16.9.25

DIABETES MELLITUS: COMO TRATAR ESSA DOENÇA?

É possível viver livre do Diabetes Mellitus? Essa doença, que cresceu mais de 60% no Brasil nos últimos 10 anos, é considerada crônica. Isso significa que ela se desenvolve lentamente, muitas vezes de forma silenciosa, e dificilmente coloca a vida das pessoas em risco a curto prazo.

No entanto, a longo prazo as doenças crônicas se tornam extremamente preocupantes. Elas causam 72% dos óbitos. Quando se trata especificamente do Diabetes Mellitus, ele ocupa o quarto lugar entre as doenças que mais matam no Brasil.

Mas será que é possível viver livre do diabetes? Então, continue a leitura para conhecer a solução!

Diabetes Mellitus: tratamento convencional

Antes de iniciarmos as considerações sobre o tratamento do diabetes, é importante destacar que essa doença pode ser causada por fatores diferentes.

O Diabetes Tipo 1, ou Diabetes Juvenil, é causado por um processo autoimune que leva à destruição das células do pâncreas. Ele recebe esse nome porque costuma aparecer ainda na infância ou adolescência e a maioria dos pacientes torna-se dependente de insulina.

No entanto, o diagnóstico mais comum é do Diabetes Tipo 2, ou Diabetes Adulto. O mecanismo dessa doença é completamente diferente do primeiro. Nesse caso, o pâncreas funciona normalmente e produz insulina. Porém, ela não consegue “abrir” as células para que a glicose entre.

Por isso, a glicose não só fica circulando no sangue, como se concentra no organismo. Enquanto as células sofrem devido à falta de energia, essa substância atinge outros órgãos e os sobrecarrega, gerando uma série de consequências negativas.

Embora as doenças sejam diferentes, o tratamento convencional baseia-se em medicamentos. Mesmo que os médicos e muitas associações especializadas em Diabetes recomendem reeducação alimentar e prática de exercícios, grande parte dos indivíduos continua recorrendo apenas aos fármacos.

Mudança no estilo de vida: essencial para o tratamento do Diabetes

No entanto, é preciso destacar que os medicamentos não solucionam as causas que levam ao desenvolvimento do Diabetes Tipo 2.

Nesses casos, que são a maioria (90% dos diagnósticos), mudanças no estilo de vida são suficientes para fazer o corpo recuperar sua capacidade de metabolizar a glicose de forma correta. Assim, o indivíduo consegue não só mantê-la em níveis saudáveis, mas fazer isso sem utilizar medicamentos, o que é essencial para a qualidade de vida.

Entre os principais efeitos colaterais dos remédios para diabetes, podemos destacar:

  • náuseas e diarreia;
  • hipoglicemia;
  • excesso de gases;
  • aumento de peso;
  • infecção urinária;

A longo prazo, alguns estudos mostram que esses mesmos medicamentos podem causar ainda problemas cardíacos e no sistema nervoso, perda de eficiência nas funções renais e cegueira. A situação é tão séria que uma pesquisa apontou que, em pacientes idosos, o remédio pode causar mais efeitos colaterais que benefícios.

Qual seria, então, a melhor alternativa para tratar o Diabetes Tipo 2?

A adoção de hábitos saudáveis é o principal fator para o controle da glicemia. Se você não sabe por onde começar essa mudança, fizemos um passo a passo para ajudá-lo. Confira a seguir!

1. Comece pelo mais simples: banhos de sol

Tomar sol faz com que o nosso corpo sintetize a Vitamina D. Entre outras funções, esse hormônio aumenta a capacidade do corpo para produzir insulina, bem como a resposta das células a essa substância. Portanto, ela é um importante aliado no controle da glicemia.

2. Mude sua alimentação

Quando se fala em Medicina do Estilo de Vida, não é possível atribuir todo o sucesso do tratamento a um único fator. No entanto, não podemos negar que a alimentação saudável tem um papel importantíssimo quando se trata da prevenção do Diabetes Tipo 2 e o controle da glicemia.

Por isso, é importante buscar orientação para mudar seu cardápio e torná-lo mais saudável. Selecionamos algumas orientações gerais, que vale a pena colocar em prática:

Prefira os carboidratos integrais

O diabético não precisa viver sem carboidratos, até mesmo porque esses alimentos são fontes importantes de energia. No entanto, é necessário selecioná-los, dando preferência aos cereais integrais e seus derivados.

Quando a pessoa utiliza pães, macarrão, arroz e outros cereais refinados, eles produzem um pico de glicose no organismo logo após o consumo. Os integrais atuam no organismo de forma diferente: eles se desdobram lentamente, levando mais tempo para liberar o açúcar que contêm.

Elimine o açúcar refinado da dieta

Balas, chocolates e doces em geral funcionam como uma bomba no organismo de quem tem Diabetes Mellitus. Se você realmente sente falta do sabor adocicado, tente compensar esse desejo utilizando frutas frescas ou secas, que são ricas em fibras. Ainda assim, não exagere na quantidade.

Satisfaça a fome com vegetais

Começar a refeição com vegetais crus traz uma série de benefícios ao organismo, especialmente para a pessoa com diabetes. Em primeiro lugar, um prato cheio de saladas exigirá um tempo maior de mastigação, o que acionará os mecanismos de satisfação antes do consumo dos pratos cozidos, geralmente mais calóricos.

As verduras e legumes são ainda importantes fontes de fibras e minerais como o potássio, magnésio e cálcio. A fibra tem um papel importante para evitar o Diabetes Mellitus ou reduzir a glicemia de quem já tem a doença. Por isso, uma boa salada faz o mesmo papel que os grãos integrais: desaceleram a entrada da glicose do sangue, evitando os picos.

Use as gorduras do bem

A gordura é o principal fator que impede a insulina de promover a entrada da glicose nas células. Inclusive, há estudos que mostram que a alta ingestão de gorduras é ainda mais determinante para o surgimento do Diabetes Mellitus que o próprio consumo de açúcar.

Por isso, uma das principais mudanças na dieta da pessoa com diabetes é alterar as fontes de gordura que ela consome. Carnes gordas, frituras, margarina e manteiga, leites integrais, alimentos processados e embutidos devem ser evitados.

No entanto, o organismo precisa das gorduras do bem. Na verdade, as melhores fontes delas não são os óleos, mas os próprios alimentos ricos em gorduras boas. Em vez de consumir até mesmo o azeite, inclua em seu cardápio o coco, abacate, nozes e outras oleaginosas, que também são ricas em outros nutrientes importantes para o corpo.

Faça as refeições na hora certa

Quem come apenas nos horários corretos e não fica beliscando lanchinhos nos intervalos fortalece o pâncreas. Como resultado, o organismo consegue produzir mais insulina, facilitando a entrada da glicose nas células e o controle da glicemia.

3. Pratique exercícios

Por reduzir a gordura corporal, o exercício já pode ser considerado uma ação indispensável para prevenir e tratar o diabetes. No entanto, ele também tem outros benefícios. O principal é estimular a produção de insulina. Além disso, por melhorar a circulação sanguínea, ele também facilita a distribuição da insulina entre as células.

Vale a pena lembrar que a Organização Mundial da Saúde recomenda a prática de pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada ou 75 minutos semanais de exercícios intensos. Essa quantidade é suficiente para ajudar no controle da glicemia e prevenir muitos outros problemas de saúde.

Esses são alguns princípios essenciais para quem quer manter o Diabetes Mellitus sob controle. Gostou das dicas?

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