23.9.25

COMO EVITAR A QUEDA DE ENERGIA À TARDE: 8 DICAS PRÁTICAS

Descubra como evitar a queda de energia à tarde com 8 dicas simples de alimentação, sono e hábitos saudáveis. Mais energia para o seu dia!

Você já sentiu aquele famoso “apagão” depois do almoço? A cabeça pesa, a concentração desaparece e a vontade é de deitar por alguns minutos. Essa sensação é conhecida como queda de energia à tarde e acontece com muita gente.
Mas afinal, por que isso acontece? E principalmente: como evitar a queda de energia à tarde no seu dia a dia?

O que é a queda de energia à tarde?

Nosso corpo segue um ciclo chamado ritmo circadiano, que regula processos biológicos e comportamentais ao longo de 24 horas. Entre eles, os níveis de energia, que naturalmente sobem e descem durante o dia.

Após o almoço, é comum sentir a queda de energia à tarde, porque:

  • O corpo libera melatonina, hormônio do sono;
  • Refeições ricas em carboidratos ou açúcares causam picos e quedas de glicose;
  • Noites mal dormidas intensificam o cansaço.

O resultado é sonolência, falta de foco e até a sensação de “mente nublada”.

1. Como evitar a queda de energia à tarde com um bom desjejum

Um café da manhã equilibrado, rico em proteínas, gorduras boas e carboidratos complexos, garante energia constante e reduz o impacto do cansaço após o almoço.

2. Tome sol para regular o corpo

A exposição à luz solar ajuda a regular o ritmo circadiano. Mesmo alguns minutos perto da janela já fazem diferença.

3. Mova-se durante o dia

Pequenos alongamentos ou caminhadas de 2 minutos melhoram a circulação e reduzem a sonolência. Essa é uma estratégia prática de como evitar a queda de energia à tarde.

4. Evite ultraprocessados

Eles até dão energia rápida, mas provocam o famoso “crash” depois. Prefira frutas e oleaginosas.

5. Beba bastante água

A hidratação é fundamental para manter o corpo ativo. A falta de água aumenta o cansaço e prejudica a concentração.

6. Durma bem

Uma boa noite de sono (7 a 9 horas) ajuda a equilibrar o relógio biológico e diminui a intensidade da queda de energia à tarde.

7. Evite a cafeína

A cafeína pode causar o efeito contrário e até atrapalhar o sono noturno. Prefira laranja.

8. Mude de ambiente

Trocar de cenário estimula os sentidos, aumenta o foco e ajuda a afastar a sonolência.

queda de energia à tarde é natural, mas pode ser controlada com hábitos simples. Agora que você sabe como evitar a queda de energia à tarde, coloque essas dicas em prática e tenha mais disposição até o fim do dia.

18.9.25

TIPOS DE AVC: ENTENDA AS DIFERENÇAS E DESCUBRA OS SINAIS DE ALERTA

1 em cada 13 mortes de brasileiros ocorre devido ao acidente vascular cerebral (AVC). O problema, conhecido popularmente como derrame, é a segunda principal causa de morte em nosso país e também no mundo. São mais de 100 mil óbitos registrados no Brasil a cada ano.

Apesar da gravidade do problema, nem sempre vemos ações impactantes para conscientizar as pessoas sobre a importância de preveni-lo. Por isso, neste artigo começaremos uma série de publicações que falarão sobre os tipos de AVC, o impacto que eles geram na vida dos pacientes e como evitá-lo.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura!

O que é um acidente vascular cerebral?

A pessoa sofre um acidente vascular cerebral quando o fluxo sanguíneo no cérebro (ou parte dele) é interrompido abruptamente. Então, as células do cérebro deixam de receber sangue e, consequentemente, oxigênio. Nessas condições, elas morrem, causando prejuízos funcionais e problemas cognitivos ao paciente, ou até mesmo sua morte.

Quais são os tipos de AVC?

Existem dois tipos de acidente vascular cerebral. No AVC isquêmico, o fluxo sanguíneo é bloqueado por alguma obstrução nos vasos sanguíneos do cérebro. O AVC isquêmico atinge entre 80% e 85% dos pacientes.

O outro tipo de AVC é o hemorrágico, que acontece em 15 a 20% dos casos. A diferença entre eles é que o vaso sanguíneo do cérebro se rompe espontaneamente, causando um “derrame”.

Qual é a incidência do acidente vascular cerebral?

No Brasil, pelo menos 185 mil pessoas sofrem derrames a cada ano. Considerando o fato de que mais 100 mil pessoas morrem, percebe-se que o problema é grave. Menos da metade dos acometidos consegue se recuperar.

O AVC é um problema mais comum entre os idosos, que são vítimas em 90% dos casos. Porém, esse é um quadro que está mudando. Um estudo americano publicado no Journal of the American Heart Association demonstrou que estamos adiantando esse problema.

Segundo a publicação, entre os anos de 2000 e 2010 houve um aumento de 43,8% nos casos de AVC em pacientes de 25 a 44 anos. Na Dinamarca, estudos chegaram a uma conclusão parecida. As internações de pessoas entre 15 e 30 anos por AVC aumentaram 40% nos anos 1994 a 2012.

Números semelhantes foram verificados na França e Suécia, demonstrando uma tendência importante e à qual precisamos ficar atentos.

Qual é impacto da alta incidência de AVCs?

O impacto menos desejado, com certeza, é a morte. Por isso, é lamentável que, independentemente da idade, tantas pessoas venham a óbito anualmente devido a esse problema.

Porém, além dos óbitos, especialistas alertam para o fato de que o aumento de AVC em pessoas mais jovens traz um grande impacto familiar e econômico.

Estima-se que cerca de 70% dos pacientes acometidos por AVC não voltam ao trabalho. Quando isso acontece na faixa da população economicamente ativa, ocorrem alguns efeitos em cascata.

Além de não conseguir mais contribuir para a renda familiar, o paciente com sequelas moderadas ou graves (mais da metade dos atingidos) ainda passa a depender dos outros para realizar as tarefas diárias. Assim, outras pessoas da família também deixam de trabalhar ou estudar para cuidar do doente.

É fundamental destacar ainda, que uma das consequências do acidente vascular cerebral tende a ser mais perigosa para jovens. Na fase aguda do AVC, o cérebro apresenta edema, que é um inchaço. Nos pacientes com menos idade, há pouco espaço dentro do crânio. A pressão intracraniana se torna muito alta, o que pode trazer sequelas bastante sérias.

No idoso, esse risco é menor. Naturalmente, ao longo dos anos, o volume do cérebro diminui. Portanto, mesmo que ele fique edemaciado durante um AVC, a caixa craniana tem um pouco mais de espaço disponível, o que produz menos lesões devido ao edema.

Como minimizar os impactos de um AVC?

Os impactos de um AVC dependem de uma série de fatores, sendo que os principais são sua extensão no cérebro e também a área específica que foi lesada. Quanto mais regiões do cérebro tiverem ficado sem oxigênio durante aquele período, piores são as sequelas e o risco de morte.

Embora esse fator não possa ser controlado, existem outros que podem contribuir para que o paciente tenha chances maiores de recuperação. Veja quais são esses fatores:

Tempo de atendimento

Aos primeiros sinais de AVC, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente ao hospital. Sem o abastecimento de oxigênio adequado, cerca de 120 milhões de células cerebrais morrem a cada hora. Por isso, não se deve esperar os sintomas passarem. A demora acima de 3 horas após o surgimento dos sintomas eleva o risco de danos posteriores.

Quando está sofrendo o AVC, o paciente nem sempre percebe o que está acontecendo ou não tem condições de buscar socorro sozinho. Por esse motivo, é importante que todos conheçam os sintomas de AVC e consigam identificá-los para providenciar socorro para alguém nessa situação.

Acompanhamento pós-AVC

Os três primeiros meses após o AVC também são extremamente importantes. Nesse período, o cérebro ainda consegue aprender com mais facilidade. Algumas áreas são capazes de assumir atividades realizadas por outras que foram danificadas pela falta de oxigênio.

Portanto, é importante que o paciente tenha o acompanhamento de uma equipe especializada em reabilitação. Se existe alguma possibilidade de recuperar determinadas funções, esse momento é crucial para proporcionar os estímulos que o cérebro precisa para reverter alguns danos.

Adoção de um estilo de vida saudável

Um em cada quatro pacientes que sofre um derrame tem um novo AVC. A única maneira de prevenir essa reincidência é com a mudança de hábitos. Sobreviver a um acidente vascular cerebral é ganhar de presente uma nova vida. Para não desperdiçá-la, é preciso eliminar ou reduzir ao máximo os fatores de risco.

Quais são os sinais ou sintomas de um AVC?

Os sintomas de um AVC são:

  • fraqueza de um lado do corpo;
  • sensação de formigamento ou perda da sensibilidade de um lado do corpo;
  • alterações motoras, não conseguir fazer os movimentos que deseja;
  • enfraquecimento ou paralisia de um lado da face, braço, perna ou um lado inteiro do corpo;
  • tontura sem causa definida;
  • desequilíbrio ou queda súbita ao andar, seguida de enfraquecimento, paralisia ou dormência de um lado do corpo;
  • perda da assimetria do rosto, com uma parte torta, alterada, congelada;
  • dificuldade para falar;
  • dificuldade para entender o que os outros estão falando;
  • dor de cabeça forte ou persistente;
  • dificuldade para engolir;
  • perda de visão ou visão turva, especialmente se for em um único olho;
  • episódio de visão dupla ou de sombra na linha de visão;
  • distúrbio sensitivo;
  • alteração no nível de consciência;
  • em alguns casos, crise convulsiva.

E se os sintomas passarem?

Em algumas pessoas, esses sintomas desaparecem espontaneamente depois de alguns minutos. Seu desaparecimento é melhor que um AVC, porém é um sinal de alerta e deve motivar o paciente a procurar atendimento neurológico com urgência.

A apresentação transitória desses sintomas é conhecida como Ataque Isquêmico Transitório (AIT). O AIT alerta que existe uma obstrução em vasos sanguíneos do cérebro e que o paciente corre o risco de ter um AVC nos dias seguintes. Portanto, trata-se de uma emergência que deve ser comunicada ao médico imediatamente.

Agora você já sabe quais são os tipos de AVC, suas consequências e sintomas. 

ATEROSCLEROSE: CAUSAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Aterosclerose

Quem desenvolve a aterosclerose aumenta muito seu risco de ser vítima das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. Então, não perca este post e saiba como prevenir este problema.

Se você acha que a gordura que o nosso organismo acumula enche apenas os "pneuzinhos" que tanto incomodam, está enganado.

Um dos locais mais perigosos para o acúmulo de gordura (mas não o único) é a parede das nossas artérias. Quando isso ocorre, a pessoa recebe o diagnóstico de aterosclerose.

Mas você sabe o que é aterosclerose? Sabe qual é o risco de se manter sob esta condição? Quer descobrir como tratá-la? Então, continue a leitura!

O que é a aterosclerose?

A aterosclerose é uma doença crônico-degenerativa que afeta as artérias do corpo humano.

Isso significa que ela tem um desenvolvimento progressivo, geralmente lento e, à medida que evolui, ela causa uma degeneração, danificando os tecidos dos vasos sanguíneos.

De forma simplista, nós dizemos que a aterosclerose é o acúmulo de gordura nas artérias. Porém, além da gordura, esses depósitos contêm também cálcio e outras substâncias que formam as placas ateroscleróticas.

E por que o cálcio e essas outras substâncias são importantes para a compreensão da doença? O cálcio, como você sabe, tem a propriedade de enrijecer, endurecer outros materiais.

Assim, ossos com bastante cálcio se tornam mais duros e resistentes, o que é muito bom para nós. Por outro lado, cálcio nas artérias faz com que elas se estreitem e se endureçam, comprometendo a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação sanguínea é apenas parte deste processo. Afinal, o estreitamento e enrijecimento das artérias podem contribuir para eventos como acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos.

Portanto, como você pode perceber, a aterosclerose é uma condição silenciosa, mas extremamente perigosa. Muitas pessoas só a descobrem justamente quando sofrem um infarto ou derrame.

Como a aterosclerose se forma?

Nossas artérias são revestidas internamente por um tecido, o endotélio. Ele pode sofrer danos quando a pessoa tem hipertensão arterial (pressão alta), elevação dos níveis do colesterol LDL, tabagismo, diabetes e outras inflamações crônicas.

Assim, essas condições lesam o endotélio. Ele, então, se torna mais permeável. Gorduras, incluindo o próprio LDL, se infiltram na parede da artéria. Esta gordura se oxida e gera uma resposta inflamatória.

Se existe uma reação inflamatória, naturalmente o sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo, é acionado. Algumas células desse sistema, os macrófagos, chegam ao local e “engolem” o LDL oxidado.

Porém, ao envolver o LDL oxidado, com o objetivo de neutralizá-lo, esses macrófagos se transformam em células espumosas.

Essas células espumosas se acumulam, absorvem substâncias como cálcio e tecido fibroso e formam placas que endurecem as veias. Apenas esse enrijecimento já dificulta a circulação sanguínea.

Porém, não é só isso. Conforme as placas se tornam cada vez mais espessas, elas estreitam as artérias e, em alguns casos, obstruem completamente a passagem do sangue.

A causa de tudo isso? Nossos hábitos. Alimentação desequilibrada, tabagismo e diabetes são alguns dos muitos fatores que causam lesão nas artérias. Em resumo, o nosso estilo de vida causa aterosclerose.

Quais são os riscos da aterosclerose?

A progressão da aterosclerose pode causar inúmeras complicações à saúde. Em primeiro lugar, com o tempo, as placas ateroscleróticas tendem a se tornar instáveis.

Isso significa que elas se rompem e, com esta ruptura, forma-se um coágulo sanguíneo no local (trombo). Este trombo simplesmente começa a se deslocar, seguindo o fluxo do sistema circulatório.

Quando este trombo chega a um vaso sanguíneo e não consegue passar por ele, ocorre uma obstrução. O bloqueio desta veia ou artéria, seja total ou parcial, pode causar tanto ataque cardíaco quanto AVC, dependendo do local da obstrução.

Infartos, AVCs de outras doenças cardiovasculares (doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, arritmias…) causam 1 em cada 3 mortes, o que equivale a 17 milhões de mortes no mundo.

Portanto, a aterosclerose predispõe a pessoa a ser vítima de uma das principais causas de morte no mundo, reduzindo a expectativa de vida.

Mesmo se não pensarmos nas piores consequências possíveis, a aterosclerose prejudica a qualidade de vida da pessoa. Afinal, com as artérias estreitadas, o sangue não consegue circular livremente e não chega a todos os órgãos e tecidos.

Assim, a pessoa passa a ter sintomas como dor no peito (angina), dor nas pernas ao andar ou fazer exercícios (claudicação), entre outros problemas de saúde.

Como prevenir e tratar a aterosclerose?

Tanto a prevenção quanto o tratamento da aterosclerose se baseiam na eliminação das causas desta doença. Portanto, não há outro caminho a não ser adquirir hábitos saudáveis.

Existem, sim, cirurgias cardíacas que podem ser necessárias quando a aterosclerose já atingiu um nível mais alto de gravidade, quando ela é considerada severa. Essas cirurgias são:

  1. Angioplastia e implante de stent: o médico insere um cateter com um pequeno balão na ponta na artéria bloqueada. Ao chegar ao local da obstrução, o balão é inflado para abrir a artéria. Então, uma malha de metal (stent) é colocada no lugar para segurar a veia e não permitir seu fechamento.
  2. Cirurgia de by-pass: os médicos utilizam um vaso sanguíneo retirado de outra parte do corpo para criar um desvio (by-pass) em torno da artéria bloqueada. Assim, o sangue é direcionado para esse desvio e não se acumula no local do bloqueio.
  3. Endarterectomia: trata-se da remoção cirúrgica da placa aterosclerótica da artéria para restaurar o fluxo sanguíneo normal.

Embora, atualmente, essas cirurgias tenham se tornado mais seguras, será que nós realmente precisamos chegar ao ponto de realizar a desobstrução em um centro cirúrgico, sendo que podemos prevenir e tratar um problema tão grave mudando nossos hábitos?

O tratamento da aterosclerose, assim como de outras doenças crônicas, não tem segredo: alimentação saudável, alimentação equilibrada, atividade física, repouso (sono e descanso semanal), consumo de água, exposição responsável à luz solar, ar puro, temperança e confiança em Deus.

Cada um desses remédios naturais tem seu papel na cura. Você sabia, por exemplo, que a exposição ao sol faz o organismo produzir óxido nítrico, que relaxa os vasos sanguíneos e evita que eles se enrijeçam?

Da mesma forma ocorre com a temperança, por exemplo. O cigarro é um dos principais fatores de lesão do endotélio e enrijecimento das artérias. Quando nos abstemos do tabagismo, nosso sistema cardiovascular agradece.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES: COMO EVITAR ESSE RISCO?

Doenças cardiovasculares

Quando falamos em doenças cardiovasculares, temos uma notícia ruim e uma boa. A ruim é que elas são as doenças que mais matam no mundo. A boa é que você não precisa ter essas doenças, pois elas são evitáveis. Saiba mais!

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Em todo o mundo, elas são responsáveis por 31% dos óbitos, ou seja, elas provocam praticamente 1 em cada 3 falecimentos.

No entanto, como já mencionamos, você pode evitar essas doenças. Por isso você vai descobrir quais são as principais doenças cardiovasculares, os fatores de risco e o que fazer para ficar longe dessas estatísticas. Continue a leitura e saiba mais!

 

16.9.25

DIABETES TIPO 1- CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO DA DOENÇA

Embora seja menos frequente, o diabetes tipo 1 atinge um grande número de brasileiros. Seus sintomas aparecem ainda na infância e adolescência e, nesses casos, trazem uma série de implicações à vida de pacientes que ainda não entendem bem o problema, mas se veem cercados de restrições alimentares.

E você, tem diabetes tipo 1 ou convive com pessoas que receberam esse diagnóstico? Quer entender melhor quais são as causas da doença, os cuidados que o paciente deve tomar e o tratamento mais adequado? Então, continue a leitura e tire suas dúvidas!

O que é o diabetes?

Há dois tipos diferentes de diabetes. Porém, nessas duas condições clínicas, o organismo tem uma mesma dificuldade: realizar os processos que envolvem o hormônio responsável por transformar a glicose que ingerimos em energia — a insulina. Assim, o açúcar permanece no sangue e não consegue entrar nas células.

Vamos explicar essa doença de uma forma mais simples. Pense nas células do seu corpo como minúsculos carros. Para elas funcionarem, precisam de um combustível que proporcione energia. Esse combustível é a glicose (açúcar) que ingerimos por meio da alimentação.

Porém, para que cada um desses minúsculos carros receba esse combustível, é necessário abrir a “porta do tanque”. A chave que a destrava é justamente a insulina.

No caso do diabético, podem acontecer dois problemas diferentes. Em alguns casos, simplesmente não há insulina. É como se a bomba de combustível estivesse com seu bico quebrado. Em outros pacientes, o problema é diferente. Existe insulina, mas a “porta do tanque” está emperrada.

Em qualquer uma dessas situações, o resultado é o mesmo: a glicose não consegue entrar, deixando o corpo sem energia para trabalhar.

Atualmente, há mais de 13 milhões de diabéticos no Brasil, ou seja, quase 7% da nossa população. Mais de 50% das pessoas têm um diagnóstico acidental. Isso significa que elas não tinham sintomas evidentes da doença, que foi descoberta em exames de rotina ou realizados para outros propósitos. Enquanto isso, o organismo era prejudicado silenciosamente.

Qual é a diferença entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2?

O diabetes tipo 1 acontece quando o sistema imunológico tem uma reação inadequada. As células de defesa, que deveriam proteger o organismo, atacam e destroem as células beta do pâncreas. Assim, esse órgão não consegue produzir a insulina necessária para que a glicose dos alimentos seja transformada em energia e utilizada pelo corpo.

Portanto, quando a pessoa tem diabetes tipo 1, seu organismo fica sem combustível para oferecer às outras células. A glicose que não foi utilizada da maneira correta se concentra no sangue e causa degenerações crônicas. Olhos, rins, coração, nervos e vasos sanguíneos estão entre os principais órgãos afetados.

Muitas vezes, o diagnóstico acontece meses ou mesmo anos após o início desse processo de destruição das células beta. Assim, quando o paciente descobre a doença, 70 a 90% delas já foram danificadas. Portanto, é importante que as pessoas conheçam os primeiros sinais do diabetes para identificá-los e procurar ajuda imediatamente.

Embora alguns adultos recebam o diagnóstico de diabetes tipo 1, a doença geralmente aparece ainda na infância ou adolescência. Por isso, por muito tempo ela também foi chamada de diabetes juvenil e traz uma série de complicações e restrições à vida de pessoas jovens.

Já no diabetes tipo 2, existe um outro processo que não deixa a glicose chegar à célula e ser usada como fonte de energia. Trata-se da resistência a insulina. É como se aquela porta do tanque ficasse emperrada e a insulina não conseguisse abri-la, deixando o organismo sem combustível e causando todos os efeitos do excesso de açúcar no sangue.

Quais são as causas do diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma doença crônica não transmissível genética. O fato de os primeiros sinais dela aparecerem ainda na infância e adolescência indicam que se trata de uma patologia hereditária. Ela é mais comum também em pessoas que têm parentes próximos diagnosticados. Por isso, quem tem a doença na família deve fazer exames com uma certa frequência.

Quais são os sintomas de diabetes tipo 1?

É muito importante que as pessoas conheçam os sintomas do diabetes tipo 1. Dessa forma, elas conseguirão identificar os primeiros sinais e buscar tratamento nos estágios iniciais da doença, evitando uma destruição ainda maior das células beta do pâncreas.

Então, confira que sintomas são esses:

  • fome frequente;
  • sede constante;
  • perda de peso;
  • vontade de urinar muitas vezes ao dia;
  • fadiga e fraqueza;
  • mudanças de humor;
  • náusea e vômito.

Como falamos, o diabetes tipo 1 é mais frequente em crianças e adolescentes até os 14 anos. Portanto, é importante ficar atento à ocorrência frequente desses sinais e, caso eles sejam constatados, procurar o médico para um possível diagnóstico e início do tratamento.

Como é o tratamento do diabetes tipo 1?

O diagnóstico tardio do diabetes tipo 1, ou seja, o fato de muitos pacientes só descobrirem a doença depois que uma grande parte das células beta foram destruídas, faz com que o pâncreas perca a capacidade de produzir a quantidade adequada de insulina.

Por isso, vários pacientes se tornam dependentes da aplicação de insulina. Ao ser injetado no sangue, esse hormônio consegue fazer com que a glicose entre nas células e seja utilizada para fornecer energia. Assim, os níveis de açúcar na corrente sanguínea diminuem.

É importante destacar que o médico é o único profissional capaz de avaliar se o paciente realmente precisa de insulina e qual é a dosagem adequada para ele. Caso prescrito, o medicamento deve ser utilizado rigorosamente, de acordo com as instruções oferecidas.

Porém, o paciente diabético precisa tomar outros cuidados com a saúde. Ele também deve seguir um planejamento alimentar adequado que preveja o controle do uso de carboidratos para diminuir a ingestão de glicose, reduzindo os níveis dessa substância no sangue. A prática de exercícios físicos também é altamente recomendada.

Parar de fumar é outra medida muito importante para os pacientes diabéticos, independentemente do tipo da doença. O cigarro já diminui o fluxo sanguíneo e a oxigenação das células, o que acelera o surgimento e agravamento de todos os problemas associados a essa patologia.

A verdade é que o corpo humano é um sistema complexo. O controle dos níveis de açúcar no sangue vai muito além de medicamentos e envolve uma mudança de hábitos capaz de restaurar plenamente a saúde. 

Entendeu o que acontece no corpo dos pacientes com diabetes tipo 1 e por que eles têm níveis altos de açúcar no sangue? 

DIABETES MELLITUS: COMO TRATAR ESSA DOENÇA?

É possível viver livre do Diabetes Mellitus? Essa doença, que cresceu mais de 60% no Brasil nos últimos 10 anos, é considerada crônica. Isso significa que ela se desenvolve lentamente, muitas vezes de forma silenciosa, e dificilmente coloca a vida das pessoas em risco a curto prazo.

No entanto, a longo prazo as doenças crônicas se tornam extremamente preocupantes. Elas causam 72% dos óbitos. Quando se trata especificamente do Diabetes Mellitus, ele ocupa o quarto lugar entre as doenças que mais matam no Brasil.

Mas será que é possível viver livre do diabetes? Então, continue a leitura para conhecer a solução!

Diabetes Mellitus: tratamento convencional

Antes de iniciarmos as considerações sobre o tratamento do diabetes, é importante destacar que essa doença pode ser causada por fatores diferentes.

O Diabetes Tipo 1, ou Diabetes Juvenil, é causado por um processo autoimune que leva à destruição das células do pâncreas. Ele recebe esse nome porque costuma aparecer ainda na infância ou adolescência e a maioria dos pacientes torna-se dependente de insulina.

No entanto, o diagnóstico mais comum é do Diabetes Tipo 2, ou Diabetes Adulto. O mecanismo dessa doença é completamente diferente do primeiro. Nesse caso, o pâncreas funciona normalmente e produz insulina. Porém, ela não consegue “abrir” as células para que a glicose entre.

Por isso, a glicose não só fica circulando no sangue, como se concentra no organismo. Enquanto as células sofrem devido à falta de energia, essa substância atinge outros órgãos e os sobrecarrega, gerando uma série de consequências negativas.

Embora as doenças sejam diferentes, o tratamento convencional baseia-se em medicamentos. Mesmo que os médicos e muitas associações especializadas em Diabetes recomendem reeducação alimentar e prática de exercícios, grande parte dos indivíduos continua recorrendo apenas aos fármacos.

Mudança no estilo de vida: essencial para o tratamento do Diabetes

No entanto, é preciso destacar que os medicamentos não solucionam as causas que levam ao desenvolvimento do Diabetes Tipo 2.

Nesses casos, que são a maioria (90% dos diagnósticos), mudanças no estilo de vida são suficientes para fazer o corpo recuperar sua capacidade de metabolizar a glicose de forma correta. Assim, o indivíduo consegue não só mantê-la em níveis saudáveis, mas fazer isso sem utilizar medicamentos, o que é essencial para a qualidade de vida.

Entre os principais efeitos colaterais dos remédios para diabetes, podemos destacar:

  • náuseas e diarreia;
  • hipoglicemia;
  • excesso de gases;
  • aumento de peso;
  • infecção urinária;

A longo prazo, alguns estudos mostram que esses mesmos medicamentos podem causar ainda problemas cardíacos e no sistema nervoso, perda de eficiência nas funções renais e cegueira. A situação é tão séria que uma pesquisa apontou que, em pacientes idosos, o remédio pode causar mais efeitos colaterais que benefícios.

Qual seria, então, a melhor alternativa para tratar o Diabetes Tipo 2?

A adoção de hábitos saudáveis é o principal fator para o controle da glicemia. Se você não sabe por onde começar essa mudança, fizemos um passo a passo para ajudá-lo. Confira a seguir!

1. Comece pelo mais simples: banhos de sol

Tomar sol faz com que o nosso corpo sintetize a Vitamina D. Entre outras funções, esse hormônio aumenta a capacidade do corpo para produzir insulina, bem como a resposta das células a essa substância. Portanto, ela é um importante aliado no controle da glicemia.

2. Mude sua alimentação

Quando se fala em Medicina do Estilo de Vida, não é possível atribuir todo o sucesso do tratamento a um único fator. No entanto, não podemos negar que a alimentação saudável tem um papel importantíssimo quando se trata da prevenção do Diabetes Tipo 2 e o controle da glicemia.

Por isso, é importante buscar orientação para mudar seu cardápio e torná-lo mais saudável. Selecionamos algumas orientações gerais, que vale a pena colocar em prática:

Prefira os carboidratos integrais

O diabético não precisa viver sem carboidratos, até mesmo porque esses alimentos são fontes importantes de energia. No entanto, é necessário selecioná-los, dando preferência aos cereais integrais e seus derivados.

Quando a pessoa utiliza pães, macarrão, arroz e outros cereais refinados, eles produzem um pico de glicose no organismo logo após o consumo. Os integrais atuam no organismo de forma diferente: eles se desdobram lentamente, levando mais tempo para liberar o açúcar que contêm.

Elimine o açúcar refinado da dieta

Balas, chocolates e doces em geral funcionam como uma bomba no organismo de quem tem Diabetes Mellitus. Se você realmente sente falta do sabor adocicado, tente compensar esse desejo utilizando frutas frescas ou secas, que são ricas em fibras. Ainda assim, não exagere na quantidade.

Satisfaça a fome com vegetais

Começar a refeição com vegetais crus traz uma série de benefícios ao organismo, especialmente para a pessoa com diabetes. Em primeiro lugar, um prato cheio de saladas exigirá um tempo maior de mastigação, o que acionará os mecanismos de satisfação antes do consumo dos pratos cozidos, geralmente mais calóricos.

As verduras e legumes são ainda importantes fontes de fibras e minerais como o potássio, magnésio e cálcio. A fibra tem um papel importante para evitar o Diabetes Mellitus ou reduzir a glicemia de quem já tem a doença. Por isso, uma boa salada faz o mesmo papel que os grãos integrais: desaceleram a entrada da glicose do sangue, evitando os picos.

Use as gorduras do bem

A gordura é o principal fator que impede a insulina de promover a entrada da glicose nas células. Inclusive, há estudos que mostram que a alta ingestão de gorduras é ainda mais determinante para o surgimento do Diabetes Mellitus que o próprio consumo de açúcar.

Por isso, uma das principais mudanças na dieta da pessoa com diabetes é alterar as fontes de gordura que ela consome. Carnes gordas, frituras, margarina e manteiga, leites integrais, alimentos processados e embutidos devem ser evitados.

No entanto, o organismo precisa das gorduras do bem. Na verdade, as melhores fontes delas não são os óleos, mas os próprios alimentos ricos em gorduras boas. Em vez de consumir até mesmo o azeite, inclua em seu cardápio o coco, abacate, nozes e outras oleaginosas, que também são ricas em outros nutrientes importantes para o corpo.

Faça as refeições na hora certa

Quem come apenas nos horários corretos e não fica beliscando lanchinhos nos intervalos fortalece o pâncreas. Como resultado, o organismo consegue produzir mais insulina, facilitando a entrada da glicose nas células e o controle da glicemia.

3. Pratique exercícios

Por reduzir a gordura corporal, o exercício já pode ser considerado uma ação indispensável para prevenir e tratar o diabetes. No entanto, ele também tem outros benefícios. O principal é estimular a produção de insulina. Além disso, por melhorar a circulação sanguínea, ele também facilita a distribuição da insulina entre as células.

Vale a pena lembrar que a Organização Mundial da Saúde recomenda a prática de pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada ou 75 minutos semanais de exercícios intensos. Essa quantidade é suficiente para ajudar no controle da glicemia e prevenir muitos outros problemas de saúde.

Esses são alguns princípios essenciais para quem quer manter o Diabetes Mellitus sob controle. Gostou das dicas?