12.6.05

ENERGIA PARA A VIDA

A pirâmide alimentar desenvolvida pela Dra. Sonia Tucunduva Philippi, professora associada de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, mostra que não existem alimentos capazes de suprir, sozinhos, as nossas necessidades nutricionais. Todos são importantes- e o segredo para uma nutrição saudável está em fazer refeições equilibradas e variadas, consumindo alimentos dos 8 grupos da pirâmide, sem esquecer, é claro, que prazer e calor humano também entram nessa receita de bem- estar. .
Mas, como mostra a própria divisão da pirâmide, há alimentos mais ricos que outros em determinados tipos de nutrientes. Por isso, aproveitando o clima de inverno- quando naturalmente o corpo pede comidas que ajudem a manter o calor-, vamos atentar agora aos alimentos mais calóricos, os que fornecem a maior parte da energia de que precisamos para mover o corpo, fazer o corpo bater, pensar...
Esses alimentos estão na base e no topo da pirâmide, mas não custa lembrar que os componentes dos outros grupos também fornecem energia.
Recomenda- se que os alimentos do primeiro andar da pirâmide (cereais, raízes e tubérculos, bem como seus derivados) sejam consumidos em número maior de porções. Todos eles são ricos em carboidratos, que são compostos formados por carbono, oxigênio e hidrogênio, essenciais para o fornecimento de energia.

Cereais- Os cereais (como arroz, milho e trigo, para ficar em 3 dos mais importantes) são fontes de carboidratos complexos, diferentemente dos açúcares, que possuem carboidratos simples e de rápida absorção. As versões dos cereais integrais (como a aveia, a cevada, o centeio) constituem também importantes fontes de fibras.
A combinação de um cereal com outro alimento eleva o valor nutricional de ambos. O caso clássico dessa mistura é o do arroz com feijão (que, como uma leguminosa, eleva bastante o valor protéico do prato). Outro bom exemplo é a mistura de cereal matinal com iogurte. Como você vê, mais uma vez fica clara a importância de combinar alimentos de todos os grupos da pirâmide para se alimentar de forma equilibrada!

Derivados de cereais- Os cereais também dão origem a farinhas, que por sua vez geram uma série de alimentos, a exemplo de pães, massas e biscoitos- todos igualmente ricos em carboidratos. Uma boa dica para o consumo dessas farinhas é preferir as variedades integrais, não refinadas. Produzidas a partir dos grãos descascados, elas oferecem uma quantidade maior de fibras e vitaminas, tão importantes para o organismo.

Raízes e tubérculos- Boas fontes de carboidratos, alimentos como batata, mandioca e mandioquinha também compõem a base da pirâmide. Veja no site www.nestle.com.br/nestlefazbem as porções indicadas para cada um desses alimentos.

Os alimentos do último andar da pirâmide, divididos em 2 grupos (o dos óleos e gorduras e o dos açúcares e doces), pedem consumo mais moderado, ao contrário dos cereais. Mas, não custa lembrar, não devem ser totalmente excluídos da dieta.

Óleos e gorduras- Os óleos e gorduras concentram em pequenas quantidades um alto teor de calorias. Importante fonte para as reservas de energia do organismo, os óleos de origem vegetal (como os de oliva e girassol) possuem a grande vantagem de não conter colesterol. Usados como tempero ou como base para a preparação de alimentos, eles também desempenham o importante papel de transportar as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), todas essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.
As gorduras de origem animal também são encontradas em alimentos de outros grupos (como o leite e seus derivados e as carnes e a gema de ovo). Dentre elas, as gorduras saturadas, a exemplo da manteiga e da banha, não devem ser consumidas em excesso, pois trazem risco de doenças cardiovasculares. Sempre que possível, substituídas por óleos vegetais.

Açúcares e doces- O açúcar é uma fonte de carboidratos simples, rapidamente absorvidos pelo organismo- assim, permitem fácil obtenção de energia. Por outro lado, o excesso de açúcar pode ser armazenado como gordura em forma de tecido adiposo.
Mas, é claro, a gente não pode esquecer que, quando se mantem uma dieta equilibrada, é possível consumi- los com moderação. Afinal, eles constituem uma grande fonte de prazer. E prazer ao se alimentar também entra na receita para quem quer levar uma vida saudável.