30.12.23

SAÚDE DO INTESTINO: 4 NUTRIENTES ESSENCIAIS

A saúde do seu intestino depende da sua alimentação. Descubra o que comer para ter um intestino que funciona sem dificuldade.

Para o bom funcionamento do nosso organismo, a saúde do intestino é crucial, uma vez que o trato gastrointestinal é responsável pela absorção de nutrientes e eliminação de substâncias tóxicas.

Além disso, a saúde do intestino está diretamente relacionada ao sistema imunológico, à saúde mental e a diversas outras funções do corpo. Por isso, é fundamental manter a microbiota intestinal equilibrada e saudável.

Vamos explorar os 4 nutrientes que podem ajudar a manter a saúde do seu intestino em dia, e como incluí-los na sua dieta pode contribuir para um estilo de vida mais saudável e equilibrado.

Mas antes, é importante explicar um termo que será muito usado neste artigo: integridade intestinal.

Saúde do intestino e a integridade intestinal

A integridade intestinal refere-se à saúde e à função adequada do revestimento do trato gastrointestinal, que é composto pelo estômago, intestino delgado e intestino grosso.

Nesse sentido, essa camada de células – também conhecida como mucosa intestinal – é responsável por diversas funções vitais, como a absorção de nutrientes, a barreira contra patógenos e toxinas e a modulação do sistema imunológico.

Consequentemente, quando a integridade do intestino é comprometida, ocorrem problemas que podem levar a diversas condições de saúde, como intolerâncias alimentares, inflamações, doenças autoimunes, infecções e até mesmo câncer.

Em resumo, a integridade intestinal é uma condição essencial para a saúde e o bem-estar geral do nosso organismo.

Zinco

O zinco é um mineral que desempenha um papel essencial em vários processos fisiológicos, incluindo função imunológica, síntese de proteínas e cicatrização de feridas.

Quando se trata do intestino, o zinco demonstrou ter vários benefícios. Uma de suas principais funções é ajudar a manter a integridade da barreira intestinal, fundamental para impedir a entrada de substâncias nocivas no organismo.

Assim, para a saúde do intestino, ele atua como um antioxidante aumentando a função imunológica intestinal. Promove cicatrização na mucosa e sela os espaços entre as células intestinais promovendo integridade da barreira intestinal.

Além disso, o zinco apoia o crescimento e a proliferação de bactérias intestinais boas, o que pode ajudar a manter um equilíbrio saudável da microbiota no intestino.

No geral, o zinco é um nutriente importante para a saúde intestinal e deve ser incluído em uma alimentação balanceada e variada.

Alimentos fonte de zinco bom para a saúde do intestino

  • Nozes e sementes (castanha de caju, amendoim, amêndoas, sementes de abóbora)
  • Leguminosas (feijão, ervilha, lentilha)
  • Grãos integrais (arroz integral, trigo sarraceno)

Vitamina D

Outro nutriente essencial para a saúde do intestino é a vitamina D. Ela age na integridade da barreira e imunidade intestinal, o que é crucial para prevenir a entrada de substâncias nocivas no corpo.

Não apenas isso, mas a vitamina D tem propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação no intestino e aliviar os sintomas de doenças como a doença inflamatória intestinal.

A vitamina D também modula o microbioma intestinal, promovendo o crescimento de bactérias intestinais do bem e suprimindo o crescimento de bactérias nocivas.

Onde encontrar a vitamina D

A exposição ao sol é o que faz a síntese da vitamina D no corpo. Ou seja, além de uma alimentação que contenha fontes desse nutriente, o contato com o sol é indispensável para o processamento da vitamina D no corpo.

Vitamina B12

Certamente, a vitamina B12 é outra vitamina participante da saúde do intestino. Embora seus benefícios para a saúde intestinal não sejam tão conhecidos como suas outras funções, a vitamina B12 demonstrou ter vários benefícios potenciais para o intestino.

Primeiramente, tudo começa no processo da digestão, onde a vitamina B12 desempenha um papel crucial na produção de ácido estomacal e enzimas digestivas, que são necessárias para uma boa digestão e absorção de nutrientes no intestino.

Assim, no intestino, a vitamina B12 desempenha um papel no crescimento e proliferação de bactérias intestinais boas, o que ajuda a manter o equilíbrio da microbiota intestinal, reduzindo a inflamação no intestino.

saúde do intestino representada por mulher no vaso sanitário com papel higiênico no colo aparentando sofrer de constipação.
A saúde do seu intestino depende de uma alimentação rica em fibras, boa ingestão de água e exercícios.

Sobre a vitamina B12, muitas pessoas estão com níveis abaixo do normal e nem imaginam. Porém, a vitamina B12 baixa é um problema grave que afeta não só o intestino. 

Vitamina A

Por fim, temos a vitamina A que é fundamental para a manutenção da integridade da barreira intestinal, prevenindo infecções e inflamações intestinais.

Desse modo, a vitamina A modula o microbioma intestinal, promovendo o crescimento das boas bactérias e suprimindo o crescimento de bactérias nocivas.

A deficiência desse nutriente tem sido associada ao aumento da suscetibilidade a infecções, incluindo aquelas que afetam o intestino.

Como consumir a vitamina A

Essa vitamina pode ser encontrada em alimentos como abóboras, cenouras, espinafre e batata-doce. Além desses, existem outras fontes como:

  • Vegetais folhosos verde-escuros
  • Frutas laranjas e amarelas (como manga, mamão, damasco)
  • Legumes e raízes de cor laranja e amarela

A saúde do intestino está na alimentação

Em resumo, os nutrientes discutidos desempenham papéis importantes na manutenção da saúde do intestino, desde o fortalecimento do sistema imunológico até a regulação da inflamação e do funcionamento intestinal adequado, resolvendo aquele inchaço abdominal causado pela prisão de ventre.

Embora esses nutrientes possam ser encontrados em diferentes alimentos, é importante garantir uma alimentação equilibrada e variada para obter quantidades adequadas de cada um deles. Em alguns casos, a suplementação desses nutrientes é a melhor alternativa.

No entanto, a suplementação deve ser sempre orientada por um médico especialista em saúde gastrointestinal levando em consideração as contraindicações e as doses adequadas para cada indivíduo.

Por fim, com o cuidado adequado é possível melhorar a saúde do intestino e colher os benefícios de um sistema digestivo saudável e eficiente. 

24.12.23

B12 BAIXA: UM PROBLEMA GRAVE

A vitamina B12 baixa é um problema grave e, muitas vezes, silencioso! A falta dessa vitamina pode causar anemia e doenças neurológicas. Não corra o risco!

As vitaminas são essenciais para que os nutrientes dos alimentos sejam absorvidos de forma satisfatória. Por isso, quando o corpo está com B12 baixa, surgem problemas na produção sanguínea e neurônios, para citar alguns exemplos.

Por isso que, em muitos casos, a anemia e doenças neurológicas estão associadas a baixa desta vitamina no organismo.

Essa vitamina é produzida exclusivamente por microorganismos (de origem bacteriana e não animal) e é ingerida pelos animais através do consumo de microorganismos ou produzida pela microbiota intestinal.

Por que têm pessoas com B12 baixa?

Resumidamente, a má absorção da B12 (também conhecida como cobalamina) pelo organismo, proveniente dos alimentos consumidos, é a principal causa da deficiência da vitamina em adultos.

O processo da absorção satisfatória desta vitamina no corpo humano é uma ação conjunta de vários órgãos: estômago, pâncreas e intestino delgado.

São órgãos que trabalham coordenadamente para garantir que a cobalamina será metabolizada de forma completa, assim impedindo o diagnóstico de deficiência da vitamina.

Profissional da saúde com dois cubos. Um carrega a letra B e o outro o número 12.
A vitamina B12 baixa pode prejudicar a produção dos glóbulos vermelhos e o bom funcionamento do sistema nervoso.

A vitamina baixa é comum em certos grupos

Como a B12 depende do trabalho de outros órgãos, pessoas com problemas gastrointestinais, doença celíaca e de Crohn tendem a ter deficiência da vitamina. Alguns remédios de uso prolongado também interferem na absorção suficiente da vitamina no organismo.

Independente do motivo, as consequências do baixo consumo de vitamina B12 e sua deficiência no corpo humano são graves, por exemplo a anemia megaloblástica.

Inclusive, o problema de anemia atinge adultos e crianças. Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, mulheres e crianças são o grupo com maior prevalência. 

Sinais e sintomas de deficiência da vitamina

  • Irritabilidade;
  • Fadiga/Cansaço;
  • Dormência/Formigamento de pés;
  • Redução da concentração/Demência;
  • Problemas no equilíbrio;
  • Transtornos depressivos.

No caso de gestantes e lactantes (mulheres que amamentam), a ingestão adequada desta vitamina é vital durante a gravidez e lactação.

Agora, crianças nascidas e amamentadas por mães veganas de longo prazo correm alto risco de deficiência de vitamina B12, caso essas mães não façam suplementação adequada.

Nesse sentido, bebês e crianças com baixa vitamina B12 podem apresentar retardo ou regressão do desenvolvimento, letargia, apatia, anemia e falha no crescimento. E, infelizmente, os problemas neurais nem sempre serão reversíveis.

A dose de vitamina B12

O diagnóstico de B12 baixa ocorre a partir de exames de sangue. Por isso é necessário fazer dosagens e controles regularmente, porque os sintomas podem aparecer quando a deficiência já está muito grave.

No caso, a deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em razão de:

  • Consumo insuficiente de alimentos que possuem vitamina B12;
  • O organismo não consegue absorver ou armazenar uma quantidade suficiente da vitamina.

Quais são as fontes de vitamina B12?

É certo que os alimentos de origem animal são a principal fonte. Ou seja, não existem alimentos de origem vegetal seguros e saudáveis ​​que forneçam essa vitamina.

Opa! Mas e as algas, cogumelo, tempeh, vegetais de folhas?

Bom, apesar desses alimentos conter vitamina B12, eles não possuem quantidades significativas de vitamina ativa para atender as necessidades.

No caso, eles contêm corrinoides ou análogos de B12 que são suficientes para o crescimento bacteriano, mas não para as funções do nosso metabolismo.

E aí vem uma grande e importante dúvida:

Como um vegetariano vai consumir a quantidade necessária de B12?

Estudos recomendam que indivíduos que adotam o vegetarianismo estrito ou o veganismo, devem fazer a suplementação da vitamina B12.

Além disso, outros estudos recomendam a suplementação para ovo-lacto-vegetarianos e “flexitarianos”, aqueles que consomem carne uma vez por semana ou menos. E ainda, suplementação para onívoros com mais de 50 anos.

Ou seja, mesmo aqueles que usam leite e ovos na dieta devem fazer o acompanhamento para saber se existe necessidade de suplementação. Pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de 2,4 microgramas de B12 ao dia.

Isto é: 2 xícaras de leite, 2 fatias de queijo e 1 ovo. Bastante coisa, né?

Que dificilmente é ingerida nesta quantidade diariamente por uma pessoa.

Por outro lado, em alguns locais, existem alimentos enriquecidos com a B12. Mas muito cuidado: o problema dessa segunda opção é que a maioria desses produtos são ultraprocessados​, ou seja, nocivos à saúde.

Suplementar ou não?

Embora muitos veganos relutem em suplementar a vitamina, alegando que o método não é natural, o suplemento não é um medicamento. Aliás, até existem suplementos veganos.

Além disso, a ciência provou que os suplementos realmente resolvem a deficiência da vitamina e não têm efeitos negativos ao organismo.

Tal necessidade é para que problemas hematológicos, neurológicos e psiquiátricos não encontrem terreno fértil no organismo.

A B12 baixa é um epidemia silenciosa e com efeitos irreversíveis.

Com isso, a recomendação é suplementar a vitamina B12 desde o início da dieta vegetariana, para não esgotar as reservas e evitar um déficit. É importante ressaltar que: uma vez esgotada a reserva, a queda da B12 é abrupta.

Por fim, qualquer pessoa precisa procurar um profissional de saúde para avaliar os níveis da B12 no organismo.

No entanto, se você já tem uma alimentação com restrita ou mínima ingestão de alimentos de origem animal, a sua procura por um médico é importante!

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SUCOS PARA ANEMIA: 9 RECEITAS FÁCEIS

Existem alguns sucos que podem ajudar a controlar os sintomas da anemia e, até mesmo, prevenir o problema!

anemia é um problema de saúde relativamente comum, por isso decidimos trazer receitas de sucos para anemia que podem ajudar no controle desta doença.

Bom, se você já ouviu que cozinhar prego no feijão cura anemia, saiba que não precisa tanto.

Porém, se já indicaram tomar alguns sucos para anemia como couve com beterraba e limão, saiba que isso sim, faz sentido! Além disso, outros alimentos também são excelentes para o tratamento da anemia.

Isso porque a mistura da vitamina C com alimentos ricos em ferro, promove aumento da absorção deste mineral.

Definitivamente, sucos de frutas cítricas com vegetais folhosos de cor verde escura são excelentes para anemia!

Por isso trouxemos 9 receitas de sucos para anemia que são super fáceis de fazer. Dá uma olhada!

1) Suco verde antianêmico 💚

Ingredientes

  • 2 kiwis
  • 1/2 abacate
  • 1 xícara de espinafre
  • 1 xícara de suco de uva
  • 2 colheres de sopa de melado, açúcar mascavo ou rapadura

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

2) Suco de laranja, beterraba e cenoura 🥕

Ingredientes

  • 6 laranjas
  • 1 beterraba crua
  • 1 cenoura

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

3) Suco de acerola e couve 💪

Ingredientes

  • 10 acerolas
  • 1 folha de couve
  • 1/2 copo de água

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

4) Suco de maracujá e salsinha 🥬

Ingredientes

  • 1 maracujá grande
  • 2 colheres de sopa de salsinha
  • 1 copo de água

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

5) Suco de espinafre, cenoura e abacaxi 🥕

Ingredientes

  • 7 folhas de espinafre
  • 3 cenouras
  • 1/4 de abacaxi
  • 1 copo de água

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

6) Suco de limão, couve e brócolis 🥦

Ingredientes

  • 2 limões
  • 2 folhas de couve
  • 1 ramo de brócolis

Esprema os limões. Junto com o suco, bata o restante dos ingredientes e tome logo em seguida.

7) Suco de laranja, agrião e morango 🍓

Ingredientes

  • 1 xícara de agrião
  • 6 morangos
  • 1 copo de suco de laranja

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

8) Suco de laranja e espinafre 🧡

Ingredientes

  • 1 xícara de suco de laranja
  • 1/2 xícara de folhas de espinafre

Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

9) Suco de abacaxi e salsinha 🍍

Ingredientes

  • 3 rodelas de abacaxi
  • 1/2 xícara de salsinha
  • 1/2 copo de água

Bater tudo e beber assim que ficar pronto, para evitar que a vitamina C seja oxidada e o suco perca suas propriedades.

Sucos para anemia fazem muito bem!

Como resultado, ao consumir qualquer um desses sucos, os sintomas de anemia como tontura, fraqueza e palidez irão diminuir.

No entanto, para o tratamento da anemia, muitas vezes é necessário a reposição de ferro e outros minerais.

Por isso, é aconselhado o uso dos sucos em conjunto ao tratamento prescrito. Ou ainda, seu uso como forma de prevenir a anemia.

Procure atendimento médico para diagnóstico e prescrição do tratamento ideal para seu caso.

ANEMIA

A anemia é quando a concentração de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, resultado da carência  de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Existem vários tipos de anemia, porém a mais comum é a Anemia Ferropriva, causada pela deficiência de ferro. Este nutriente é essencial para a vida, pois atua na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para as células do corpo.

Existem também anemias agudas causadas por sangramento expressivo decorrente de acidentes ou cirurgias. O principal sintoma deste tipo de anemia é a queda da pressão arterial. As anemias também podem ser crônica ou adquirida, provocada por alguma doença, como a anemia falciforme ou leucemia. Neste caso os sintomas mais comuns são pele pálida, cansaço, tontura, fraqueza, falta de ar e taquicardia.

O diagnóstico de anemia, tanto a ferropriva quanto as outras, deve ser feito mediante avaliação clínica e exames laboratoriais. Por isso a consulta médica é indispensável!

Tratamento natural contra anemia

Alinhado ao tratamento indicado, saiba que a natureza também fornece uma ajuda de peso contra anemia. São vários alimentos que ajudam a combater e a até curar esse problema. Vamos colocar aqui os principais ingredientes da natureza que auxiliam neste problema:

  • Espinafre: Essa verdura é rica em ácido fólico, componente essencial para a produção de células do sangue. Também contribui para a formação da hemoglobina, que tem a função de levar oxigênio para as células.
  • Limão: A vitamina C auxilia na absorção do ferro no organismo, por isso esta fruta é um ótimo alimento para o combate da anemia. O limão pode ser usado na salada, em forma de suco (com mel) ou espremido e diluído com um pouco de água.
  • Beterraba: Esse legume levemente adocicado é recomendado para o combate da anemia, pois tem boa quantidade de vitamina C, fazendo com que o ferro atue melhor no organismo. Na forma de suco ou na salada, a beterraba é um ingrediente indispensável para quem busca saúde.
  • Abacate: Essa fruta versátil, usada em receitas salgadas e doces, é fonte de ferro e por isso é ideal para deixar a anemia longe. Além de ser a fruta com mais teor de vitamina E, que neutraliza os radicais livres, substâncias causadoras de doenças degenerativas e crônicas.
  • Lentilha: Por ser rica em ferro e ácido fólico este alimento é super recomendado para o combate da anemia, além de fornecer energia pois é um boa fonte de proteína. O grão pode ser consumido na forma de sopa ou salada, sendo bem-vindo o ano inteiro.

Deixe de lado o café, refrigerante, chocolate e outros derivados do leite pois esses alimentos atrapalham a absorção do ferro no organismo.

DETOX: POR QUE É IMPORTANTE?

Conheça o programa detox, com cardápio elaborado pela equipe de nutrição do Spa Médico CEVISA – Centro de Vida Saudável

Bom, o principal objetivo da dieta detox é limpar o corpo de uma infinidade de toxinas que se acumulam diante das inúmeras agressões que ele sofre constantemente.

A saber, o ar poluído, os vegetais cheios de pesticidas, a alimentação industrializada repleta de corantes, os acidulantes, a cafeína, o açúcar, a gordura e o excesso de sódio são apenas algumas dessas agressões.

Além disso, nosso próprio corpo também produz toxinas, o que significa que existem mecanismos naturais para eliminá-las.

Por exemplo, o sistemas urinário, gastrointestinal, respiratório, linfático e epidérmico que, minuciosamente, fazem esse trabalho.

Entretanto, elevamos tanto os níveis das agressões externas, que reduzimos a capacidade do corpo de desintoxicar-se completamente.

É aí que entra o detox! A desintoxicação certamente ajuda promover essa faxina interna e deixa tudo limpinho e no seu melhor funcionamento.

Mas além de desintoxicar, a dieta detox também pode ser utilizada para favorecer a perda de peso e diminuir a retenção de líquidos.

Fora isso, preparar o organismo para mudar os hábitos alimentares, quando existe o desejo de iniciar uma dieta mais equilibrada.

Com toda a certeza, outro bom momento para desintoxicar, seria depois de períodos festivos como Natal, carnaval e outros feriados ou comemorações.

Então, caso tenha feito exageros na sua alimentação nos últimos tempos, que tal fazer um detox? Aceita o desafio?

Quando fazer o detox?

Certamente, o corpo emite alguns sinais que mostram a necessidade de fazer uma desintoxicação. Alguns desses sinais são:

  • Imunidade baixa
  • Dores de cabeça
  • Erupções na pele
  • Surgimento de alergia
  • Produção excessiva de muco
  • Falta de energia (fadiga)
  • Síndrome do intestino irritável
  • Edema (inchaço) abdominal e gases
  • Dores musculares
  • Dores e edemas nas articulações
  • Obesidade

Os benefícios da desintoxicação

De fato, a desintoxicação orgânica traz uma série de benefícios para todo o organismo. Ela favorece o trânsito intestinal, deixa a pele mais bonita e ajuda na cura de doenças.

Além de reduzir a pressão arterial e os níveis de colesterol. E, sem dúvida, apresenta uma melhor resposta do sistema imunológico.

Também potencializa a memória e o intelecto, por aliviar a sobrecarga dos órgãos digestivos, permitindo um maior aporte de fluxo sanguíneo ao cérebro. E, acima de tudo, mantém você saudável!

Em relação à perda de peso, é importante saber que a desintoxicação não é uma solução mágica.

Mas ela dá uma forcinha nesse processo, uma vez que o detox reduz a quantidade de calorias ingeridas, melhora a qualidade dos nutrientes que o corpo absorve e elimina as toxinas que estão retidas no tecido adiposo.

Porém um emagrecimento duradouro só é possível com a reeducação alimentar e mudança do estilo de vida.

Isso envolve tanto hábitos alimentares como a prática de exercício físico, fora o respeito às horas de sono, equilíbrio, ingestão abundante de água, confiança, entre outras práticas.

Como funciona o detox?

A dieta detox é um programa alimentar baseado principalmente no consumo de frutas, legumes e verduras.

Estes alimentos são fontes de micronutrientes que ajudam a eliminar impurezas e radicais livres, promovendo a desintoxicação do organismo.

Agora, durante o detox, saiba que é preciso restringir o uso de alimentos industrializados, pois são ricos em sal, gordura e aditivos químicos, o que não favorece a desintoxicação.

Bem como os alimentos do tipo fast-food, pães, bolos e frituras. Isso pode ser um sacrifício para alguns, mas vale muito a pena!

Em relação ao programa produzido pelo Spa Médico Cevisa, é possível realizar o detox apenas com líquidos durante os sete dias, sendo essa uma versão mais restritiva da alimentação.

Ou optar por fazer dois dias de dieta líquida e cinco dias de dieta crua, com sopa à noite, a mesma usada na alimentação mais restritiva.

Além disso, também é possível escolher um dia de dieta líquida e os outros de crua, ou fazer os sete dias de dieta apenas crua com sopa no jantar. Todas as formas são igualmente benéficas.

Em suma, pessoas saudáveis, que desejam fazer com mais frequência o detox, poderão fazer um dia por semana optando pela dieta líquida ou crua.

As contraindicações para o detox

Agora vale lembrar que nem todo mundo pode fazer uma dieta detox. Por isso, antes de iniciar, avalie se você possui alguma contraindicação, tais como:

  • Período de gestação ou lactação;
  • Durante a infância;
  • Em tratamento quimioterápico antineoplásico;
  • Em uso de medicamentos como anticoagulantes orais, antirretrovirais, antiepiléticos, etc.;
  • Intolerância ou alergia de algum componente da alimentação.

Dessa forma, busque orientação do seu médico!

E aí topa o desafio detox?

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: ORAÇÃO FORTALECE A SAÚDE

A oração é uma das ferramentas para o relacionamento com Deus. Mas além do aspecto religioso, será que a oração promove algum efeito sobre a saúde física e emocional?

A espiritualidade gera qualidade de vida. Fato já reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1984, na 37ª Assembleia Mundial da Saúde.

Na ocasião, a espiritualidade foi incluída como um dos fatores que definem o que é ter saúde.

Desde então, a OMS tem a reconhecido a importância da espiritualidade na saúde e bem-estar geral.

Assim, um indivíduo que pratica a espiritualidade, possui uma visão de mundo que vai além do que é concreto, crendo em algo Superior à sua existência.

Consequentemente, busca manter um relacionamento com o Sagrado, o que acaba por moldar sua maneira de enxergar a vida e seu propósito.

Oração como prática da espiritualidade

Certamente, dentro da vivência da espiritualidade, há diversas práticas realizadas individualmente ou em comunidade.

Porém, uma em particular que chama atenção de pesquisadores da área da saúde é a experiência da oração e sua ação na vida dos indivíduos.

Com isso, para entender a relação entre saúde e espiritualidade, diversos pesquisadores têm se debruçado no assunto.

Dessa forma, já foi possível concluir que, indivíduos com maior espiritualidade apresentam superior bem-estar geral – como a satisfação com a vida – e menores índice de ansiedade e depressão.

De fato, ainda existe uma carência nos estudos que relacionam oração e saúde. Mas os cientistas que decidiram analisar a prática puderam perceber que há um efeito positivo na saúde em geral.

Um exemplo disso, é a pesquisa realizada pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem, da Universidade Federal de Alfenas.

Com o propósito de abordar a efetividade da oração na redução da ansiedade em pacientes com câncer, o estudo mostrou resultados impressionantes.

Em síntese, segundo a pesquisa, a espiritualidade, por meio da oração, funciona como meio para aliviar as tensões, aumentar a esperança e reduzir a ansiedade de pacientes oncológicos.

Por fim, o estudo sugere que a utilização da oração deve ser fortalecida como uma terapia auxiliar ao tratamento oncológico, pois se revelou uma ação efetiva na vida dos pacientes estudados.

Já um estudo de caso, realizado por um pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mostrou evidências que a prática da oração (individual e em grupo) melhora a socialização, autoestima, os níveis de pressão arterial e diminuem o uso de medicação anti-hipertensiva.

Mulher orando
Estudo de caso comprova que orar melhora a socialização, autoestima, os níveis de pressão arterial e diminuem o uso de medicação anti-hipertensiva.

Em tempos de crise, nós oramos

Até aqui, falamos sobre saúde física. Mas será que a oração também impacta, por exemplo, a saúde econômica das sociedades?

Bom, no auge da crise da Covid-19, a pesquisadora Jeanet Bentzen, do Departamento de Economia da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, notou algo interessante:

Durante os primeiros meses da pandemia, as pesquisas no Google pelo termo oração, tiveram um aumento de 30%, atingindo o nível mais alto já registrado.

Além disso, a pesquisadora em seu artigo afirmou algo interessante: quando as pessoas oram para lidar com a adversidadeoutras áreas sofrem impacto.

Olhando para as questões da economia, a pesquisadora afirma que a religiosidade consegue amortecer a aflição emocional, influenciando também o bem-estar geral das sociedades.

Assim, se a religião alivia o estresse, os crentes podem sentir menos ansiedade econômica, o que pode torná-los menos propensos a mudar drasticamente seu comportamento econômico.

Com isso, podem reduzir a flutuação econômica, pois a fé os coloca em menos nível de ansiedade durante a crise.

Oração: terapia para profissionais e pacientes

Se existem estudos relacionando o aumento da prática da fé, por meio da oração, impactando questões econômicas durante e pós-pandemia, o que podemos ter de evidências quanto a oração durante o auge da covid-19?

Como não lembrar das multidões que se reuniam em frente a hospitais, clínicas e residências de pacientes em tratamento contra o vírus?

Além das vigílias entre vizinhos desconhecidos que oravam em uma só voz nas janelas dos prédios?

São cenas que apareciam diariamente nos perfis das redes sociais e são difíceis de esquecer.

Infelizmente, ainda não foram publicados estudos completos que estabeleçam uma relação entre religiosidade-espiritualidade e resultados positivos no tratamento da covid-19.

Porém, um estudo já disponível, avaliou como a espiritualidade serviu de suporte para profissionais da saúde durante a pandemia de covid-19.

No grupo estudado, mostrou-se que a oração individual e a meditação foi uma estratégia usada por esses profissionais para conseguir enfrentar a batalha.

Ou seja, a espiritualidade foi um apoio durante momentos de angústia e ansiedade, o que ajudou os profissionais de saúde a permanecerem firmes na linha de frente, lutando pela vida de seus pacientes.

A conexão divina no cérebro

Surpreendentemente, em 2021 pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital trouxeram uma descoberta impressionante para os estudos da neurociência da espiritualidade.

O Dr. Michael Fergunson e sua equipe descobriram que existe um circuito cerebral específico para a espiritualidade, localizando-se no centro da região do cérebro.

Bem, essa região é chamada substância cinzenta periaquedutal (PAG), importante para muitas funções como o medo, a dor, o altruísmo e o amor incondicional.

Em suma, os resultados sugerem que a espiritualidade e a religiosidade estão enraizadas em dinâmicas fundamentais neurobiológicas e profundamente tecidas no tecido nervoso.

Com isso, é possível afirmar que o cérebro é o grande mediador das experiências humanas: desde a respiração até a contemplação da existência de Deus.

Agora que você já entendeu a importância da oração para diversas áreas da vida, queremos deixar uma dica bem importante:

Como ter uma rotina de oração

Desenvolver uma rotina de oração pode parecer desafiador no início, mas com prática e dedicação, é possível estabelecer um hábito que funcione para você. Aqui estão 3 dicas que podem ajudar a começar:

  1. Escolha um horário regular:
    Escolha um horário que funcione para você e tente manter esse horário todos os dias. Pode ser logo pela manhã, antes de dormir ou em um horário específico do dia que você tenha mais tempo disponível. A consistência pode ajudar a estabelecer um hábito de oração.
  2. Crie um espaço sagrado: Crie um espaço em sua casa que seja tranquilo e livre de distrações. Este espaço pode ajudar a criar um ambiente propício para a oração.
  3. Seja consistente: A consistência é importante para estabelecer uma rotina de oração. Tente manter sua rotina, mesmo quando o cansaço pegar. Lembre-se de que a oração é uma prática diária que pode levar ao encontro da paz de espírito e propósito de vida!

A oração é um processo individual e cada um pode ter sua própria maneira de praticá-la.

Assim, siga o que funciona melhor para você e não se preocupe em seguir uma fórmula exata. Com o tempo e prática, você encontrará uma rotina de oração que funcione para você.

Gostou do conteúdo que reunimos sobre oração e saúde? Então compartilhe com outras pessoas!

DIABETES EMOCIONAL

tronco parecia arder em chamas, a partir do ventre em direção ao peito. A sensação de areia nos olhos deixava a visão cada vez mais embaçada. O desconforto nos braços e a dor de cabeça não se assemelhavam a experiências anteriores, causando mal-estar e crescente cansaço. Ele não estava gripado, com alguma infecção ou qualquer doença. Quanto mais frequentes se tornavam as ameaças de invasão do país no qual residia, mais estressado o personagem ficava. Pouco a pouco, o corpo reagia de modo estranho. Ele não sabia, mas o disparo de adrenalina na corrente sanguínea elevava sua frequência cardíaca e a pressão arterial, liberando o hormônio cortisol, produzido pela glândula suprarrenal, aumentando os índices de glicose no sangue. 

A elevação da glicose causava efeitos semelhantes àqueles sentidos por quem já desenvolveu diabetes. Acrescente-se aqui o desejo de ingerir qualquer bebida, alimentar-se fora dos horários habituais das refeições, boca seca e rachaduras nos lábios, aparecimento de infecções de pele e no aparelho urinário. Alguns têm muita vontade de urinar, principalmente à noite, outros não. Há quem sofra de formigamento e rachadura nos pés e cotovelos ou até mesmo cãibras. 

Bastou um exame de sangue para constatar o surpreendente resultado: a glicose disparou para elevados 258 miligramas por decilitro. Não havia risco de desidratação grave, hemorragia ocular por causa de descolamento de retina, confusão mental, coma ou morte. Isso acontece somente quando os índices superam os 800 mg/dl. Mesmo assim, o resultado alertou para um novo estado do corpo, necessitando exames clínicos e acompanhamento médico, provavelmente com prescrição de medicamentos. 

Com quase 70 anos de idade, a senhora aguardava deitada em uma maca para ser conduzida à sala de cirurgia, onde trocaria o cristalino natural, deteriorado pela catarata, por um artificial. Ao lado, o médico anestesiava o primeiro paciente. Tensa, com os batimentos do coração acelerando, sentiu-se mal, a visão ficou turva e a tontura lhe provocou a impressão de que a sala girava sem parar. Ao perceber a reação incomum, a enfermeira-assistente do cirurgião oftalmológico a atendeu e compreendeu os sintomas. A paciente controlava um diabetes tipo 2 havia duas décadas, sem transtornos. Todavia, a iminente anestesia, o desenrolar do procedimento e a incerteza de recuperação da visão a estressaram. O médico não teve dúvidas e cancelou a cirurgia em decorrência dos riscos para a paciente. 

Tipos de diabetes 

O diabetes tipo 1 é uma falha na produção de insulina nas ilhotas pancreáticas provocada por alteração genética. De natureza autoimune, esse tipo de diabetes aparece geralmente na infância. Por outro lado, o diabetes tipo 2 se desenvolve na idade adulta como resultado de alimentação inadequada, sedentarismo e até mesmo estresse.

Considera-se diabético quem apresenta níveis de glicose superiores a 126 mg/dl no sangue. Quem se mantém em níveis normais tem entre 70 e 99 mg/dl. Enquadra-se no grupo de pré-diabéticos quem tem índice superior a 99 e inferior a 126 mg/dl. 

O aumento da resistência insulínica durante a gestação gera a hiperglicemia na grávida, exigindo rigoroso controle da alimentação e das atividades físicas. Caso não receba a devida atenção da parte do obstetra ao longo do pré-natal, as consequências afetarão tanto a gestante quanto o feto.

Nos últimos anos, profissionais da área da saúde estudam o “diabetes emocional”, expressão da qual a doutora Tânia Cristina de Oliveira, professora do curso de Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e uma das mais renomadas pesquisadoras do diabetes, discorda, “porque ele não é emocional, mas um diabetes tipo 2 relacionado ao estresse”. Para a pesquisadora, a expressão pode dar “a falsa impressão de que alguém ansioso desenvolverá diabetes”, quando isso não acontecerá necessariamente. Por si só, o estresse não induz o diabetes, entretanto novas evidências demonstram as conexões entre o estresse e o aparecimento do diabetes tipo 2. 

Efeitos e vilões 

Não é novidade o dano causado pelo açúcar no organismo humano. Até mesmo os animais estão sujeitos às consequências da ingestão desse produto derivado da cana. Ao consumir excessivamente o açúcar e seus subprodutos, há risco de desenvolver depressão, pois eles inflamam o corpo e ativam o sistema de recompensas, ou seja, tornam-se viciantes. Quem se acostumou a beliscar um docinho após o almoço certamente chegará ao momento em que provará uma porção maior de sobremesa. 

O envelhecimento dérmico se relaciona ao consumo de açúcar, prejudicando a circulação sanguínea e aumentando os riscos de derrame e ataque cardíaco. O mau hábito de beber refrigerante, como se fosse água, não mata a sede. Pelo contrário, o indivíduo se torna cada vez mais suscetível a doses mais elevadas da bebida açucarada. A ingestão desse tipo de bebida também contribui para o desequilíbrio do pH vaginal e pode ser um dos fatores desencadeadores da disfunção erétil masculina. 

Atletas que se acostumaram a comer uma barra de chocolate ou uma fatia de goiabada antes das competições de alto desempenho podem sofrer de artrite depois de se afastarem do cenário esportivo. O açúcar aumenta a quantidade de citocinas no sangue, causando inflamação e diminuindo a capacidade imunológica do corpo. 

Conhecida como doença silenciosa, o diabetes compromete diversos sistemas, aparelhos e órgãos do corpo, alguns chamados de “órgãos alfa”. Um deles é o rim, cujo sistema de filtração do sangue deixa de funcionar adequadamente devido a elevação do nível de glicose. A vasculite do órgão evolui para a insuficiência renal. Outra forma de desenvolver o diabetes ocorre quando os níveis de hormônios do estresse extrapolam e atingem o pâncreas, diminuindo a produção de insulina. 

O açúcar não é o único vilão protagonista do diabetes, pois o carboidrato presente no macarrão, no pão de farinha branca e nos farináceos refinados também gera açúcar ao ser metabolizado. “Não basta tirar o açúcar. Também não é só açúcar o causador do diabetes, mas uma conjunção de fatores”, explica a doutora Tânia.  

Uma das sequelas é a amputação de membros, pois, ao aparecerem feridas nos pés (conhecidas como pé diabético), que são difíceis de tratar, a pessoa precisa urgentemente buscar orientação médica, haja vista se encontrar em estado avançado da doença. 

Segundo a doutora Tânia, “um paciente que tem 126 mg/dl de glicemia no sangue pode voltar a ser pré-diabético e até normal. Basta tomar a saúde nas mãos e levar a sério as prescrições”. Se o paciente desenvolver uma retinopatia diabética, provavelmente chegará à cegueira, com mais chances de vasculites e insuficiência venosa, causando trombose. Quem é pré-diabético, para a pesquisadora, “ao se manter abaixo dos 126 mg/dl, precisa acompanhar e ter consciência de que tem um risco, mas não terá nenhuma consequência”. 

Paralelo ao tratamento sob orientação médica, é preciso alterar hábitos, principalmente aqueles relacionados à alimentação e aos exercícios físicos diários. Certos legumes sugam o açúcar do sangue, diminuindo os índices glicêmicos, tais como cenoura, brócolis, abobrinha, jiló e berinjela. 

Estresse e emoções 

Ao se posicionar diante de um desafio, seja ele uma cerimônia de casamento, dor, morte de um parente ou amigo, acidentes, viagens aéreas, competição esportiva, prova de um concurso de emprego, exame em uma matéria acadêmica, investimento financeiro malsucedido, dívidas insolúveis, desemprego, pagamento de impostos, desavenças conjugais, cirurgias, doenças, medos ou qualquer outro, o sistema nervoso envia uma mensagem às glândulas suprarrenais, liberando os hormônios cortisol, adrenalina e noradrenalina. Ao entrarem na corrente sanguínea, esses hormônios elevam o nível glicêmico nos músculos e, com mais intensidade, no cérebro. 

O ritmo de vida contemporâneo tornou o estresse um ato contínuo, estreitando a relação entre o aumento dos hormônios reativos, que aumentam também a força, velocidade e o desenvolvimento do diabetes. A ingestão de medicamentos com corticoides durante um período superior a cinco dias coloca a pessoa em risco, podendo também elevar a glicemia. Essa relação revela até diagnósticos de cegueira por glaucoma, catarata – ambos ainda em estudo – e, principalmente, descolamento de retina. 

Para quem tem diabetes tipo 1, a glicemia se eleva ou diminui, em casos de hiperglicemia e hipoglicemia. Naqueles que estão com diabetes tipo 2, a glicemia apenas aumenta. Quando ambos se submetem ao estresse, a glicemia sempre sobe. 

No podcast Diabetes Emocional 44 (diabetes.org.br/podcasts/), o especialista e pesquisador Fernando Valente sustenta que “a saúde emocional pode impactar diretamente na glicose”, pois, diante do estresse, os níveis de glicose se elevam na corrente sanguínea devido à produção de adrenalina e cortisol. Havendo predisposição genética, essa liberação de hormônios, com o consequente aumento da glicemia, “pode ser um gatilho para o desenvolvimento do diabetes tipo 1”, complementa o doutor Valente. Em geral, quem vive em países com pouca incidência solar sofre com ausência de vitamina D, necessária para o equilíbrio da saúde mental, quadro que piora entre aqueles que não praticam diariamente atividades físicas e não se preocupam com uma alimentação saudável. 

Nesse mesmo podcast, Fred Prado, que comanda as redes sociais denominadas “Vida de Diabético”, revela haver “mais de trinta gatilhos que ajudam a desenvolver o diabetes”. Para a doutora Tânia, o diabetes tipo 2 se relaciona mais com essa variante proveniente do estresse. Pessoas que vivem sob tensão podem impedir ou minimizar os efeitos do aumento da glicose por meio de exercícios físicos, por exemplo. “Uma caminhada de uma hora e quinze minutos está de bom tamanho”, recomenda a doutora, pois meia hora é pouco tempo para dar conta do aumento de noradrenalina, adrenalina e cortisol no sangue para quem sofre com estresse continuado. 

O conhecimento a respeito das causas do diabetes mudou na última década. Todavia, se existisse um avanço real no tratamento, provavelmente não haveriam mais diabéticos. “Para tratar o diabetes tipo 2”, segundo a doutora Tânia, “é preciso fazer mais exercícios, perder peso, diminuir massas na alimentação, ter uma vida com menos estresse”. No entanto, a maior parte dos pacientes dificilmente segue as orientações dos especialistas da saúde. 

A fim de lidar com o problema, cabe a cada pessoa conhecer bem e identificar o que a incomoda e estressa, “procurando desenvolver atitudes que a tragam para o eixo”, indica a pesquisadora. Caso o indivíduo não aprenda a conviver com a nova condição, enfrentá-la ou se adaptar a ela, reações intempestivas apenas piorarão o quadro sintomático clínico. Em situações extremas, a professora Tânia aconselha a necessidade de se “recorrer a outros especialistas para um tratamento transversal, interdisciplinar”, a fim de que uma equipe multiprofissional acompanhe o paciente. 

Últimas pesquisas 

Artigos publicados nas últimas duas décadas apontam para a relação entre o estresse e o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Pesquisadoras da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) associaram “a necessidade de medidas que incluam o controle de estresse ao tratamento preconizado para essa doença”. No caso, o diabetes tipo 2, “com a finalidade de melhorar os níveis glicêmicos e prevenir o aparecimento de complicações”. 

Em um artigo a respeito da relação entre o diabetes tipo 2 e a saúde mental, pesquisadores da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) concluíram que as chances de depressão para quem tem essa doença aumentam de duas a três vezes. Tanto a depressão quanto a ansiedade elevam em 60% os riscos de se desenvolver o diabetes tipo 2, pois o eixo que regula a produção hormonal no cérebro faz com que o corpo libere os hormônios contra reguladores, “possibilitando o aumento dos níveis de glicose no sangue”. A liberação de cortisol durante o estresse crônico também resulta em resistência insulínica. 

O doutor Mark Peakman, professor do King’s College de Londres, menciona que “o estresse por si só, não causa diabetes. Mas há algumas evidências de que pode haver uma relação entre o estresse e o risco de diabetes tipo 2”. Peakman percebe na elevação dos níveis de hormônios do estresse a tendência de impedir o funcionamento normal das células produtoras de insulina no pâncreas, contribuindo para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. 

Para Peakman, o hábito de se alimentar em demasia quando se encontra em estado de estresse também despeja a glicose no sangue, desenvolvendo o diabetes tipo 2. Apesar das informações mais recentes que auxiliam os médicos a dialogar com os pacientes sobre o manejo dos sentimentos, ainda continua difícil evitar que alguns ganhem peso. Em acordo com outros pesquisadores, o indivíduo diagnosticado como pré-diabético por causa de trauma emocional precisa se conscientizar da obrigação em alterar hábitos e rotinas, a fim de obter qualidade de vida. 

O que fazer 

Segundo a farmacêutica e nutricionista Keilla de Souza Conrado Voloschen, para que o paciente não se torne dependente de prescrições medicamentosas, “é fundamental a aderência às mudanças de estilo de vida e a monitorização da glicemia”. 

Para quem deseja e demonstra vontade de modificar os hábitos, a fim de reverter o diabetes tipo 2, não basta optar por uma alimentação saudável sem açúcares, gorduras, frituras, massas e industrializados, tentando controlar o peso; é preciso controlar as emoções. Quando o cortisol, um dos hormônios do estresse, se eleva, “ocorrem alteração da glicemia, diminuição da serotonina e piora do padrão emocional”, explica Keilla. A nutricionista recomenda exercícios físicos para “aumentar a massa magra”, estimulando o “gasto calórico” e o controle de peso. Ela lembra que a qualidade do sono auxilia na redução e restrição da “concentração de cortisol”. Uma noite bem dormida ajuda a frear o desejo de se alimentar em qualquer hora e auxilia na força de vontade para não nutrir o corpo com produtos agressivos. 

Em um país cujos alimentos naturais não se ajustam ao orçamento doméstico, o custo da alimentação ideal se transforma em barreira, impedindo qualquer mudança de hábitos. Keilla sugere a aquisição de produtos saudáveis em locais que ofereçam promoções, tais como sacolões, feiras livres, atacadões e supermercados, não se esquecendo de “realocar o dinheiro gasto com alimentos não saudáveis, com alta concentração de açúcares e gorduras para comprar alimentos saudáveis”, pois investir em  “alimentos integrais e saudáveis reduz o gasto com tratamentos e medicamentos”. 

Em uma sociedade cada vez mais estressada devido a multifatores que extrapolam até mesmo o controle da própria agenda, cabe ao afetado pelas circunstâncias colocar um freio nas ações. A partir dessa parada, refletir sobre a condição fisiológica, mental e espiritual, a fim de tomar decisões sábias com vistas à transformação dos hábitos.