Muitos têm um grande receio de comprar sucos de caixinha por
desconfiar que as informações destacadas em rótulo não sejam
verdadeiras. É uma preocupação carregada de razão. Um estudo realizado
pelo IDEC (Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostrou que quase um terço das
bebidas prontas não possui a quantidade de polpa exigida por lei.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
faz a regulamentação das regras que determinam todos os parâmetros de
qualidade que os produtos precisam fornecer ao consumidor. Quando essas
normas são desconsideradas pelas empresas fabricantes, não é só o bolso
de quem adquire o suco que é lesado, há uma agressão à saúde das pessoas
que vão ingerir essa mercadoria.
Os profissionais de nutrição alertam que a
redução da polpa natural do suco gera perdas também de propriedades
importantes. “Muitas vezes os sucos industrializados possuem menor
quantidade das vitaminas, por causa do processamento e quantidade de
conservantes”, esclarece a nutricionista Michelle Fernandes.
Segundo ela, essa situação piora quando há redução da quantidade da
fruta. “Isso significa que ele é menos natural e, possivelmente,
apresenta mais conservantes e outras combinações artificiais em sua
fórmula”.
E vale a pena ressaltar que só é
considerado “suco” produtos que contêm apenas polpa e, em alguns casos,
uma pequena quantidade de água. Os néctares trazem em sua composição uma
parcela de fruta (entre 20% e 40%, dependendo do sabor), água, açúcar e
aditivos químicos (como corantes e antioxidantes). O ideal é que as pessoas procurem tomar sucos integrais, produtos com 100% de polpa e livres de conservantes.
O mais absurdo é que em grande maioria de sucos de uva e pêssego, a polpa é de maçã, mais barata, e nada (ou quase nada) da fruta indicada. É só ler a lista dos ingredientes para constatar a farsa.
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