Seja por motivos religiosos, defesa dos animais ou pela busca por qualidade de vida, cada vez mais pessoas estão aderindo ao vegetarianismo estrito. No entanto, muitos indivíduos acabam não realizando a transição da maneira correta e, consequentemente, voltam a consumir alimentos de origem animal. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o mercado vegano é mais estruturado na comparação com o Brasil, um estudo apontou que 84% dos vegetarianos estritos e veganos voltam com hábitos onívoros.
Divulgada em dezembro de 2014, a pesquisa foi realizada pela instituição americana Humane Research Council e contou com a partição de 11 mil pessoas com mais de 17 anos. Entre eles, mais de 50% afirmaram voltar a comer carne dentro do período de um ano.
Para auxiliar em uma transição segura e saudável para o veganismo, a Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, listou quatro dicas fundamentais. Confira:
Transição deve ser gradual
Segundo a nutricionista, quando se fala em transição para o vegetarianismo estrito, é imprescindível não realizar mudanças drásticas na dieta em um curto espaço de tempo, principalmente para quem consome alimentos de origem animal com certa frequência. “No início da transição, escolha um dia da semana para ingerir apenas alimentos vegetarianos e, posteriormente, de forma gradual, vá adicionando mais dias até que sua dieta não tenha mais nenhum componente de origem animal”.
Liste os alimentos de origem animal que você costuma consumir e faça trocas saudáveis
Outra orientação da especialista consiste em fazer um levantamento de produtos de origem animal que estão presentes na rotina e procurar opções de substituição. “O mercado vegetariano cresce exponencialmente e, cada vez mais, oferece opções saudáveis sem qualquer componente de origem animal, como “snacks”, proteínas vegetais e queijos veganos”. Ela ainda pondera que a simples troca não garante uma boa alimentação. “Ao fazer a substituição, é preciso priorizar alimentos ricos em nutrientes. Recomendo uma atenção especial para fontes vegetais de cálcio, ferro e proteínas, como lentilha, soja, feijão, folhas verdes, grão de bico, entre outras”.
Busque por informações
Cyntia lembra que a internet teve papel preponderante na disseminação de informações de qualidade sobre o vegetarianismo estrito. “Acesse meios de comunicação que possuem essa filosofia como objeto central. É uma forma de conhecer diversas receitas veganas, ler artigos e notícias sobre o tema, além de poder trocar experiências com indivíduos que já passaram ou também estão passando por essa transição”.
Consulte um especialista
Consultar um nutrólogo ou um nutricionista para sanar dúvidas, realizar exames regularmente e receber orientações de como podem ser feitas as substituições alimentares, é fundamental, de acordo com a especialista. “Conduzir o plano alimentar da maneira correta minimiza de forma substancial as chances de desenvolver déficits nutricionais. Lembrando que cada metabolismo possui sua especificidade, e em alguns casos, por exemplo, existe a necessidade de suplementação de vitaminas. Portanto, a alimentação elaborada pode variar de pessoa para pessoa. Além da consulta inicial, minha orientação é realizar avalições com frequência”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário