A nossa base alimentar no almoço é muito
estranha para um estrangeiro. A combinação do arroz com feijão
diariamente presente em nossas refeições do meio-dia gera muitas
interrogações na cabeça dos “gringos” (relacionada à questão do “mas
vocês não enjoam de comer a mesma coisa todos os dias?”). Mal sabem
eles que nossa misturinha tupiniquim é uma das dietas mais recomendadas
pelos nutricionistas.
A mistura de nutrientes capazes de se completar faz uma excelente combinação proteica. Os grãos de arroz, por exemplo, contêm metionina, já os feijões trazem lisina em
sua composição. Nomes diferentes que traduzem os tão conhecidos
aminoácidos. Quando eles se juntam são mais eficientes na reparação de
tecidos do organismo. Esse casamento aliado a sua eficiência é raro de
se ver em outros vegetais. Para que o efeito nutricional seja alcançado é
necessária a utilização de uma concha de feijão para meia escumadeira
de arroz.
Outra ajuda proporcionada pela refeição brasileira é o equilíbrio do índice glicêmico
(o feijão “neutraliza” o elevado potencial glicêmico do arroz),
diminuindo o risco de diabetes. Além de todas essas propriedades,
pesquisadores da Unicamp descobriram também uma capacidade da combinação
de aumentar a concentração de minerais na saliva, o que faz diminuir a
desmineralização dos dentes, além de proteger contra cáries (confira aqui mais alimentos naturais que fazem bem para os dentes).
Todos esses fatores fazem com que a base alimentar dos almoços em
nosso país seja uma fonte poderosa de nutrientes. O que muitas vezes
prejudica um pouco os efeitos benéficos do arroz com feijão é justamente
os outros acompanhamentos que costumamos utilizar (carnes, massas e
frituras). Fica sempre a dica de tentar adicionar o máximo de verduras e hortaliças para que a sua refeição mantenha o equilíbrio nutricional.
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