16.4.11

DOANDO VIDA


A doação de plaquetas é pouco difundida em nossa sociedade, mas esse simples ato pode ajudar muitas pessoas.
Você sabia que é possível doar plaquetas? Elas são fragmentos de células presentes no sangue e responsáveis pela coagulação, evitando assim uma hemorragia no organismo.
Algumas pessoas acabam tendo esse problema devido a males como leucemias, aplasia da medula óssea, quimioterapia, radioterapia, etc. Por isso, a transfusão de plaquetas é tão importante, pois impede que os sangramentos deixem o organismo mais debilitado ainda, podendo levar até ao óbito.
Através de uma agulha colocada na veia do braço do doador, o sangue é bombeado para o interior de um equipamento, o qual irá separar o sangue nos seus constituintes. O equipamento retém apenas parte das plaquetas, devolvendo para o doador as células restantes. Todo o processo dura cerca de 90 minutos. A doação pode ser realizada a cada semana e a reposição é rápida; é feita em apenas 72 horas.

TIRE SUAS DÚVIDAS
A Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) esclarece as principais dúvidas sobre a doação de plaquetas.
Como se chama esse procedimento?
O processo de doação de plaquetas denomina-se de plaquetaférese. A técnica utilizada chama-se aférese.
Quem pode doar?
Qualquer pessoa saudável com ótimas veias, com 50 kg ou mais e que seja facilmente localizada pela família do paciente quando necessário doar.
Qual tipo de sangue é o mais indicado?
Deve ser preferido o doador ABO- compatível.
Qual o intervalo entre cada doação?
Os exames sorológicos devem ser renovados a cada doação, ou realizados, no máximo, 24 horas antes da doação. Esse procedimento visa aumentar a segurança transfusional, já que existe um período entre a contaminação do indivíduo e a demonstração disto em resultados laboratoriais.
O procedimento é doloroso?
O doador será submetido a duas punções venosas semelhantes a da doação tradicional, uma em cada braço. O procedimento é feito com a ajuda de um equipamento sofisticado, durante o qual o doador ficará sentado, conversando ou assistindo televisão. Mais demorada que a doação tradicional, a plaquetaférese exige uma colaboração maior do doador. Pode ser um pouco incômodo para alguns, mas a chance de poder salvar vidas, com certeza, faz tudo valer a pena.
Eu corro risco de contaminação ao doar plaquetas?
De forma alguma. Durante todo o processo, somente são utilizados materiais estéreis de uso único em sistema fechado, de forma que o sangue do doador não entra em contato direto com o equipamento.
Eu preciso usar algum medicamento?
Não. Durante o procedimento, certa quantidade de anticoagulante circulará por seu sangue para evitar que este coagule no circuito, mas a quantidade é mínima e não o prejudicará de qualquer maneira. Normalmente, um pouco de soro fisiológico é acrescido ao circuito para completá-lo.
Eu posso sentir algum efeito adverso?
Raramente. Alguns doadores podem experimentar sensação de "friagem", tremor ou hipotensão devido ao anticoagulante ou à ansiedade.
Essas plaquetas não me farão falta?
Não, porque cerca de 30% das suas plaquetas serão doadas, sendo que destas, 10% você recupera em um hora e o restante em cerca de 24 horas.

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