são os antioxidantes, mas você sabe para que eles servem e qual a melhor maneira de consumi-los?

O que são radicais livres?

Antes de começar a explicar o que são antioxidantes e para que eles servem, é importante você conhecer um outro conceito que tem relação com essa parte importante da sua alimentação: os radicais livres.

Radicais livres são compostos químicos produzidos naturalmente pelo nosso organismo, pelo ambiente em que vivemos e até por alguns de nossos hábitos diários e alimentos que consumimos. São eles os responsáveis por nosso processo de envelhecimento, deixando as estruturas de nossas células e tecidos mais frágeis e com maior risco de lesão.

Convivemos diariamente com a produção de radicais livres, não apenas pelo nosso organismo, mas também produzidos pela luz solar, pela poluição, pela prática de atividades físicas e pelo hábito de fumar ou consumir álcool.

Por isso, além de ser capaz de melhorar alguns hábitos para evitar a ação de radicais livres nas nossas células, podemos aumentar o consumo de compostos que ajudam a anular a sua ação no organismo humano. Esses compostos são chamados de antioxidantes.

O que são antioxidantes?

Os antioxidantes, portanto, são substâncias que, de maneira técnica, evitam a ação de oxidação de estruturas celulares. Simplificando, os antioxidantes são os compostos responsáveis por anular a ação natural dos radicais livres no nosso organismo, desacelerando o processo de envelhecimento e lesão dos tecidos.

Eles são encontrados em abundância na nossa alimentação e ajudam a equilibrar o funcionamento do organismo, minimizando a ação dos radicais livres em várias situações metabólicas e fisiológicas.

Por que é importante consumir antioxidantes?

Consumir antioxidantes regularmente é uma prática importante por vários motivos. A ação mais conhecida dos antioxidantes, como citamos acima, é a sua capacidade de retardar o envelhecimento celular, especialmente no tecido da pele. Por isso, quem consome mais antioxidantes tem a pele mais jovem, brilhante e sedosa, visto que ela está protegida por mais tempo da ação de radicais livres.

Entretanto, consumir antioxidantes também pode ser muito importante para proteger a sua saúde do desenvolvimento de várias doenças, como as cardíacas, as inflamatórias, as degenerativas (como o Alzheimer), a catarata e, principalmente, alguns tipos de câncer.

Como os radicais livres têm a capacidade de lesionar e prejudicar o funcionamento de células e tecidos, essas doenças são consequência do longo tempo de ação desses compostos nas estruturas corporais. O consumo de antioxidantes, portanto, tem como objetivo minimizar essas ações e prolongar o funcionamento adequado do organismo em todas as suas esferas.

Quais são as principais fontes de antioxidantes?

A alimentação é uma fonte riquíssima de antioxidantes de todos os tipos e, por isso, adequá-la é a melhor maneira de garantir a maior presença dessas substâncias benéficas na nossa saúde.

De maneira geral, os antioxidantes que vem da nossa alimentação são representados por vitaminas e minerais como:

  • Vitamina C, encontrada em frutas cítricas como a laranja, acerola e abacaxi;
  • Vitamina A, encontrada em alimentos alaranjados como a cenoura, manga e abóbora;
  • Selênio e zinco, encontrados em cereais integrais;
  • Vitamina E, encontrada no azeite, linhaça, óleos vegetais, nozes e castanhas;
  • Flavonoides, presente nas uvas, tomate e chás;
  • Isoflavonas, encontrada na soja, ervilha e seus derivados.

Como você pode perceber, é muito simples garantir o consumo de antioxidantes de maneira adequada na nossa dieta, visto que as opções de fonte alimentar são várias. É possível ainda complementar a ingestão dessas substâncias benéficas com a ajuda de suplementos desenvolvidos com esses compostos nutricionais.

COMO CONSUMIR ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS NA ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA


Quando falamos em alimentação vegetariana e os cuidados que devemos ter para que ela seja um hábito equilibrado e saudável para qualquer indivíduo, sempre nos lembramos dos cuidados com a ingestão de nutrientes como proteínas, cálcio e vitamina B12.

Apesar de todos eles serem importantes pontos de atenção na alimentação de quem segue esse hábito de vida, outros nutrientes igualmente indispensáveis nem sempre são levados em consideração na adequação alimentar: os ácidos graxos essenciais.

Você sabe o que são ácidos graxos essenciais e como fazer para consumi-los na sua alimentação vegetariana?

O que são ácidos graxos essenciais?

Ácidos graxos são, de maneira simples, as gorduras que consumimos na nossa alimentação ou que nosso corpo produz naturalmente a partir de outros macronutrientes. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as gorduras são essenciais para a nossa saúde e devem fazer parte da alimentação de qualquer pessoa, desde que de maneira equilibrada.

Os ácidos graxos essenciais, portanto, são gorduras que nosso corpo é incapaz de produzir de maneira natural, mas que são indispensáveis para o funcionamento do nosso organismo – e por isso eles ganham o nome de essenciais. Para garantir a presença desses ácidos graxos na nossa saúde, é preciso consumi-los na alimentação diária, com a ajuda de alimentos que são fontes ricas desses nutrientes.

Você provavelmente já ouviu falar nos ácidos graxos essenciais. Eles são popularmente conhecidos como ômega-3 e ômega-6 e tem funções importantes em diferentes ações do metabolismo corporal.

O ômega-6 é também chamado de ácido gama-linolênico, ou GLA. O ômega-3, por sua vez, pode ser dividido em dois tipos: o ácido eicosapentaenoico, ou EPA, e o ácido docosaexaenoico, ou DHA.

Por que devo consumir ácidos graxos na minha alimentação vegetariana?

Os ácidos graxos essenciais apresentam muitas funções importantes para o nosso organismo. Eles atuam no nosso cérebro, fígado, olhos, rins, sangue, coração, articulações, sistema imunológico e até mesmo na manutenção da nossa sensação de bem estar.

Apresentar deficiência no consumo desses ácidos graxos pode levar a problemas de desenvolvimento corporal, de raciocínio e capacidade cognitiva, a quadros de artrose, a problemas cardiovasculares e colesterol alto, além de quadros de depressão e queda da imunidade corporal.

Sabe-se também que esses ácidos graxos apresentam uma poderosa ação antioxidante, que ajuda o organismo a se proteger da ação de radicais livres nas mais diversas situações metabólicas.

Qual é a quantidade de ácidos graxos essenciais recomendada por dia?

Mais importante do que saber a quantidade de ômega-3 e ômega-6 que você deve consumir por dia é a proporção que você ingere de cada um desses ácidos graxos. O motivo pelo qual você deve se atentar a essa proporção é que esses dois tipos de gordura competem pelo mesmo espaço de absorção pelo organismo. Por isso, quando você consome mais de um tipo do que do outro, pode estar estimulando uma possível deficiência de algum deles, mesmo sem querer.

Na alimentação vegetariana, o consumo de ômega-3 é o principal ponto de atenção dos especialistas em nutrição, visto que as fontes de ômega-6 são em sua grande maioria de alimentos vegetais. Por isso, é comum encontrar pacientes vegetarianos que consomem muito ômega-6, mas carecem na ingestão de ômega-3. Para evitar os sintomas de deficiência é preciso ajustar essa proporção de consumo.

A proporção ideal para o consumo de ômega-6 deve ser quatro vezes maior que a de ômega-3, ou seja, 4:1. Para entender como é importante essa questão na alimentação vegetariana pense que, para um vegetariano estrito, essa proporção pode chegar a 20:1. Por isso, ajustar a ingestão de ômega-3 é uma ação essencial na maioria dos casos.

Em quais alimentos posso encontrar esses nutrientes?

Como falamos anteriormente, o ômega-6 é um ácido graxo essencial muito fácil de consumir no dia a dia de um vegetariano. Ele está presente em folhas, nozes, grãos e em todos os tipos de óleos vegetais. Esse é um ácido graxo essencial que realmente faz parte da rotina alimentar de qualquer vegetariano.

O ômega-3, por sua vez, é um óleo de consumo regular mais difícil, inclusive para não vegetarianos. Ele é um nutriente muito encontrado em peixes de água fria (como o salmão e o atum), porém suas fontes vegetais são de consumo menos regular na rotina do brasileiro. Encontra-se o ômega-3 em alguns tipos de semente (como a de linhaça), em castanhas, na soja e em alguns óleos vegetais (como o de girassol).

De maneira geral, os vegetarianos garantem o consumo de seus ácidos graxos essenciais, precisando apenas ficar atentos à proporção que ingerem de cada tipo de ômega. Para saber se a sua proporção de consumo está correta, vale a pena se consultar com um profissional de nutrição e fazer os ajustes adequados, caso seja necessário.

29.12.22

FIBRAS ALIMENTARES: COMO ELAS ATUAM NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS?

 


Quando você lê em algum rótulo ou artigo que um produto é rico em fibras alimentares, você sabe realmente quais são os benefícios que elas trazem para o seu organismo? Pois bem, as fibras são a parte dos alimentos que ajudam no bom funcionamento do intestino e trazem benefícios para a saúde em geral. Por isso o consumo em quantidades pequenas ou nulas podem trazer sérios riscos à saúde.

Para entender melhor sobre elas, é importante dividi-las em dois grupos: as solúveis, que podem ser encontradas nas frutas e legumes, são aquelas que promovem a sensação de saciedade e ajudam na perda de peso. Tem também as insolúveis, que não se misturam com a água e vão diretamente para o intestino, ajudando a regular seu funcionamento.

O consumo de fibras é essencial para manter a saúde em dia, preservar e até ajudar a tratar doenças. Quer saber mais? Continue a leitura e comece a entender melhor os benefícios da ingestão de alimentos que contenham fibras alimentares!

Como as fibras alimentares ajudam no combate e tratamento de doenças?

As fibras não são apenas facilitadores dos processos intestinais, mas também atuam na prevenção e no tratamento de uma série de doenças, como você pode conferir a seguir:

Obesidade: trocar uma alimentação baseada em gorduras e carboidratos por uma opção com mais fibras vai, além de diminuir o valor calórico da refeição, ajudar no trato intestinal. A obesidade também está relacionada à uma alimentação com poucas fibras e com o mal funcionamento do intestino. Nesse quesito, a alimentação vegetariana é uma excelente escolha para ajudar no combate aos quilos extras, que podem ser muito prejudiciais à saúde.

Doenças cardiovasculares: estudos já comprovaram que uma alimentação rica em fibras pode ajudar a reduzir em até 40% os riscos de doenças cardiovasculares, já que a ingestão delas ajuda na redução significativa do colesterol ruim.

Câncer: o câncer ainda não tem uma causa definida. Contudo, por meio de uma boa alimentação, é possível ter resultados satisfatórios na evolução do tratamento, já que um corpo bem nutrido e livre de grande parte das toxinas tem mais força para lutar contra a doença. As fibras trabalham também na prevenção do câncer de cólon já que, ao ingeri-las, há um aumento do bolo fecal, o que regulariza seu intestino e faz com que ele funcione diariamente, eliminando toxinas e substâncias que podem ser cancerígenas. Há estudos ainda, que ligam o consumo das fibras alimentares à prevenção de câncer de mama e de pâncreas.

Quais são os alimentos ricos em fibras?

Existe uma lista vasta de alimentos que têm uma grande quantidade de fibras em sua composição. É importante lembrar que a ingestão de fibras alimentares solúveis e insolúveis é recomendada e que ambas ajudam nos tratamentos e prevenções de doenças. 

As fibras solúveis, por exemplo, podem ser encontradas nos seguintes alimentos:

  • Aveia;
  • Soja;
  • Lentilha;
  • Mandioca;
  • Maçã;
  • Cenoura;
  • Ervilha;
  • Frutas cítricas em geral.

Já as fibras insolúveis podem ser ingeridas através de:

  • Pão integral;
  • Feijão;
  • Cascas de frutas;
  • Cereais;
  • Abóbora;
  • Verduras em folha.

Também é importante lembrar que o consumo de água é essencial para que as fibras façam seu papel no seu organismo, certo? As fibras alimentares são transportadas pela água no corpo e é o líquido que ajuda a varrer o intestino, a aumentar o bolo fecal e a eliminar as toxinas.

Muitas vezes, as pessoas ingerem uma boa quantidade de fibras e podem reclamar que se sentem mais estufadas. Se você tem esse desconforto, aumente seu consumo de água para 35 ml por kg de peso, por dia, e analise como se sente. 

Uma alimentação vegetariana bem planejada têm a quantidade de fibras alimentares e nutrientes suficientes para manter o organismo saudável.

VEGETARIANISMO ESTRITO COM SAÚDE: COMO VIRAR VEGETARIANO ESTRITO AOS POUCOS?


Em um primeiro momento, virar vegetariano estrito pode parecer uma tarefa difícil e desafiadora. Mas aos poucos e sem deixar sua saúde de lado, você pode aderir a esse estilo de vida que tem ganhado cada vez mais adeptos.

Se seguido com consciência e com as substituições corretas, o vegetarianismo estrito pode melhorar — e muito! — sua qualidade de vida. Afinal, uma boa alimentação é o primeiro passo para um dia a dia mais saudável.

Neste post, você vai encontrar diversas dicas de como aderir ao estilo de vida vegetariano estrito gradativamente. Vamos lá?

O veganismo como um estilo de vida

O veganismo não é apenas uma dieta, mas sim um estilo de vida mais saudável e consciente. Isso porque os veganos não se limitam a riscar a carne do cardápio, mas também são contra qualquer  atividade que explore ou traga sofrimento aos animais.

Por isso, além de alterarem sua alimentação, os adeptos desse estilo de vida também não compram produtos de origem animal, como peças de couro, lã ou seda, ou que tenham sido testados em animais, como maquiagens e outros produtos de beleza.

Esse respeito aos animais também se estende a todas as atividades do dia a dia. Veganos não frequentam atividades de lazer que envolvam qualquer tipo de sofrimento ou exploração animal, como vaquejadas, circos ou zoológicos. Afinal, o tratamento ético e respeitoso aos animais deve ser uma preocupação constante, não circunstancial. 

O ativismo vegano

É importante destacar que a luta do veganismo é pela conscientização do direito dos animais enquanto seres sencientes, ou seja, são capazes de experimentar sensações desagradáveis como dor e medo. Nesse sentido, as pautas no ativismo vegano  ampliam o leque de questões que vão do abate de animais para consumo, a exemplo do que ocorre na indústria da pecuária, às formas de convivência que envolvam qualquer tipo de crueldade tais como o confinamento em jaulas ou como objeto de testes para cosméticos, além de maus tratos em geral.

Também é importante diferenciar o veganismo de movimentos que se posicionam a favor do “bem-estar do animal”. Apesar do nome, o bem-estarismo não busca a promoção de um tratamento que elimine o sofrimento dos animais, mas sua exploração de maneira mais eficiente e sistematizada.

Para os seguidores dessa corrente filosófica, o erro não está em matar animais, mas em não promover uma diminuição do sofrimento durante o confinamento e o abate.

Em outras palavras, ainda que proponham maneiras menos dolorosas de exploração, como jaulas maiores e experimentação com anestésicos, a filosofia ainda dá aos animais o status de produto cujos danos precisam ser minimizados e não de seres sencientes que não devem ser encarados como mercadoria.

Apesar de tão importante, o direito dos animais ainda não é tratado no Brasil com a mesma seriedade que em outros países.

De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Abolicionista Animal (IAA), 181 universidades nos Estados Unidos têm o direito dos animais como disciplina obrigatória nas faculdades de direito. No Brasil, a disciplina não é obrigatória e aparece raramente, geralmente em cursos de extensão ou especialização.

Opções para veganos crescem no país

Se no que diz respeito à legislação o país ainda caminha lentamente, a boa notícia é que as opções para quem adere ao estilo de vida são cada vez mais amplas.

Com crescimento estimado de 40% ao ano no Brasil, o mercado vegano ganha força e sofisticação e já não pode mais ser chamado de alternativo. Restaurantes, alimentos saudáveis, turismo…  Conheça um pouco mais das opções voltadas para esse público!

Alimentação saudável

Já vai longe o tempo em que aderir ao vegetarianismo estrito como estilo de vida significava contar com poucas opções de alimentação.

Atualmente, marcas se dedicam a colocar no mercado uma série de opções para quem segue uma dieta vegetariana estrita, mas não quer abrir mão do sabor. São queijos, leites e até hambúrguer de Quinoa, para que os vegetarianos estritos possam montar pratos variados e nutritivos.

Restaurantes

Com a popularização do estilo de vida, aumentaram também as ofertas de restaurantes veganos, antes difíceis de encontrar e pouco acessíveis financeiramente. Em grandes capitais, é possível encontrar opções que cabem em todos os bolsos.

Em São Paulo, o Nectare, localizado no bairro de Pinheiros, oferece almoço 100% vegano, com ingredientes orgânicos, duas opções de pratos quentes e farto buffet de saladas. No Rio de Janeiro, a Vegana Chácara, em Botafogo, oferece comida vegana caseira, sopas e saladas.

Não está em nenhuma dessas cidades? O site https://www.guiavegano.com.br/vegan/ traz uma lista bem completa de bistrôs, restaurantes e endereços que entregam pratos veganos congelados em diversas partes do país.

Turismo

De olho nesse público conectado a um estilo de vida mais ético e consciente, diversas agências têm oferecido roteiros voltados para o público vegano.

Sediada no Texas e com atuação mundial, a Veg Voyages, por exemplo, é especializada em roteiros veganos de aventura pela Ásia e conta com opções de passeios em 5 países.

A ideia é conhecer um pouco mais da cultura local sem provocar qualquer tipo de dano ao meio ambiente ou  exploração animal.

No Brasil, a Vegan4You também promove viagens conscientes para destinos como Chile, Costa Rica, Nova York e Caribe. Além disso, a agência também oferece passeios de curta duração e experiências que envolvem opções veganas e boas práticas de sustentabilidade.

Como virar vegetariano estrito aos poucos?

Em vez de cortar imediatamente todos os alimentos de origem animal, o ideal é ir aos poucos excluindo e substituindo esses ingredientes por outros. Afinal, é preciso manter o equilíbrio dos nutrientes no nosso organismo.

Para que a transição seja feita da melhor maneira possível, siga estes passos:

1. Primeiro, adicione novos alimentos à sua rotina alimentar

Ao contrário do que muita gente pensa, ser vegetariano estrito não é só sobre cortar uma lista de alimentos do seu cardápio. É claro que você deixará de comer algumas coisas, mas é essencial acrescentar sabores ao seu dia a dia.

Comece experimentando grãos, legumes e frutas que você nunca comeu. Tentar algumas receitas novas pode ajudar bastante nessa hora.

Somente quando sua alimentação estiver completa, com ingredientes variados, comece a fazer restrições. O movimento contrário — restringir primeiro e experimentar outros alimentos depois — é muito mais difícil.

Também não é bom abandonar tudo de uma vez. Veja no tópico abaixo como fazer essa mudança de uma maneira tranquila.

2. Corte progressivamente os produtos de origem animal

Nosso organismo pode reagir mal diante de cortes bruscos na alimentação. Por isso, o ideal é retirar aos poucos os produtos de origem animal do seu cardápio.

Comece, por exemplo, cortando a carne vermelha. Depois, passe a comer algum tipo de carne somente uma vez por semana, trocando nos outros dias por legumes gratinados ou refogados e bem temperados.

O próximo passo são os ovos e os derivados do leite. Nas receitas que você gosta de fazer, comece a usar os leites vegetais, que são saborosos e nutritivos.

3. Faça substituições inteligentes

Aderir ao estilo de vida vegetariano estrito não significa renunciar para sempre aos pratos que você mais gosta. Você vai se surpreender como, fazendo algumas substituições e usando a criatividade, é possível comer pratos como hambúrguer, churrasco e até feijoada!

O hambúrguer convencional, por exemplo, pode ser substituído pelo de Quinoa. Além disso, hoje em dia, também existe uma grande variedade de queijos veganos de boa qualidade, que você pode usar para incrementar o sanduíche, criar molhos, gratinar… Use a criatividade e crie novos pratos!

Quais substituições os vegetarianos estritos precisam fazer no cardápio?

Ao adotar o estilo de vida vegetariano estrito, para que seu corpo não sofra com carência nutricionais, é preciso ficar atento às suas necessidades diárias de proteína e de nutrientes como ferro, cálcio e vitamina B12.

No entanto, tomando alguns cuidados com a sua alimentação, é possível atingir os níveis corretos de cada um desses elementos e garantir que a sua saúde esteja sempre em dia. Saiba como!

Como ingerir proteínas sem comer carne

Engana-se quem acredita que carnes e ovos são as únicas fontes possíveis de proteína. Para garantir a ingestão diária desse macronutriente você pode apostar nas proteínas de origem vegetal,  tais como a ervilha, as oleaginosas — como castanha, amendoim, nozes e pistache —,  o feijão, o grão de bico, o tofu e sementes de chia, gergelim e girassol.

É importante esclarecer um equívoco bastante comum entre quem está aderindo agora a esse estilo de vida. Ao contrário do que muita gente imagina, as proteínas de fonte vegetal não são "mais pobres" do que as de fonte animal.

Isso porque as proteínas são formadas de aminoácidos, e dos 20 tipos de aminoácidos que o corpo utiliza para a produção de suas proteínas, 11 são produzidos pelo próprio organismo. Esses são os chamados aminoácidos não essenciais.

Já os 9 restantes são chamados de essenciais e precisam ser supridos via alimentação. Uma proteína é considerada de alto valor biológico, ou completa, quando conta com esses 9 aminoácidos dos quais o corpo necessita para diversas funções. 

No entanto, proteínas completas não são exclusividade do reino animal. Fontes de proteína vegetal ou combinações delas também são consideradas de alto valor biológico ou completas, e em nada ficam devendo nutricionalmente às proteínas de origem animal.

Por isso, é importante investir em combinações de leguminosas, como feijão, ervilha e grão de bico, com cereais, como o arroz integral, aveia e na Quinoa, cereal que contém todos os aminoácidos essenciais e, por isso, é um alimento completo, que deve fazer parte das suas receitas sempre que possível.

Como garantir as quantidades de nutrientes recomendados

Além da ingestão diária de proteína, outra preocupação bastante frequente  de quem está aderindo agora ao vegetarianismo estrito diz respeito à absorção de vitaminas e outros nutrientes.

Será que, aderindo ao estilo de vida vegetariano estrito, eu vou conseguir ingerir quantidades adequadas de ferro, cálcio e vitamina B12, por exemplo? É o que você vai entender melhor agora!

No caso do ferro, é importante lembrar que o de origem vegetal — que está no feijão, por exemplo —, é tão eficiente quanto a carne. Por isso, apostar no clássico arroz e feijão é sempre uma opção interessante. O prato é nutritivo, saudável e cabe em todos os bolsos!

Também é importante consumir bastante vitamina C ao longo do dia, já que ela contribui para a absorção do ferro no organismo. Experimente tomar um suco natural de laranja logo no desjejum, por exemplo!

Outro ponto de atenção para quem está aderindo ao vegetarianismo estrito diz respeito ao cálcio.

Nesse caso, a dica é reforçar o consumo de vegetais verdes-escuros, como o espinafre e a couve. O tomate, as amêndoas e a ameixa preta também são outras excelentes fontes vegetais do micronutriente.

Já as quantidades diárias de vitamina B12, nutriente importante para o bom funcionamento das hemácias, do sistema nervoso e de uma série de funções cerebrais, realmente não podem ser alcançadas em uma dieta vegetariana estrita.

No entanto, a questão é facilmente contornável com a utilização de suplementos. 

Como você pode ver, fazendo ajustes pontuais na alimentação, é possível aderir a uma dieta vegetariana estrita sem causar qualquer tipo de dano à sua saúde.

Na verdade, ao optar por excluir os alimentos de origem animal do seu cardápio, sua saúde só tem a ganhar, já que o consumo de carne está ligado ao surgimento de doenças cardíacas, derrames e até câncer.

Além disso, uma alimentação mais saudável, baseada em frutas, legumes, verduras e cereais ajuda a prevenir a obesidade e suas doenças associadas, como hipertensão e diabetes.  Em palavras simples, com o vegetarianismo estrito, todos saem ganhando!

E então, gostou de saber um pouco mais sobre o vegetarianismo estrito? Se você tiver alguma dúvida sobre como virar vegetariano estrito ou quiser compartilhar suas experiências conosco, deixe seu comentário!

A ALIMENTAÇÃO DO FUTURO PODE SER VEGETARIANA? SAIBA O QUE DIZEM AS PESQUISAS!

 


Você já deve ter ouvido falar sobre os benefícios que uma alimentação vegetariana traz para a sua saúde e qualidade de vida. No entanto, será que você sabia que diminuir ou abolir a carne da alimentação faz bem não só para o seu organismo, mas para todo o planeta?

Afinal, de que maneira o simples ato de consumir carne pode impactar negativamente o meio ambiente?  Que consequências positivas a adoção de uma alimentação vegetariana pode trazer para o futuro do planeta? É o que você vai descobrir hoje. Acompanhe a leitura!

A indústria da carne e seu impacto no meio ambiente

Quando alguém ouve falar sobre os problemas provocados pelo efeito estufa e o aquecimento global no mundo, muito provavelmente faz uma associação imediata com a poluição causada por veículos motorizados, por exemplo.

No entanto, em entrevista à BBC, Tim Benton, especialista em segurança alimentar da Universidade de Leeds, no Reino Unido, explica que, nos Estados Unidos, uma família de quatro pessoas emite mais gases responsáveis pelo efeito estufa por incluir carne em sua dieta do que por dirigir dois carros.

Outro problema importante causado pelo consumo de carne diz respeito ao espaço ocupado pela criação de gado de corte.

Estima-se que, no mundo, cerca de 5 bilhões de hectares de terra sejam utilizados para produção de alimentos. Desse total, 68% são destinados exclusivamente à pecuária, o que aumenta ainda mais as emissões devido à perda de biodiversidade e transformação de uso da terra.

A alimentação vegetariana traria benefícios para o planeta?

Por outro lado, se o consumo de carne fosse drasticamente reduzido ou mesmo abolido do cardápio mundial, o impacto no meio ambiente seria altamente positivo.

De acordo com Marco Springmann, pesquisador do programa Future of Food, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, se a carne vermelha fosse retirada da dieta mundial até 2050, as emissões de gases poluentes ligadas à produção de alimentos cairiam impressionantes 60%.

Em um outro cenário, se toda a população do mundo se tornasse vegetariana estrita até essa data, a diminuição dos poluentes poderia chegar a 70%. Muito embora alcançar esses números seja uma meta pouco realista, a projeção nos ajuda a ter uma visão mais clara do impacto provocado pelo consumo de carne no meio ambiente.

A adoção de uma alimentação vegetariana também traria incontáveis benefícios em questões como preservação da biodiversidade e diminuição das mudanças climáticas, já que sem a necessidade de destinar tanto espaço para a criação de gado, seria possível investir em ações de reflorestamento e preservação de espécies que perderam espaço para os bovinos ao longo dos anos.

Benefícios para a saúde também devem ser considerados

Se o planeta sai beneficiado pela adoção de um cardápio livre de proteína animal, sua saúde também agradece — e muito.

A tendência mundial de buscar uma alimentação mais saudável, livre do excesso de açúcar, priorizando produtos orgânicos, produzidos de maneira sustentável, caminha em direção ao que é o estilo de vida vegetariano.

Segundo Springmann, a adoção de uma alimentação vegetariana poderia reduzir a mortalidade global em até 10%, uma vez que o consumo de carne está ligado a maior incidência de doenças cardíacas, diabetes e derrames.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o consumo de carne vermelha como potencialmente cancerígeno para humanos, enquanto as carnes processadas, como bacon, presuntos, salames, linguiças e salsichas foram classificadas no mesmo grupo de risco que o cigarro.

Além disso, a alimentação vegetariana também ajuda a prevenir alguns tipos de câncer, como o de pulmão, pâncreas, cólon e próstata. Uma dieta baseada em frutas, verduras, legumes e grãos também ajuda a prevenir a obesidade, responsável por uma série de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Por isso, mais do que uma “moda passageira” ou uma tendência alimentar restrita a um grupo, a alimentação vegetariana vem firmando-se como uma opção inteligente para quem preocupa-se com a sua saúde e com o futuro do planeta que pretende deixar para as próximas gerações.

E então, gostou de saber um pouco mais sobre os impactos da alimentação vegetariana na sua saúde e no meio ambiente? 

COMO SUBSTITUIR A CARNE DE FORMA CONSCIENTE

 


De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, a população vegetariana cresceu 75% nas regiões metropolitanas entre 2012 e 2017. Apesar do número expressivo, substituir carne por vegetais, grãos e cereais ainda é uma decisão difícil de ser tomada.

Mas afinal, porque isso acontece? Consumimos carne por hábito cultural ou porque acreditamos que, de fato, nosso organismo precisa dela para manter-se saudável? Pensando em desvendar esses mitos e te ajudar a tomar uma decisão consciente, criamos o artigo de hoje. Acompanhe a leitura!

Afinal, comer carne é mesmo necessário?

Na verdade, não. Ainda que culturalmente sejamos levados a acreditar que a proteína animal é indispensável para o bom funcionamento do nosso organismo, essa afirmação não poderia estar mais longe da verdade.

É perfeitamente possível ter uma alimentação saudável sem incluir proteína animal, já que as 0,8 gramas de proteína por quilograma de peso corporal recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) podem ser obtidas de fontes vegetais sem qualquer prejuízo ao organismo.

No entanto, quem opta por esse tipo de alimentação precisa fazer substituições inteligentes e incluir uma grande variedade de vegetais no seu cardápio para alcançar a cota diária e garantir que o corpo receba todos os nutrientes necessários para o seu bom funcionamento.

Mesmo os ovolactovegetarianos, ou seja, que não excluíram ovos e leites de sua dieta, precisam valer-se dessa regra.

Isso porque, ainda que não tenham problemas em atingir o nível recomendado de proteínas, eles precisam garantir a sua cota diária de minerais, especialmente de ferro, que pode ser obtido de fontes como soja, feijão, espinafre, couve e brócolis, preferencialmente acompanhados de uma fonte de vitamina C, como laranja ou acerola, que auxiliam na absorção do nutriente.

Já os vegetarianos estritos podem substituir carne por fontes de proteína vegetais, como a ervilha, a Quinoa, a soja e a chia. A única exceção é a vitamina B12, que não é produzida pelo corpo e nem pode ser obtida por meio de vegetais, uma vez que é fabricada por bactérias encontradas nos animais.

No entanto, mesmo essa questão é simples de resolver: basta consumir produtos fortificados com vitamina B12 ou mesmo fazer a suplementação com cápsulas encontradas facilmente em farmácias.

Saiba quais são as fontes de proteínas vegetais de alto valor biológico

Há quem acredite ainda que embora seja possível substituir carne e seus derivados por fontes de proteína vegetal, estas não seriam tão completas, o que não é verdade.

As proteínas são formadas por moléculas de aminoácidos. Dos 20 tipos de aminoácidos que o corpo utiliza para a produção de suas proteínas, 11 são produzidos pelo próprio organismo, os chamados aminoácidos não essenciais.

Os 9 tipos restantes — fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano, histidina e valina — são aqueles que o corpo não consegue produzir, e são chamados de aminoácidos essenciais.

Uma proteína é considerada completa, ou de alto valor biológico, quando contém todos os aminoácidos essenciais de que o organismo necessita para poder funcionar adequadamente.

Ocorre que  as proteínas de alto valor biológico não são exclusividade das fontes animais. Existem vegetais que são excelentes fontes de proteínas de alto valor biológico, razão pela qual não há nenhum motivo para acreditar que elas sejam “mais pobres” do que as primeiras.

Entre as fontes vegetais de proteínas de alto valor biológico podemos citar a ervilha, a Quinoa, a chia, os cogumelos, a soja e o clássico arroz e feijão.

Retirar a carne do cardápio é mesmo uma boa ideia?

Mas afinal, ainda que seja totalmente possível substituir a proteína animal pela vegetal sem diminuir a qualidade da alimentação e que o consumo de carne seja supervalorizado em nossa sociedade, retirar esse item do cardápio é mesmo uma boa ideia?

Ao menos é o que garantem as pesquisas. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com mais de 120 mil pessoas ao longo de 20 anos, quem come menos carne vermelha vive mais e tem menos chance de desenvolver doenças cardiovasculares do que aqueles que incluem hambúrgueres e carnes processadas regularmente em sua dieta.

Além disso, o consumo regular de carne também está associado a maiores índices de câncer de intestino, boca, faringe, estômago, mama e próstata.

Outra questão a ser considerada é a ambiental. Os rebanhos consomem boa parte dos recursos do planeta. Para se ter uma ideia, para produzir um quilo de carne, consomem-se cerca de 43.000 litros de água, enquanto um quilo de tomate gasta apenas 200 litros.

Além disso, grande parte dos vegetais que produzimos é destinada aos animais, o que estimula a monocultura de grãos. Em um mundo vegetariano, as plantações seriam mais diversificadas e haveria mais recursos para combater a fome mundial.

28.12.22

ABSORÇÃO DE FERRO NA ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA

O ferro é um dos minerais mais conhecidos da nossa alimentação. Você, muito provavelmente, já ouviu seu médico falando sobre a importância desse nutriente para a sua saúde e também já percebeu que ele está sempre listado nos exames de sangue.

Na alimentação vegetariana, a atenção com o ferro deve ser um pouquinho maior, visto que a alimentação tradicional do brasileiro é baseada no consumo de carne e produtos animais – e que são, por fim, a principal fonte de ferro desses indivíduos. A retirada da carne e dos produtos animais da alimentação, portanto, deve ser acompanhada de uma substituição alimentar que garanta o consumo desse nutriente em outras fontes.

Mas já que estamos falando de ferro e alimentação vegetariana, que tal aprender um pouco mais sobre a absorção de ferro no organismo e o que você pode fazer para melhorá-la com a mudança nos seus hábitos alimentares?

Qual a importância do ferro para a saúde?

O ferro é um nutriente que conta com várias funções no organismo. Uma delas, por exemplo, é formar as nossas células do sangue e garantir o transporte correto de oxigênio para todos os nossos tecidos corporais. Além disso, o ferro atua na formação do nosso DNA, no nosso metabolismo corporal e até mesmo no funcionamento do nosso fígado.

Na alimentação é possível encontrar dois tipos de ferro:

  • Ferro Heme: disponível em produtos animais;
  • Ferro não-heme: disponível em produtos vegetais.

De maneira geral, podemos dizer que a absorção do ferro heme por nosso organismo é mais fácil e rápida, entretanto, isso não significa que o ferro não-heme seja uma fonte ruim desse nutriente para a alimentação. O ferro não-heme tem sua absorção facilitada pelo consumo de outros nutrientes, ao contrário do ferro heme, que não tem esse benefício. Por isso, a qualidade da alimentação do vegetariano faz muita diferença na maneira como ele absorve esse mineral.

Quais são as consequências da falta de ferro no organismo?

Não ter ferro suficiente circulando no corpo pode prejudicar a sua saúde em vários aspectos. Você pode ter problemas de imunidade, de concentração e até mesmo de capacidade de raciocínio.

Outro problema muito comumente relacionado com a falta de ferro é a anemia. Essa, inclusive, é considerada a deficiência nutricional mais comum do mundo, atingindo uma a cada três pessoas (incluindo não-vegetarianos). Ela consiste na produção insuficiente das células de sangue por causa da falta do ferro, resultando em sintomas como cansaço extremo, queda de cabelo, sono constante, tontura, falta de apetite, náusea e desânimo.

Quanto de ferro devemos consumir por dia?

O consumo de ferro deve ser diário, visto que esse é um mineral essencial para o funcionamento de todo o nosso corpo. A quantidade que você deve consumir por dia, entretanto, varia de acordo com sua idade, sexo e características individuais. 

De maneira geral, crianças devem consumir valores que oscilam de 0,27mg a 9g dia, de acordo com sua faixa etária. Adultos saudáveis devem consumir 14mg diários e esse valor altera para gestantes (que devem elevar o consumo para 27mg/dia) e lactantes (que devem consumir 15mg/dia).

Para a alimentação vegetariana, quais são as principais fontes alimentares de ferro?

As principais fontes alimentares de ferro para vegetarianos são baseadas no consumo de leguminosas, oleaginosas, sementes e algumas hortaliças. Abaixo listamos as principais:

  • Feijão;
  • Soja;
  • Grão-de-bico;
  • Lentilhas;
  • Castanha de caju;
  • Amendoim;
  • Semente de abóbora;
  • Gergelim;
  • Quinoa;
  • Linhaça;
  • Trigo;
  • Aveia;
  • Folhas verde escuras (espinafre, mostarda, couve);
  • Brócolis.

Como fazer para melhorar a absorção de ferro pelo corpo?

Além de aumentar o consumo de alimentos fonte de ferro no dia a dia, você está lembrado que o ferro não-heme precisa de uma ajudinha extra para ser absorvido com facilidade pelo nosso corpo, certo? Por isso, uma das estratégias da absorção de ferro na alimentação vegetariana é aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C.

A vitamina C pode ajudar a aumentar a absorção do ferro em até três vezes mais, quando comparado com o consumo desse mineral sem a ajuda da vitamina. Por isso, alimentos ricos nesse nutriente podem ajudar a melhorar a qualidade da sua alimentação.

Além disso, é bom evitar, no momento da alimentação rica em ferro, o consumo de nutrientes que podem atrapalhar a absorção desse mineral. Compostos como a cafeína, o cálcio e o cacau influenciam negativamente na absorção do ferro.

Para ter certeza que seu consumo de ferro está adequado, é sempre importante contar com a orientação de um médico ou nutricionista para ajustar a alimentação.

26.12.22

MITOS E VERDADES SOBRE O CONSUMO DE CARBOIDRATOS

 


O consumo de carboidratos é a principal fonte de energia que o nosso corpo utiliza para manter as atividades metabólicas. Mesmo assim, esse importante macronutriente tem sido vilanizado como um dos maiores responsáveis pelo ganho de peso e por contribuir para enfraquecer a saúde de quem o consome.

A situação piora com a crescente popularidade das dietas Low Carb, que fez com que muitas pessoas espalhassem a ideia de que os carboidratos não fazem parte de uma dieta saudável. Entretanto, para preservar uma alimentação equilibrada e um corpo ativo, é essencial fornecer energia para o organismo.

Em meio a esta controvérsia, apresentamos o artigo a seguir para esclarecer os mitos e verdades que envolvem o consumo de carboidratos. Confira!

“Se eu parar de ingerir carboidratos vou emagrecer”

Parcialmente verdade. Quando paramos de ingerir carboidratos, realmente temos uma perda de peso acentuada. Mas isso acontece por causa da perda da água que estava ligada ao glicogênio armazenado no corpo.

O problema é que, quando o corpo precisar de energia e o consumo de carboidratos estiver baixo ou inexistente, ele apela para as reservas de gordura em busca de energia. Entretanto, o mais comum é que a massa muscular também seja consumida.

Uma dieta vegetariana ou com baixa gordura tem mais efeitos sobre a perda de peso do que uma dieta com pouco ou nenhum carboidrato.

“Para ter uma alimentação saudável preciso cortar o carboidrato”

Esse é um mito perigoso. Os carboidratos saudáveis são parte da alimentação para o bom funcionamento do corpo, inclusive do cérebro, exercendo uma série de funções metabólicas e estruturais no organismo. Por isso, são classificados como macronutrientes, ou seja, são essenciais para que o corpo funcione corretamente.

“Todos os carboidratos fazem mal”

Mito. O problema são os carboidratos com base em açúcar, como doces e refrigerantes, e altas concentrações de farinha branca, como bolos e pães não integrais. Esses fazem mal por causa de seu alto índice glicêmico e podem levar ao desenvolvimento de doenças como a diabetes tipo 2 e a obesidade.

Mas o consumo de carboidratos naturais, como os presentes em frutas e cereais, pode e deve ser feito, mas sempre com moderação. Frutas doces têm maiores quantidades de frutose, o carboidrato das frutas, e quanto mais doce, maior é a concentração do nutriente.

Outras opções saudáveis de consumo de carboidrato são os cereais como o arroz integral, além de outros vegetais como a mandioca, o cará, entre outros.

“Posso ganhar mais peso se comer carboidratos à noite”

Verdade. O que acontece é que o nosso corpo gasta menos energia durante o repouso e isso significa que qualquer carboidrato consumido será transformado em energia acumulada antes que possa ser usada.

Ou seja: o ideal é que o consumo seja realizado durante o dia, período de atividades mais intensas em que o corpo pode utilizar a energia e processar os carboidratos de forma eficiente. Durante a noite, prefira alimentos mais leves e com baixo teor energético.

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VEGETAIS RICOS EM PROTEÍNAS: CONHEÇA AS FONTES QUE FORNECEM O MESMO TEOR PROTEICO DA CARNE



Quando alguém decide optar pelo vegetarianismo, é comum que parentes e amigos demonstrem preocupação com o novo estilo de vida por acreditar que ele não ofereça a quantidade diária de proteínas de que o organismo necessita para funcionar adequadamente.

Apesar de bem-intencionada, a preocupação não se justifica. Isso porque o nutriente pode ser obtido de fontes vegetais e, ao contrário do que muita gente imagina, com a mesma qualidade das proteínas de fonte animal.

Pensando em desvendar esses e outros mitos sobre proteína vegetal, apresentamos o artigo de hoje. Nele, você vai entender melhor o que são proteínas de alto valor biológico e que vegetais podem substituir com excelência as fontes de proteína animal. Acompanhe a leitura!

Afinal, quem é adepto do vegetarianismo tem uma dieta pobre em proteínas?

Não necessariamente. Existem diversas fontes de proteína vegetal que podem substituir adequadamente os aminoácidos obtidos por meio de alimentos como carne, frango, leite, peixe e ovos.

Mas as proteínas de fonte vegetal não são “mais pobres” do que as de fonte animal?

Não, isso é um mito. As proteínas são formadas por moléculas de aminoácidos. Dos 20 tipos de aminoácidos que o corpo utiliza para a produção de suas proteínas, 11 são produzidos pelo próprio organismo, os chamados aminoácidos não essenciais.

Os 9 tipos restantes — fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano, histidina e valina — são aqueles que o corpo não consegue produzir, e são chamados de aminoácidos essenciais.

Uma proteína é considerada completa, ou de alto valor biológico, quando contém todos os aminoácidos essenciais de que o organismo necessita para poder funcionar adequadamente.

Ocorre que  as proteínas de alto valor biológico não são exclusividade das fontes animais. Existem vegetais que são excelentes fontes de proteínas de alto valor biológico, razão pela qual não há nenhum motivo para acreditar que elas sejam “mais pobres” do que as primeiras.

Conheça os vegetais ricos em proteínas de alto valor biológico

Agora que você já esclareceu alguns mitos sobre a dieta vegetariana, conheça alguns vegetais que são ricos em proteínas de alto valor biológico e  podem substituir a carne no seu cardápio.

1. Ervilha

Rica em ferro e zinco, a proteína de ervilha é uma excelente opção para atletas vegetarianos estritos ou simplesmente por quem não consome carne e está em busca de uma vida mais saudável, já que é rapidamente absorvida pelo organismo e rica em aminoácidos que contribuem para a construção da massa muscular.

Versátil, a proteína de ervilha serve como base para uma série de produtos que substituem com muito sabor a proteína animal, como empanados, linguiças, frangos e até salsichas.

2. Quinoa

Além de ser uma fonte de proteína completa, a Quinoa é rica em fibras e também possui uma série de outros nutrientes importantes para quem busca uma dieta saudável e equilibrada, como ferro, magnésio e manganês.

3. Chia

Com alto teor de fibras, a chia é uma fonte de proteína completa rica em ômega-3, vitamina A, ferro e zinco. É uma excelente opção para vegetarianos estritos, já que contém mais cálcio do que o leite.

4. Arroz e feijão

Sim! Um dos pratos preferidos dos brasileiros, a combinação é uma excelente fonte de proteínas de alto valor biológico.

Fácil de ser preparada — e de ser encontrada quando é preciso se alimentar fora de casa — a refeição é econômica e traz uma série de benefícios à sua saúde, já que auxilia o funcionamento intestinal, reduz as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes e é rica em vitaminas do complexo B, ferro, cálcio, cobre, potássio, zinco e magnésio.

5. Soja

A leguminosa é uma excelente fonte do nutriente — em apenas ½ xícara é possível encontrar de 10 a 15 gramas de proteína. Além disso, o grão é rico em isoflavona, substância que ameniza os efeitos da menopausa e ajuda a reduzir os níveis do colesterol ruim, o LDL e a preservar o HDL, também chamado de colesterol bom.

Como você pode ver, seguir uma dieta vegetariana não precisa ser sinônimo de um cardápio pobre em proteínas, uma vez que diversos vegetais podem suprir com qualidade as suas necessidades diárias desse nutriente.

Gostou de entender um pouco mais sobre proteínas vegetais? 

COMO FAZER SOPA DE LEGUMES PARA O ANO TODO



Responda rápido: sopa combina com… Se você disse frio, está na hora de rever seus conceitos! Nutritivas e saborosas, as sopas de legumes não só podem como devem fazer parte do seu cardápio também nos dias quentes de verão.

Sim! Apesar de serem referências de pratos típicos de inverno, elas combinam também com o calor nas versões frias. Gostou da ideia, mas não sabe bem como aderir?

Para resolver esse problema, criamos o post de hoje. Nele, você vai saber mais sobre os benefícios da sopa para a sua saúde e aprender como fazer sopa de legumes tanto para os dias de inverno quanto para o verão. Acompanhe a leitura e inspire-se nas nossas sugestões de receitas!

Invista na sopa

Além de ser muito saborosa, a sopa traz uma série de benefícios para o organismo. Embora esteja frequentemente associado ao cardápio de quem faz dieta, por ser leve e rico em nutrientes, o prato também é uma excelente opção para quem não precisa se preocupar com a balança, mas quer manter a saúde em dia.

O ideal é dar preferência para aquelas preparadas com legumes variados, como a abóbora, que é rica em fibras e que ajudam a diminuir a sensação de fome além de conter propriedades antioxidantes, que combatem o envelhecimento precoce. Ou mesmo a mandioquinha, que auxilia na regulação do intestino e é fonte saudável de carboidrato, perfeito para o pré-treino dos adeptos da malhação que estão cansados de apostar na batata doce.

Outra vantagem da sopa é que ela é uma excelente maneira de consumir vegetais, já que a água utilizada no preparo é mantida, o que ajuda a preservar os nutrientes. Além disso, a consistência torna mais palatável o sabor daqueles legumes e verduras com os quais você tem menos afinidade e que, normalmente, não consumiria em pedaços crus ou cozidos.

Uma outra boa pedida: apostar nos caldos. Mais leves, eles são uma ótima opção de entrada — o que deixa você com menos fome na hora do prato principal — ou para aliviar aquela vontade de comer algo gostoso fora de hora.

Há ainda as versões funcionais como o caldo de feijão com cebola, que auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares, do mal de Parkinson e do Alzheimer, ou no caldo de legumes com cenoura, aipo e salsa, que mata a fome sem pesar no estômago e tem propriedades diuréticas.

Vai ter sopa no verão, sim!

Se no Brasil a sopa é tradicionalmente um prato típico dos dias mais frios, em outros lugares do mundo ela tem lugar cativo também no verão. Prato típico da Espanha, o gaspacho é uma sopa de legumes fria feita com vegetais crus.

A receita original leva tomates maduros, pimentão verde, pepino, cebola, pão, alho, azeite, suco de uva branco, sal e além de super nutritiva — o tomate é fonte de licopeno, que  auxilia na prevenção de diversos tipos de câncer —, o gaspacho chama a atenção por ser saboroso e muito refrescante.

Além da receita espanhola, você pode investir também na sopa de suco de tangerina com salsão picado em cubos, tomate e cebola.  O prato alia a vitamina C da fruta, que atua na prevenção de gripes e resfriados, com as fibras do salsão, que ajudam o intestino a funcionar corretamente, em um prato saudável e refrescante, perfeito para os dias mais quentes.

É adepto dos sabores mais tradicionais? Então aposte na sopa fria de batata com alho poró. Enquanto os carboidratos da batata fornecem energia para enfrentar um dia de atividades intensas, os antioxidantes do alho poró ajudam a combater o envelhecimento precoce. Uma combinação perfeita!

Aprenda como fazer sopa de legumes para aquecer os dias frios

Perfeitas para aquecer e trazer uma sensação de aconchego nos dias mais frios, as sopas são pedida certa na estação mais fria do ano.

É hora de apostar nas receitas mais encorpadas, como a sopa de cebola gratinada, que leva azeite, cebolas, leite de coco, e uma porção generosa de queijo vegano, ou na sopa de ervilha, que leva caldo de legumes, azeite, cebolas, alho e leite de coco.

Na hora de preparar a receita, você também pode deixar a criatividade falar mais alto e criar a sua própria versão: brócolis com palmito, mandioquinha com agrião… As opções são inúmeras!

Se quiser uma versão mais tradicional, invista na clássica — e deliciosa! — sopa de legumes com macarrão.

Como você pode ver, embora combinem perfeitamente com os dias mais frios, as sopas não precisam ficar restritas a eles. Use a sua criatividade e crie combinações que agradem ao seu paladar e façam bem para a sua saúde!

24.12.22

POR QUE OPTAR PELA FEIJOADA VEGETARIANA ESTRITA?

 

Diferente da versão tradicional, a feijoada vegetariana estrita tem baixíssimo teor de gordura, já que as carnes de porco e de boi são substituídas por alternativas muito mais saudáveis: cogumelo, berinjela, beterraba, cenoura, abóbora, batata, inhame e tofu cortados em cubos se unem ao feijão preto para formar um prato cheio de sabor e rico em vitaminas e sais minerais.

Como prioriza os legumes e tem baixíssimo teor de gordura, a feijoada vegetariana reduz consideravelmente as calorias do prato sem que isso signifique reduzir o sabor.

Além disso, ela também tem menor teor de sódio, que em excesso pode provocar hipertensão e doenças cardiovasculares. Resumindo: além de evitar os quilos extras, você cuida da sua saúde sem precisar abrir mão do prazer.

Saiba como preparar uma feijoada vegetariana estrita perfeita!

Agora que você conhece todos os benefícios que a feijoada vegetariana pode trazer para a sua saúde, chegou a hora de conhecer algumas dicas que vão ajudá-lo na preparação do prato. Saiba mais!

1. Escolha ingredientes de qualidade

Se você quer fazer uma feijoada que agrade até os paladares mais exigentes, precisa escolher ingredientes de qualidade.

Prefira sempre vegetais e cogumelos frescos e escolha um tofu ou outro queijo vegano de boa procedência e consistência bem firme, para evitar que ele se desmanche durante  a preparação do prato.

2. Planeje o prato com antecedência

Para a sua feijoada ser um sucesso, fazer um bom planejamento do prato é fundamental, já que alguns ingredientes ficam mais saborosos quando preparados com alguma antecedência.

Deixar o feijão de molho por um período de 8 a 12 horas — trocando a água, preferencialmente, a cada 4 horas —, além de facilitar o cozimento, elimina componentes anti-nutricionais responsáveis por desconfortos abdominais e pela formação de gases no trato digestivo.

Também é uma excelente ideia preparar no dia anterior acompanhamentos como a farofa, que fica perfeita quando preparada com cogumelos frescos, azeitonas, alho ou com castanha de caju e pimentão. 

3. Capriche nos acompanhamentos

Acompanhamentos e petiscos são essenciais para deixar a sua feijoada vegetariana estrita ainda mais saborosa. Se quiser fugir do tradicional arroz branco, aposte em versões incrementadas com cenouras, brócolis e castanha de caju ou mesmo no arroz integral, que contém fibras que estimulam o bom funcionamento do intestino e ajudam a aumentar a sensação de saciedade.

Além da farofa e do arroz, uma boa feijoada vegetariana deve contar ainda com couve refogada com alho e gomos de uma fruta ácida, como laranja, abacaxi ou tangerina, que são ricas em vitamina C,  auxiliam na digestão do prato e são perfeitas para fechar com chave de ouro uma refeição tão saborosa.

Como você pode ver, a feijoada é uma excelente opção para quem adora receitas nutritivas e saudáveis. Seguindo algumas dicas simples, é possível preparar um prato delicioso, que em nada fica devendo no quesito sabor!

COMO SABER SE TENHO INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN?

Com a popularização das dietas que restringem o glúten, é cada vez mais comum encontrar pessoas que se dizem intolerantes à proteína presente em cereais como o trigo, o centeio e a cevada, ao menor sinal de sensibilidade ao ingrediente.

No entanto, ainda que a confusão entre os termos seja bastante comum, a intolerância ao glúten ou doença celíaca e a alergia provocada pelo consumo de alimentos produzidos com esse ingrediente são problemas muito diferentes, que podem resultar em complicações graves quando não diagnosticados corretamente.

Pensando em esclarecer melhor esses termos e ajudar você a entender os sintomas e características da doença celíaca, criamos o artigo de hoje. Acompanhe a leitura e descubra se você pode ter intolerância ao glúten!

Qual a diferença entre intolerância e alergia ao glúten?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1% da população do planeta sofre de doença celíaca ou intolerância ao glúten.

Trata-se de uma enfermidade autoimune, ou seja, em que as células de defesa do organismo atacam as demais. A doença celíaca é desencadeada pelo consumo de glúten e provoca um processo inflamatório no intestino que diminui a absorção dos nutrientes.

Quando não tratada adequadamente, a intolerância ao glúten pode trazer complicações graves ao organismo, danificando as células do intestino e impedindo a absorção de vitaminas indispensáveis para o funcionamento dos órgãos.

Em casos mais graves, a falta de tratamento da doença celíaca pode provocar doenças renais e hepáticas, diabetes e até mesmo câncer no intestino e no sistema linfático.

Já a sensibilidade ou alergia ao glúten é um processo totalmente diferente. Estima-se que, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas por ano sejam atingidas pelo problema, também chamado de sensibilidade ao glúten não-celíaca.

Trata-se de uma condição crônica de menor gravidade, em que o organismo encontra dificuldades em processar o glúten, o que provoca desconfortos diversos como inchaços na região abdominal, dores e erupções cutâneas.

Ainda que, tal como acontece na doença celíaca, o organismo não tolere bem a presença da proteína, o impacto provocado pelo seu consumo não é tão grande.

Pela similaridade dos sintomas, é bastante comum que a intolerância e a sensibilidade ao glúten sejam confundidas. No entanto, é importante estar atento para identificar corretamente o problema, uma vez que a doença celíaca é uma enfermidade que exige diagnóstico rápido para evitar complicações mais sérias.

Quais são os sintomas mais comuns de intolerância ao glúten?

Entre os sintomas mais frequentes da doença celíaca figuram:

  • diarreia crônica;

  • distensão abdominal;

  • perda de apetite;

  • má absorção intestinal;

  • dores abdominais;

  • náuseas e fadiga constantes.

Quais são os principais exames para diagnosticar a intolerância ao glúten?

Em geral, os exames de sangue que medem a resposta do paciente a níveis controlados de glúten são os mais utilizados para o diagnóstico da doença celíaca. Conheça os mais comuns:

  • anticorpo antitransglutaminase;

  • anticorpo antiendomísio;

  • anticorpo antigliadina;

  • estudos moleculares DQ 2 e DQ 8.

O médico pode solicitar ainda uma biópsia do intestino para fechar o diagnóstico definitivo, que leva em consideração, além dos resultados dos exames, o histórico médico do paciente.

Qual é o tratamento para quem tem intolerância ao glúten?

A doença celíaca não tem cura e o único tratamento possível é seguir uma dieta sem glúten. Excluir do cardápio alimentos a base de trigo, cevada, centeio, malte e aveia é a melhor maneira de garantir qualidade de vida e evitar complicações graves.

No Brasil, desde 2003, uma lei obriga as indústrias alimentícias a registrarem na embalagem de seus produtos a presença da proteína. Por isso, se você tem intolerância ao glúten, precisa ter atenção redobrada na hora de ler os rótulos dos alimentos.

Também é importante lembrar que a proteína pode estar presente também em medicamentos e até mesmo em produtos que não levam esses ingredientes em sua composição, por meio da contaminação cruzada.

Apesar da necessidade de cuidados extras, receber o diagnóstico de intolerância a glúten não precisa ser sinônimo de diminuição da sua qualidade de vida. Atualmente, existe no mercado uma infinidade de produtos desenvolvidos especialmente para esse público.

Com uma dose de atenção ao que se coloca no prato e outra de criatividade, é possível cuidar da sua saúde sem abrir mão de receitas saborosas e que agradem ao seu paladar!

Gostou de saber o que é intolerância ao glúten e como descobrir se você tem o problema? Então não se esqueça de compartilhar esse artigo em suas redes sociais para que mais pessoas possam conhecer melhor o assunto!