29.5.09

POR QUE EVITAR O GLÚTEN?


A diferença entre alergia ao glúten e doença celíaca
Somos únicos e resultamos da interação de nosso exclusivo genótipo com o meio ambiente. Isso se reflete em nosso temperamento, nossa imunidade, nossa pele, sede e apetite. Por exemplo, pessoas que vivem em ambientes muito frios tendem a ter a pele mais clara, comem alimentos com mais gordura e são mais introspectivos. No que se refere aos alimentos não é diferente, possuímos reações individuais a eles. Os alimentos não podem chegar ao sangue inteiros, pois causariam um choque anafilático, e precisam ser bem digeridos. Este papel cabe ao trato gastrintestinal que transforma alimentos em nutrientes para serem usados pelas células, mas infelizmente, nem sempre este aparelho consegue fazer o seu trabalho. Quando a digestão não ocorre de forma adequada há um sistema bastante especializado para evitar este tipo de acidente, a tolerância oral, que serve para proteger nosso corpo dos possíveis alérgenos. O órgão responsável pela tolerância oral é o sistema imune entérico (fica dentro do intestino) que serve para combater parasitas, vírus e alimentos mal digeridos. Este sistema avisa às outras células do seu exército, por meio da histamina (aminoácido) que recebeu este “estranho” e que se porventura outro cruzar seu caminho, deve ser atacada. Este mecanismo é chamado de alergia alimentar, que pode apresentar-se de várias maneiras e intensidades. Desde a alergia imediata em que as manifestações ocorrem até 2 horas após o contato até as alergias tardias que podem levar até 4 dias para produzirem reações. As reações alérgicas do tipo tardio, chamada segundo a classificação de Gell e Coombs, tipo IV são bastante difíceis de ser diagnosticadas, dificultando assim seu tratamento. Duas alergias bastante comuns que se enquadram neste tipo são a alergia à proteína do leite de vaca e alergia ao glúten. A doença celíaca é a enteropatia (doença intestinal) mais extensa que leva à má absorção e é associada com uma sensibilidade à gliadina encontrada no trigo, centeio e cevada. Esta alergia ocorre devido à reação auto imune (quando o sistema imunológico ataca as células do corpo) contra as estruturas intestinais, desencadeada somente quando há consumo de alimentos que contem glúten.
O que é Doença Celíaca?
A Intolerância permanente ao glúten, costuma se manifestar na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, podendo, entretanto, surgir em qualquer idade, inclusive na adulta. O tratamento da doença consiste em uma dieta totalmente isenta de glúten. Os portadores da doença não podem ingerir alimentos como: pães, bolos, bolachas, macarrão, coxinhas, quibes, pizzas, cervejas, whisky, vodka,etc, quando estes alimentos possuírem o glúten em sua composição ou processo de fabricação.
O que é o GLÚTEN?
É a principal proteína presente no Trigo, Aveia, Centeio, Cevada e no Malte (subproduto da cevada), cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como cosméticos e outros produtos não ingeríveis. O prejudicial e tóxico ao intestino do paciente intolerante ao glúten são proteínas constituintes do glúten como a gliadina do trigo, a Avenina na Aveia é a Secalina no Centeio. O glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos, e por isto uma dieta deve ser seguida à risca. O Glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado e prejudica a absorção dos alimentos. De acordo com a lei 10. 674 – 16/05/2003 os portadores de doença celíaca, conquistaram o direito junto à Anvisa de conter junto aos rótulos de alimentos uma observação sobre o conteúdo de glúten no alimento.
Art. 1º Todos os alimentos industrializados deverão conter em seu rótulo e bula, obrigatoriamente, as inscrições "Contém Glúten" ou "Não contém Glúten", conforme o caso.
Como se faz o Diagnóstico da DOENÇA CELÍACA ?
São realizados exames especializados para avaliar a absorção da D. XILOSE e dosagem de gordura nas fezes, assim como dosagem de anticorpos antigliadina, antiendomíseo e antitransglutaminase porém, É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA a realização da Biopsia do Intestino Delgado (BID), para estabelecer o diagnóstico da Doença Celíaca, a qual deve ser obtida, preferencialmente, da junção duodeno-jejunal. Porém, não são apenas os celíacos que não devem consumir glúten, pois há pessoas com alergia alimentar ao trigo que ao fazer o exame para doença celíaca obterão resultado negativo, mas se beneficiarão ao fazer a dieta com exclusão de glúten. O glúten é uma proteína elástica que ao ser consumido em grande quantidade, pode formar uma massa viscosa que se adere ás paredes intestinais, podendo fixar-se causando alteração na sua motilidade e função. Muitas pessoas que apresentam constipação, gases, enxaquecas, dores articulares, compulsão alimentar, hiperatividade podem estar apresentando estes sintomas devido ao acúmulo de glúten nas paredes intestinais, que passa a dificultar a produção de neurotransmissores como a serotonina. Mas o que é consumir em grande quantidade? Pão francês no desjejum, macarrão no almoço, biscoito no lanche, pizza ou sanduíche no jantar – houve o consumo de no mínimo 4 vezes ao dia do mesmo tipo de cereal, sendo que poderíamos consumir arroz integral, quinua, milho, aipim, batata, grão de bico, lentilha, ervilha, feijão. O nosso grande desafio é evitar a monotonia alimentar, pois quanto mais variada for nossa alimentação, menor o risco de desenvolvermos deficiências nutricionais e alergias alimentares.

16.5.09

O CONSUMO DE CARNE VERMELHA AUMENTA O RISCO DE CÂNCER EM MULHERES




O consumo de carne vermelha pode aumentar significativamente o risco de câncer de mama em mulheres que já passaram da menopausa, segundo um estudo publicado no British Journal of Cancer. Uma equipe de cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha monitorou a saúde de 35 mil mulheres durante sete anos e concluiu que mulheres que comiam uma porção de cerca de 60 g de carne por dia apresentaram 56% mais risco do que aquelas que não consumiam o alimento. Ainda segundo o estudo, as mulheres que comiam carne processada, como bacon, salsichas e presunto, têm 64% mais risco de desenvolver o câncer de mama do que aquelas que evitam esses pratos. A carne vermelha é rica em gordura saturada, e esse tipo de gordura influencia na quantidade de colesterol produzida pelo organismo. "O colesterol é um precursor do estrogênio, substância que está associada a um maior risco de câncer de mama", explicou Janet Cade, chefe da equipe que realizou a pesquisa.
Fibras
Segundo a médica, cozinhar a carne em altas temperaturas também pode acelerar a formação de componentes cancerígenos."Meu conselho para mulheres que consomem grandes quantidades de carne vermelha e processada diariamente é para que elas reavaliem sua dieta", disse. O mesmo estudo mostrou que mulheres mais jovens que consomem grande quantidade de fibras cortaram pela metade o risco de desenvolver o câncer de mama.
Estilo de vida
A pesquisa foi elogiada por entidades britânicas de prevenção e combate à doença. "Este estudo é interessante porque até agora era difícil isolar os efeitos específicos da carne vermelha sobre o câncer de mama", disse Alexis Willett, da Breakthrough Breast Cancer. "Os cientistas também encontraram diferenças em outros fatores como idade, peso e nível de atividade física entre aquelas mulheres que comiam e as que não comiam carne, e tudo isso também influencia no desenvolvimento da doença." Henry Scowcroft, do Cancer Research UK, disse que as mulheres deveriam tentar manter um peso saudável, fazer exercícios físicos e evitar porções regulares de alimentos gordurosos, como a carne vermelha.

9.5.09

MAÇÃ: A FRUTA QUE CUIDA DO NOSSO SANGUE


Doenças causadas por má circulação são uma das principais causas de morte no País, porém podemos controlá-las por meio da nutrição funcional, em que ingerimos certos alimentos que podem auxiliar na prevenção de várias doenças, inclusive as cardiovasculares, e um deles é a maçã.
A maçã tem um alto poder antioxidante, ajuda na prevenção do colesterol, é rica em fibras (solúveis), vitamina C e compostos fenólicos.
As fibras influem muito na redução do colesterol, pois elas ajudam a diminuir a quantidade deste no intestino delgado e a absorção dos lipídeos, já os compostos fenólicos atuam na inibição da oxidação da LDL-C e da agregação plaquetária, o que nos protege da arteriosclerose.
Além de prevenir o colesterol, uma dieta que contém maçã, pode reduzir os riscos de doenças pulmonares, cardíacas, asma, diabetes e o desenvolvimento de câncer, além de ajudar a perder peso. Como já dizia Hipócrates: "Faça do seu alimento seu medicamento".

1.5.09

DIETA VEGETARIANA É RECOMENDADA PARA PREVENIR ACIDENTES


Maus hábitos alimentares podem provocar sonolência ao volante
Trabalhar depois do almoço é dureza, principalmente se o seu cardápio for rico em gorduras, frituras, carnes, condimentos e molhos. Além de uns quilinhos a mais, essa dieta pode provocar sensação de torpor e sonolência, que reduzem a eficiência em muitas atividades, entre elas, dirigir.
"O sono diminui em 50% a concentração", afirma o médico Dirceu Rodrigues Alves, chefe do departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Estudos internacionais apontam que 29 a 32% dos acidentes de trânsito envolvem um motorista que dormiu ao volante; 17 a 19% das mortes nas vias envolvem alguém que cochilou ou dormiu na direção. Segundo especialistas a alimentação pode afetar muito o comportamento do condutor.

Sinal vermelho para gordura
De acordo com o nutricionista George Guimarães, especialista em nutrição clínica, "alimentos mais ricos em gorduras ou de digestão lenta exigem mais do organismo e com isso desviam a atenção do metabolismo para executar tarefas como dirigir, reduzindo o nível de concentração e provocando o sono".
A piloto da Indy Lights, Ana Beatriz Figueiredo, diz apostar no cardápio leve para que seu rendimento não seja prejudicado. "Minha alimentação no dia da corrida é bem leve. Opto por um desjejum reforçado, pois chegamos na pista no máximo uma hora antes do treino. Durante o dia como frutas, barras de cereais, tomo muito líquido; no almoço: salada e um pouco de massa, quando possível. Costumo deixar de comer até 30 minutos antes de entrar no carro. Durante o final de semana da corrida, evito carne vermelha, pois é um alimento mais pesado."
Os cuidados de Figueiredo não são apenas para os pilotos. Alves explica que, "no pós-refeição, acontece a distensão do tubo digestivo, maior fluxo de sangue para as vísceras para promoção do processo digestivo, ao mesmo tempo em que ocorre produção da melatonina por estímulo dos carboidratos ingeridos, daí o aparecimento de distúrbios gastrintestinais e sonolência, que se intensificará se o ambiente tiver pouca luz. Deu sono pare em local seguro e durma. Não há substitutos para essa necessidade fisiológica".

Os peso pesados
Para a nutricinista Solange de Oliveira Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas, o bom senso é fundamental. "Ao sair de casa para o trabalho ou para uma viagem, não esteja em jejum, principalmente após um longo período de sono, o que pode acarretar em um quadro de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue), quando o motorista pode sofrer sonolência, visão dupla e até perder a consciência, o que com certeza provocará um acidente".
Com os alimentos mais pesados, isto é, de difícil digestão - como preparações com vários tipos de carnes (ex.: feijoada), e cheias de frituras e molhos gordurosos -, o organismo fica sobrecarregado, pois precisa cuidar da digestão e de outras tarefas que já estava fazendo.
"O adequado é não ingerir bebidas alcoólicas, já que vai dirigir e seus reflexos devem estar ok, fazer refeições mais leves, com porções menores, à base de frutas, verduras e legumes, o que vai facilitar a digestão", aconselha Saavedra.

Churrasquinho presente de grego
Os alimentos vendidos na estrada também merecem cuidado, já que não se sabe a procedência e como foram preparados. "A melhor precaução é comer o menos possível, para evitar surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA), o que pode estragar a sua viagem e a disposição para dirigir", diz a especialista, que recomenda:
* lembre-se de lavar bem as mãos com água e sabão antes de comer;
* assegure-se de que a comida servida esteja bem quente e bem cozida;
* não coma alimentos crus, com exceção das frutas que podem ser descascadas e cujas cascas estejam íntegras;
* não consuma sorvetes de procedência duvidosa;
* evite preparações culinárias que contenham ovos crus (ex: gemada, maionese caseira).

Melhores horários para se alimentar
"Não há um tempo ideal para se alimentar antes de assumir o volante", diz Saavedra, pois isso vai depender de pessoa para pessoa. Entretanto, segundo a especialista, "é aconselhável alimentar-se pelo menos uma hora antes de sair, pois já terá tido início a digestão".

Bom combustível para o corpo
O nutricionista George Guimarães ensina (abaixo) um cardápio ao mesmo tempo muito nutritivo, rico em fibras, pobre em gordura e de fácil digestão, o que permite um bom nível de atenção ao volante.
Para os momentos em que bater sonolência, o conselho do nutricionista é recorrer a uma fruta fresca de sabor ácido e refrescante (laranja, tangerina, carambola, abacaxi), que ajudam a elevar o nível de alerta.
Outra opção, segundo o especialista, é ter uma fruta seca como o damasco ou o figo seco. "São uma opção fácil de carregar e, se consumidos quando o nível de atenção estiver diminuído, o seu teor de açúcar de absorção em velocidade moderada poderá ajudar a elevá-lo. Cuide apenas para não consumir esses alimentos em quantidade grande nesse momento, pois uma elevação exagerada poderá ter efeito oposto", alerta.
"Alimentos cujo conteúdo de carboidratos é absorvido a uma taxa mais lenta são os melhores, pois evitam uma queda brusca no nível glicêmico. Os cereais integrais são o melhor exemplo desses alimentos. Nesse aspecto, a dieta vegetariana tem muito em que beneficiar aos motoristas que querem evitar riscos no volante", aconselha Guimarães.

Desjejum
Leite de soja (sem açúcar) com granola e frutas frescas

Almoço
Salada crua
Vegetais escuros refogados
Arroz integral
Tofu (queijo de soja)

Jantar
Sanduíche de pão integral com verduras e pasta de soja ou sopa de raízes.