16.9.25

COMPLICAÇÕES DO DIABETES: DOENÇAS CARDIOVASCULARES, OUTRAS CONSEQUÊNCIAS E IMPACTO NA SAÚDE DO IDOSO

Enquanto o mundo se preocupa com o surgimento de doenças contagiosas que se alastram rapidamente, o fato é que as principais causas de morte convivem silenciosamente com a população ao longo de anos. Diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares tomam proporções endêmicas, embora pareçam menos assustadores.

No entanto, as doenças crônicas representam um perigo ainda maior. Embora essas patologias se desenvolvam lentamente, o número de pessoas afetadas aumenta cada vez mais. As autoridades estão alarmadas com o impacto dessa condição nas contas públicas. A qualidade de vida dos indivíduos, especialmente na terceira idade, é extremamente prejudicada.

O diabetes mellitus está entre essas doenças preocupantes. Um relatório divulgado em 2019 pela Federação Internacional do Diabetes mostrou que, em apenas dois anos, o número de diabéticos no Brasil aumentou em 31%. A média mundial de crescimento da doença foi de 9%, o que mostra que nossa população está adotando hábitos nada saudáveis (1).

Sabe-se que 90% dos casos de diabetes são referentes ao tipo 2 da doença. Portanto, mudanças no estilo de vida são essenciais para prevenir o aumento da doença e tratar os indivíduos já diagnosticados.

Sozinho, o diabetes já é considerado uma das principais causas de morte no Brasil. Porém, a situação é ainda pior. Essa doença está relacionada ao desenvolvimento de problemas cardíacos, aumentando muito os índices de mortalidade.

No Brasil, uma em cada 5 pessoas acima de 65 anos tem o diagnóstico de diabetes. Por isso, é fundamental alertarmos a população quanto aos riscos dessa doença, a importância de preveni-la e também tratá-la adequadamente. 

A relação entre o diabetes e doenças cardiovasculares

Estudos que comparam pessoas diabéticas com a população em geral mostram que o risco de morte por doenças cardiovasculares é três vezes maior no grupo diagnosticado com essa doença. Acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, infarto e outras patologias do coração chegam a causar 80% das mortes em diabéticos.

Embora não se conheça o motivo, sabe-se que a incidência de doenças cardiovasculares é maior entre os diabéticos. Essa relação é confirmada por diversos estudos, o que mostra a importância de prevenir e tratar adequadamente essa doença.

Sabe-se que pessoas diabéticas têm um processo de aterosclerose mais acelerado (2). Isso significa que as artérias sofrem uma inflamação. Placas de gordura, cálcio e outros elementos se fixam na parede das artérias, que se tornam mais rígidas e estreitas.

Essas placas que se formam nas paredes das artérias são chamadas de ateromas. Elas se desenvolvem silenciosamente e podem até mesmo obstruir completamente determinados vasos sanguíneos, impedindo a circulação do sangue naquela região.

A região que não recebe sangue também não tem acesso a oxigênio e nutrientes. Assim, ela pode sofrer sérias lesões. Infarto, morte súbita e AVCs (derrames) estão entre as consequências da aterosclerose.

Elevação no risco de demências

A glicemia elevada provoca uma série de complicações ao organismo. Uma das consequências dessa descompensação é a elevação do risco de demências como o Alzheimer. Altos índices de glicose afetam o cérebro (3), acelerando o envelhecimento cognitivo e trazendo prejuízos funcionais ao idoso.

Existem muitos fatores que contribuem para o aumento das chances de desenvolvimento da demência em pessoas com diabetes. Entre eles, podemos destacar reações entre a glicose e proteínas e lipídeos, concentração maior de insulina, déficit de IGF-1 e a própria aterosclerose, que também está relacionada às perdas cognitivas.

Complicações em órgãos diversos

A glicose (açúcar) que não entra nas células de quem tem diabetes, não só circula pelo sangue. Ela afeta uma série de órgãos, causando diversas complicações a médio e longo prazo. Olhos, rins e coração estão entre os mais afetados e por isso é necessário realizar exames regulares.

Também é conhecida a dificuldade de cicatrização. Por estreitar e endurecer os vasos sanguíneos, a pele ou outros tecidos lesionados não recebem a quantidade ideal de oxigênio e nutrientes. Ferimentos que seriam simples para outras pessoas podem dar origem a infecções sérias. Muitas vezes, essas infecções evoluem e dão origem a gangrenas, exigem a amputação de membros e até mesmo levam à morte.

Neuropatia diabética

Em cerca de metade das pessoas com diabetes, as lesões nos vasos sanguíneos provocam também a lesão de nervos. Isso acontece especialmente nas pernas e pés, deixando as extremidades menos sensíveis às variações de temperatura, estímulos táteis e até mesmo à dor.

Dessa forma, a pessoa com diabetes perde, pelo menos em parte, uma proteção importante do organismo. Sem uma sensibilidade aguçada à dor ou mudanças de temperatura, ela corre o risco de se machucar com maior frequência. Com a pele ferida e dificuldades de cicatrização, incidentes simples podem causar infecções, gangrena, amputação e morte.

A neuropatia diabética também prejudica a mobilidade. Assim, a pessoa pode sentir formigamentos e perder a firmeza na hora de andar. Além de aumentar os riscos de quedas, essa condição é responsável por dois terços dos casos de amputações não-traumáticas (não causadas por acidentes).

Como você pode ver, o diabetes traz uma série de consequências à vida da pessoa, especialmente daquelas que estão na terceira idade. Por isso, é fundamental desenvolver hábitos saudáveis, que contribuirão para a manutenção da glicemia em níveis adequados.

E você, sofre de diabetes ou conhece alguém que tem essa doença? Gostaria de ajudá-lo a se conscientizar das consequências que esse problema pode trazer a médio e longo prazo?

Então, não perca tempo! Compartilhe este conteúdo em seus grupos de WhatsApp e também nas suas redes sociais!

Fontes: 

(1) Aumento do diabetes nos últimos dois anos.

(2) Altos índices de glicose afetam o cérebro.

(3) Fatores que aumentam a probabilidade de demência em pessoas com diabetes.

EPIGENÉTICA OU PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA? ENTENDA QUAL É O VERDADEIRO PAPEL DA HEREDITARIEDADE NAS DOENÇAS CRÔNICAS

O que realmente faz a maioria das pessoas desenvolverem doenças crônicas? Não é incomum os diagnósticos de diabetes, hipertensão arterial (pressão alta) e câncer serem justificados com a informação de que pais, avós ou outros parentes tiveram o mesmo problema. Porém, a Epigenética tem mostrado que essa herança, muitas vezes, é superestimada.

O que isso quer dizer? Que os nossos genes carregam tendências, mas não determinam nosso destino. Portanto, se você também quer viver livre de doenças apesar de ter um histórico clínico familiar pouco favorável, não perca este artigo. Você vai descobrir a solução!

Qual é o papel dos genes na nossa estrutura?

Muitas das nossas características são definidas pelos nossos genes. Esses microscópicos pedaços de informação que herdamos dos nossos pais e que ficam arquivados dentro das nossas células determinam não só os elementos que compõem a nossa aparência, como formato e cor do olho, da pele, dos cabelos, entre outras questões.

De forma bem resumida, os genes carregam o código genético responsável por formá-lo do jeito que você é, em todos os aspectos. A combinação deles nos torna únicos. Trata-se de uma assinatura tão singular que um exame de DNA é capaz de dizer se o fio de cabelo, uma gota de saliva ou vestígios de pele são de uma pessoa ou outra.

Mesmo as duplicatas naturalmente produzidas, que são os gêmeos monozigóticos (idênticos), têm algumas diferenças. Por isso, exames muito específicos conseguem identificá-los a partir do DNA.

Existem doenças genéticas?

Assim como os genes determinam nossas características, eles carregam informações que levam ao desenvolvimento de doenças e condições específicas. Alguns exemplos de patologias são a anemia falciforme, distrofia muscular de Duchenne, fenilcetonúria, entre outras.

Também existem as condições de origem genética. Elas não são doenças, mas trazem impactos ao indivíduo, principalmente em aspectos funcionais. Entre elas, podemos destacar o daltonismo, a Síndrome de Down, o albinismo, hipertricose, Síndrome de Turner e assim por diante.

No entanto, já há algum tempo, fala-se na relação entre a carga genética e outras doenças muito mais comuns, como o diabetes, os problemas cardiovasculares e principalmente o câncer.

Realmente, diversos estudos mostram que a existência de diagnósticos na família aumenta as chances de outra pessoa daquele núcleo desenvolver determinados problemas de saúde, quando comparados à população em geral. Trata-se de uma predisposição genética.

Porém, existe uma excelente notícia. A predisposição genética aponta para uma tendência, mas não sela o destino de uma pessoa. Por isso, a Epigenética mostra que é possível ter uma vida saudável, mesmo quando o histórico clínico da sua família é extremamente preocupante.

O que é a Epigenética?

A Epigenética é uma área da Biologia que tem sido bastante estudada pela Medicina, também. O objetivo é entender como  a expressão dos genes pode ser afetada, bem como o que ativa ou desativa as funções deles. Os resultados mostram que os fatores ambientais têm um papel muito importante nessa modulação.

Já se sabe que o genoma, ou seja, essa sequência genética, sofre alterações em sua programação. Esse processo acontece porque o organismo produz uma resposta adaptativa ao ambiente em que ele está inserido. Portanto, os genes podem ser ligados ou desligados, de acordo com os estímulos que recebe.

Um dos pesquisadores reconhecidos por esse tipo de estudo é o professor de Farmacologia Terapêutica da Universidade McGill, Moshe Szvf. Um dos processos que ele estuda é a metilação do DNA.

Segundo o pesquisador, uma série de partículas de hidrogênio e carbono se agrupam na base de alguns genes, como se tivessem a intenção de isolar as pontas de um fio. Dessa forma, elas impedem que o gene se expresse.

Existem diversos fatores que interferem nessa ativação dos genes. Alguns deles estão relacionados a hábitos como alimentação, prática de exercícios físicos, consumo de substâncias que fazem mal à saúde, quantidade e qualidade de sono compatível com as nossas necessidades. No entanto, essa modulação também é influenciada por questões emocionais.

Mas então, quais são as chances de desenvolver doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia (colesterol alto), osteoartrite, osteoporose e câncer, mesmo quando existe uma predisposição genética? A resposta é: depende dos seus hábitos.

Quando uma pessoa, mesmo com uma predisposição genética desfavorável, mantém hábitos saudáveis, suas chances de desenvolver essas doenças se tornam muito menores.

O Dr. Benício Pereira, diretor médico da Clínica & Spa Vida Natural, chama a atenção para um aspecto extremamente importante:

As pessoas não herdam apenas os genes de suas famílias. Elas também herdam os hábitos. Por isso, elas tendem a carregar para a vida adulta comportamentos alimentares ou uma rotina sedentária, entre outros fatores que favorecem o surgimento de doenças.

É possível vencer a predisposição genética?

Felizmente, a resposta é sim. Em alguns casos, devido ao longo tempo de exposição a hábitos não saudáveis, o organismo leva um período maior para se recuperar. Porém, na Clínica & SPA Vida Natural vemos pessoas que, em duas ou três semanas, começam a experimentar a reversão de seu quadro.

Além disso, nosso corpo quer se recuperar a partir das nossas ações e reage rápido a mudanças no estilo de vida. Mais uma vez, o Dr. Benício destaca um estudo científico sobre o exercício e a expressão genética.

Nesse estudo, voluntários sedentários (que não costumavam praticar exercícios) foram examinados. Para isso, os pesquisadores retiraram e analisaram células da coxa desses indivíduos. A seguir, eles tiveram que praticar atividade física.

Depois dessa atividade, os cientistas retiraram novas amostras de células das coxas. Em um único dia de exercícios, eles observaram que genes de doenças foram desativados, enquanto outros genes, relacionados ao bem-estar e saúde, foram ativados.

O objetivo desse estudo não é mostrar que ações pontuais farão milagres quanto à nossa saúde, mas demonstrar que, se essas pequenas ações forem colocadas em prática diariamente, elas garantirão ao corpo as condições necessárias para desativar genes ruins e contrariar uma predisposição genética desfavorável.

Todos esses estudos apontam para um fato inquestionável: o melhor remédio, tanto para prevenir quanto para curar doenças, é um estilo de vida saudável. Hábitos adequados desativam os genes que causam essas patologias e fortalecem o sistema imunológico, para que ele se torne capaz de defender plenamente o organismo de ameaças internas e externas.

É por isso que nos empenhamos tanto em ensinar as pessoas como utilizar os 8 fatores de saúde que a natureza disponibiliza para conquistar longevidade e bem-estar.

E você, já conhece esses 8 fatores de saúde? 

ANTIOXIDANTES: POR QUE SÃO IMPORTANTES E QUAIS SÃO ELES?

A todo momento, inúmeros processos químicos estão acontecendo em seu corpo. As células recebem substâncias como oxigênio e nutrientes, que são essenciais para a nossa sobrevivência.

Porém, esses processos são muito mais complexos. Devido aos nossos hábitos, as células também podem receber substâncias que as agridem. A repetição dessas agressões leva ao surgimento de inflamações, processos de envelhecimento e doenças crônicas.

Como evitar esses efeitos sobre o organismo? Os antioxidantes não são a única opção, mas podem ajudar. Descubra qual é a importância deles e por que colocá-los no seu cardápio.

Por que precisamos de antioxidantes?

Antes de entendermos o que são antioxidantes, precisamos descobrir o que eles combatem. Para que nosso corpo funcione, nós necessitamos da energia obtida através dos alimentos.

Porém, depois que nós ingerimos essa energia, o organismo tem todo um processo para distribuí-la. O médico Joel Fuhrman, no livro Comer para Viver, explica esse processo de maneira muito didática.

A energia, embora necessária, é perigosa. Fora do nosso organismo, uma quantidade muito grande de energia pode provocar fogo ou explosão, certo? Em nosso corpo, ela também precisa ser distribuída de maneira cuidadosa para não fazer mal.

Quando algum descontrole acontece nesse processo, o oxigênio se combina a um elétron de alta energia, formando um superóxido, também conhecido como o terrível radical livre. Esse processo é conhecido como estresse oxidativo.

Quimicamente falando, esse radical livre é uma molécula extremamente instável, reativa, cheia de energia e capaz de destruir nossas células.

Ela rompe as membranas que envolvem a nossa célula, destrói estruturas internas e consegue chegar ao DNA. Lá, ela danifica os genes e consegue causar mutações nos cromossomos que podem levar ao desenvolvimento de diversas doenças, incluindo o câncer.

Mas o que fazer? O radical livre é um vilão imbatível? Felizmente, não. Existe uma arma que o organismo pode usar para neutralizar esses radicais livres. Trata-se dos antioxidantes ― moléculas que compensam esse elétron supercarregado e restauram a normalidade.

O que acontece quando não temos um estoque de antioxidantes?

Se o antioxidante é a arma que combate os radicais livres, seria interessante ter um estoque deles em nosso organismo, certo? Mas o que acontece quando essas substâncias não estão disponíveis?

Quando não há uma quantidade suficiente de antioxidantes, nosso corpo sofre com o estresse oxidativo. Os resultados desse processo são o envelhecimento e a doença.

Os resultados dessa oxidação aparecem de várias formas: as manchas marrons no dorso da mão são gordura oxidada sob a pele. Os radicais livres também atacam os neurônios, causando perda do poder intelectual, prejudicando nossa cognição e causando doenças como mal de Parkinson ou Alzheimer.

Sinais do estresse oxidativo também se revelam no surgimento de rugas, que são sinais do envelhecimento (ação dos radicais livres). Eles oxidam ainda células e tecidos dos diferentes órgãos do organismo, que começam a apresentar problemas em seu funcionamento ― as doenças crônicas.

Como abastecer o nosso estoque de antioxidantes?

Infelizmente, não há como estocar antioxidantes. Existem dois tipos deles, que o nosso corpo utiliza para combater os radicais livres. Veja quais são:

Antioxidantes endógenos

São produzidos pelo próprio organismo, como um sistema de proteção contra os radicais livres. Os próprios neurônios liberam substâncias como glutationa, catalase e o superóxido dismutase, que são responsáveis por retardar o envelhecimento do cérebro.

Porém, esses antioxidantes não são suficientes para neutralizar todos os radicais livres produzidos pelo organismo. Então, é necessário abastecê-lo diariamente com outro grupo, que é o de antioxidantes exógenos.

Antioxidantes exógenos

Os antioxidantes exógenos são obtidos facilmente por meio de uma alimentação saudável, rica principalmente em verduras e frutas. Os principais antioxidantes exógenos são:

  • vitamina C;
  • vitamina E;
  • flavonoides;
  • carotenoides;
  • alicina (substância presente no alho).

Os alimentos mais ricos em antioxidantes são os vegetais e frutas que, quando cortados e expostos ao ar (oxigênio), não apresentam uma mudança rápida em sua coloração, tendendo para o marrom.

Um exemplo é a manga. Ao cortá-la ao meio e deixá-la exposta, sua polpa não se escurece. Já a maçã, quando passa pelo mesmo processo, rapidamente fica amarela e depois marrom.

Por outro lado, se você cortar a maçã, pingar algumas gotas de limão e espalhá-las pela superfície, ela não escurecerá. Isso acontece porque o limão é riquíssimo em vitamina C, que é justamente um antioxidante.

Onde encontrar os antioxidantes?

O fato é que, quanto mais vegetais você comer, mais estará abastecendo seu corpo com antioxidantes. Em média, os vegetais contêm 64 vezes mais antioxidantes do que alimentos de origem animal.

Pesquisadores fizeram um levantamento com milhares de alimentos e produtos alimentícios consumidos ao redor do mundo para identificar a quantidade de antioxidantes presentes em cada um. Geraram uma lista com 138 páginas de informação.

Nessa pesquisa, a unidade usada como medida de comparação é a quantidade de mmols para cada 100g. Enquanto o mirtilo, por exemplo, pode chegar a 9.24 mmol/100g, a casca de um limão pode atingir 4 mmol/100g e o brócolis, a 1 mmol/100g.

Se você achou que a quantidade de antioxidantes do brócolis é pequena, precisa comparar com a quantidade encontrada nos alimentos de origem animal.

O salmão, por exemplo, tem um índice de 0,3 mmol/100g. O frango, a 0,1 mm/100g. A carne vermelha, no máximo 0,8 mmol/100g e o ovo inteiro, no máximo 0,06 mmol/100g.

Portanto, os alimentos de origem vegetal levam uma grande vantagem em seu poder antioxidante.

Quais são os principais alimentos antioxidantes?

Para você não precisar perder tempo com uma tabela imensa, selecionamos os principais alimentos antioxidantes. Veja quais são eles:

Grupo dos carotenoides:

São alimentos que possuem a cor alaranjada ou avermelhada. Ao serem consumidos, o organismo os transforma em vitamina A, que é um antioxidante poderoso.

Portanto, não deixe de incluir laranjas, beterraba, cenoura, abóboras, melão, damascos e frutas vermelhas em seu cardápio.

Grupo das antocianinas:

São alimentos que possuem a cor roxa, rosa, vermelha ou azulada. Ele é representado pelo açaí, amoras, framboesa, mirtilo, morangos, cerejas, beterraba, goiaba, morango, ameixas roxas, alface e repolho roxo, entre outros.

Vitamina C

Como já falamos, a vitamina C é um potente antioxidante. Por isso, suas propriedades beneficiam não só a saúde, mas têm uma grande influência estética, contribuindo para a firmeza e cicatrização da pele. Ela também é conhecida por fortalecer o sistema imunológico.

Entre os alimentos ricos em vitamina C, destacamos o kiwi, a acerola, brócolis, laranja, limão, manga, melão, morango, mamão. Repolho, tomate e espinafre também entram nesse grupo.

Licopeno

O licopeno também é um pigmento que produz cores avermelhadas ou alaranjadas em alguns alimentos como a goiaba, a melancia e o tomate. Seu consumo está associado ao combate ao câncer, especialmente na próstata e mamas.

Vitamina E

Esse grupo de alimentos possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. É importante combater a inflamação crônica para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas.

Por isso, é fundamental utilizar cereais integrais, e não os refinados. As amêndoas, amendoim, castanhas, sementes de girassol também são ricas em vitamina E.

Esses são os principais antioxidantes que precisam fazer parte da nossa alimentação. Existem outros, mas o fato é que, com um prato bem colorido e composto em sua maioria por vegetais, você consumirá todos os nutrientes necessários para combater os radicais livres e conquistar muito mais saúde.

PRODUTIVIDADE NO TRABALHO: QUAL É O IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO NO FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO?

Poucas pessoas pesquisam sobre o impacto dos hábitos alimentares e de saúde no funcionamento do cérebro. Porém, uma realidade elas não podem negar: o mercado hoje pede cada vez mais produtividade no trabalho. 

Portanto, mesmo que elas não tenham procurado esse assunto, o fato é que elas já enfrentaram as consequências negativas de hábitos inadequados em seu rendimento no trabalho. Cansaço, falta de concentração e raciocínio lento são alguns dos exemplos. 

Nas empresas, isso tem um nome — presenteísmo. Ele acontece quando o funcionário está lá, sentado em sua mesa, em frente ao computador, atendendo o telefone ou pessoas. Mas tanto ele quanto seu gestor sabem, no fundo, que o rendimento está longe de ser o esperado. 

Em um mercado cada vez mais competitivo, não há espaço para presenteístas. Por isso, além de dicas para aumentar a produtividade no trabalho e gerir bem o tempo, é necessário preparar o corpo e a mente, de dentro para fora, para que consigam alcançar o desempenho máximo.

Como os alimentos influenciam o desempenho cognitivo?

Os alimentos que fazem parte da nossa alimentação influenciam diretamente o funcionamento do cérebro. Existem nutrientes específicos que podem afetar os processos cognitivos e as emoções. 

Recentemente foram descritas algumas influências de fatores dietéticos na função neuronal e na plasticidade sináptica.  Elas revelaram alguns dos mecanismos vitais responsáveis pela ação da alimentação na saúde cerebral e na função mental. 

Por exemplo, vários hormônios intestinais que podem entrar no cérebro, ou que são produzidos no próprio cérebro, influenciam a capacidade cognitiva. 

Os reguladores bem estabelecidos da plasticidade sináptica, ou seja, a capacidade das sinapses de se alterarem conforme os estímulos, podem funcionar como moduladores metabólicos. Assim, o cérebro responde a sinais periféricos, como a ingestão de alimentos. 

Quando compreendemos a base molecular dos efeitos dos alimentos na cognição, nos tornamos capazes de determinar a melhor forma de manipular a alimentação para aumentar a resistência dos neurônios e promover a aptidão mental.

O cérebro consome uma quantidade bem grande de energia, em comparação ao que o restante do corpo consome. 

Por isso, os mecanismos envolvidos na transferência de energia dos alimentos para os neurônios são provavelmente fundamentais para o controle da função cerebral.   

Quais seriam os alimentos e nutrientes importantes para garantir um bom desempenho do cérebro? 

Uma alimentação equilibrada é fundamental para garantir o bom funcionamento deste órgão, até porque o cérebro não possui muitas reservas de nutrientes. Para manter a vitalidade dos neurônios é importante investir em uma variedade de alimentos com ação antioxidante e anti-inflamatória. 

Outro cuidado essencial é restringir a quantidade de calorias. O excesso delas não é apenas responsável pelos “quilinhos” a mais, mas também um dos fatores que causam o envelhecimento precoce do cérebro. 

Quais são os nutrientes que não podem faltar para o cérebro?

Vários nutrientes estão envolvidos na saúde  dos neurônios, inclusive em manter a sua vitalidade, o bom humor e a memória afiada. Vamos conhecer melhor alguns deles?

Ômega 3

O consumo de Ômega 3 protege contra o acúmulo de proteínas beta-amiloide, que são associadas ao Alzheimer.  

Os ácidos graxos essenciais encontrados em alimentos com esse nutriente agem na comunicação entre as células do sistema nervoso e na fluidez das membranas celulares dos neurônios. Isso afeta a capacidade das pessoas de pensar, memorizar e aprender. 

Embora a maioria das pessoas se lembre dos peixes como fonte de Ômega 3, é válido lembrar que essa substância também é encontrada em fontes vegetais muito vantajosas, como chia, linhaça e nozes, alimentos que trazem inúmeros benefícios para o organismo. 

Proteínas e aminoácidos

Ingerir a quantidade certa de aminoácidos garante um bom desenvolvimento para o cérebro, permitindo que todas as funções de crescimento, reparação e manutenção neuronal sejam concluídas. 

Os aminoácidos são obtidos pela quebra de proteínas ingeridas. Quando consumimos esses nutrientes, também garantimos uma boa comunicação entre os neurônios, o que traz benefícios até mesmo para a memória.   

Uma boa dica para garantir uma dieta equilibrada é investir nas proteínas de origem vegetal. 

Você encontra uma boa fonte de aminoácidos em feijões, lentilhas, folhas verdes, açaí, nas oleaginosas, na quinoa e também na aveia. Esses alimentos, além de proporcionarem proteína para o seu organismo, também serão responsáveis por muitos outros benefícios.  

Vitaminas E e C

A Vitamina E é responsável pelo envelhecimento neurológico saudável. Essa vitamina é encontrada em alimentos como amêndoas e sementes de girassol, na couve, no amendoim, no abacate e no azeite.  

Alimentos ricos em antioxidantes são responsáveis por retardar a perda de memória e o aparecimento da demência, ajudando na prevenção ou desaceleração do aparecimento de Alzheimer e Parkinson.  

Já a vitamina C, que também é famosa pela ação antioxidante no organismo, é encontrada em grande quantidade em frutas como limão, laranja, acerola, tangerina, morango e no mirtilo.  

Polifenóis de frutas roxas, zinco e selênio

Os polifenóis atuam no tecido nervoso ajudando a prevenir a neurodegeneração e a inflamação do tecido cerebral. Suas fontes estão nas uvas roxas, açaí, mirtilo, amora, framboesa, morango e cereja. 

Quer colocar os pensamentos em ordem? Invista no zinco! Esse mineral deixa o cérebro alerta e melhora a capacidade cognitiva, reduzindo também a fadiga cerebral.  

Os grãos integrais, o amendoim, cogumelos e sementes oleaginosas (abóbora e girassol) são ricas fontes de zinco. 

A deficiência de selênio no cérebro leva à rápida redução da capacidade cognitiva nos idosos. Estudos mostram que pessoas que desenvolvem Alzheimer têm apenas 60% do selênio presente nos indivíduos saudáveis.   

O que evitar para aumentar a produtividade no trabalho?

É comum vermos pessoas recorrendo ao café, ao chocolate e aos alimentos ricos em açúcar para conseguir a tão necessária “energia”. 

Os alimentos estimulantes realmente são capazes de acelerar o funcionamento do cérebro. Desta maneira, há um aumento no estado de alerta, da capacidade física e uma diminuição do sono e da sensação de fadiga. 

Mas muito cuidado! O que parece ser a solução de um problema, na verdade, causa grandes prejuízos para o corpo. A cafeína, por exemplo, é capaz de provocar a sonolência diurna, gerando maus sintomas após um tempo do seu consumo. 

Fazer uso de estimulantes, na realidade, prejudica o nível de produtividade do organismo. Já uma alimentação saudável, com bons hábitos de sono e exercício, proporciona mais energia e disposição, não apenas por um momento, mas a longo prazo.  

As gorduras saturadas também estão entre os alimentos que parecem dar forças ao corpo. Porém, a realidade é que elas prejudicam seu funcionamento. 

O alto consumo de açúcar e gordura prejudica a memória de longo e curto prazo, causando o declínio das funções cerebrais, especialmente a flexibilidade cognitiva. 

Pessoas que bebem álcool com frequência costumam não sentir os efeitos, mesmo depois de algumas doses. No entanto, um estudo liderado pelo Sistema de Saúde  para Veteranos do Exército de San Diego,  nos Estados Unidos, mostrou que o consumo de bebida alcoólica leva a problemas cognitivos, reduz a velocidade das habilidades motoras e a memória de curto prazo. 

Os prejuízos do fumo para o cérebro também são grandes. Um estudo mostrou que os fumantes têm dificuldades na hora de raciocinar, aprender coisas novas e memorizar.  

Para ter produtividade no trabalho, é importante se preocupar não apenas com seu preparo profissional, mas também com a sua alimentação.  

ALCOOLISMO: POR QUE É TÃO DIFÍCIL TRATAR ESTA DOENÇA?

Não basta querer. A decisão é o primeiro passo para a libertação do alcoolismo, mas a verdade é que entre a escolha e o final deste processo existe uma longa e dolorosa jornada.

Tratar o alcoolismo é um grande desafio. Parte desta dificuldade acontece porque o consumo do álcool é tão aceito culturalmente que as pessoas nem sempre enxergam que ultrapassaram os limites e agora manifestam dependência.

Porém, mesmo para quem admite a necessidade de tratamento, este processo é bastante desafiador. Vamos falar sobre essa dificuldade nos próximos tópicos. Confira!

Como saber se uma pessoa é alcoólatra?

Nem sempre uma pessoa é alcoólatra, mesmo que ela exagere na bebida. Esta confusão, inclusive, dificulta o tratamento de quem realmente depende do álcool.

Muitas vezes, conhecemos alguém que bebia muito e, de um momento para outro, decidiu parar. A partir daí, olhamos para outras pessoas que também bebem muito, mas que são realmente alcoólatras, e pensamos: “ele não para porque não quer. No dia em que tomar vergonha na cara, para”.

Porém, não é assim. Há pessoas que abusam do álcool, mas não são dependentes. Seu cérebro não ativa os mesmos mecanismos quando recebe álcool que o cérebro de um alcoólatra ativa.

Quando se fala em alcoolismo propriamente dito, ou seja, dependência do álcool, precisamos classificar o problema em alguns graus. Saiba quais são eles:

Etilismo (ou alcoolismo) social

Neste caso, a pessoa sofre de um transtorno do uso de álcool em nível leve. Isso significa que ela pode ou não beber com muita frequência, não sente uma necessidade incontrolável de álcool.

Porém, o etilista leve já começa a dar alguns sinais de que sua relação com o álcool é mais complexa. Ao começar a beber, ele tem muita dificuldade para se controlar e saber a hora de parar.

Além disso, ao consumir álcool, essas pessoas podem ter comportamentos problemáticos e causar constrangimento para outras pessoas. São frequentes as atitudes abusivas ou agressivas.

Então, em um churrasco, a brincadeira perde a graça para todo mundo, mas o etilista social tem dificuldade para perceber isso e não consegue parar.

Etilismo (ou alcoolismo) crônico

O etilismo crônico pode ser moderado ou grave. Geralmente, esta pessoa já começa a ter uma série de problemas de falta de produtividade no trabalho, nos estudos ou de relacionamento familiar devido à bebida.

Não é incomum esta pessoa ter até mesmo problemas jurídicos, pois quando está alcoolizado pode ter atitudes agressivas, causar acidentes e incorrer em outros excessos.

Quais são os sintomas do alcoolismo?

A pessoa é considerada alcoólatra quando o consumo dessa substância é associado aos seguintes sintomas:

  • Compulsão: desejo incontrolável de beber. Muitas vezes, a pessoa sente a necessidade de tomar bebidas alcoólicas ainda pela manhã.
  • Descontrole: quando começa a beber, a pessoa não consegue parar até cair, dormir ou ser retirada daquela situação por alguém.
  • Sintomas físicos de abstinência: ao ficar sem álcool, a pessoa sente náuseas, suor, tremores e ansiedade incontrolável.
  • Tolerância: em termos de “bem-estar” e relaxamento, o álcool faz cada vez menos efeito, o que leva a pessoa a consumir doses progressivamente maiores. Vale a pena destacar que, quanto ao prejuízo para o organismo, não acontece essa redução do efeito. Ou seja, o álcool faz mal do mesmo jeito, mesmo que a pessoa nem perceba que está embriagada.

Por que é difícil tratar o alcoolismo?

Existem razões químicas e sociais que dificultam o tratamento do alcoolismo. Veja quais são elas:

O álcool não carrega o mesmo estigma que outras drogas

Na maioria das famílias, a descoberta de que um filho usa drogas traz preocupação, perplexidade e gera esforços para que essa pessoa receba tratamento o mais rápido possível.

O álcool, embora seja uma droga, não carrega esse estigma. Pelo contrário, desde cedo as crianças veem seus pais bebendo no churrasco com a família e até mesmo nas festas infantis. Esquisito é quem não bebe.

Logo ao se tornarem adolescentes, muitas pessoas são estimuladas pela própria família a experimentarem a bebida alcoólica. Em outros ambientes, o álcool também é perfeitamente normalizado.

O principal problema de tudo isso é que, embora algumas pessoas estimuladas a beber consigam manter um consumo apenas social, para outras esse encontro com o álcool é o primeiro passo de uma jornada de decadência e morte.

A dificuldade para enxergar o problema é ainda maior quando o alcoólatra se mantém funcional por um tempo razoavelmente longo. Isso significa que ele consegue trabalhar e realizar uma série de atividades normais.

Porém, ao final do dia e, em alguns casos, até mesmo no horário do expediente, ele precisa de álcool. Essa necessidade o consome a ponto de ele não conseguir continuar suas atividades sem beber.

No entanto, mesmo que aparentemente a bebida não cause tantos prejuízos, este vício causa uma série de perdas para a saúde e, principalmente, para os relacionamentos pessoais e familiares.

Vale lembrar que, do ponto de vista clínico, nenhuma dose de álcool é segura para consumo humano. Portanto, mesmo os bebedores sociais podem desenvolver doenças devido a esse hábito.

Porém, o alcoólatra tem um aumento exponencial desses riscos. Basta lembrar que 37% dos condutores mortos em acidentes de trânsito têm álcool em seu sangue, entre 20 e 25% dos acidentes de trabalho também ocorrem devido ao uso de álcool e outras drogas e que a bebida ainda está relacionada ao aumento de violência doméstica, agressão e homicídios em geral, maus-tratos a crianças e abuso sexual (PAHO).

Portanto, embora o álcool seja extremamente prejudicial e afete diversas esferas da vida de um indivíduo, ele ainda não é visto pela sociedade como uma droga perigosa, que deve ser evitada a qualquer custo. Tudo isso dificulta o tratamento.

O alcoolismo é causado por múltiplos fatores

Existem diversos fatores associados ao alcoolismo. Não se trata apenas de consumir a bebida, mas de como seu corpo reage a ela. A priori, sabemos que filhos de alcoólatras estão mais propensos a desenvolver este problema.

No entanto, é muito difícil estabelecer uma relação muito clara entre a genética e o alcoolismo. Sabe-se que a hereditariedade causa uma pré-disposição, mas ela é potencializada também por fatores ambientais com impacto emocional.

Afinal, entre os indivíduos estudados, os traumas que eles sofreram devido ao vício dos pais também estão entre os fatores que desencadearam a dependência.

A conclusão desses estudos é que, seja por fatores genéticos ou uma combinação desses com os fatores ambientais, 70% dos alcoólicos têm parentes próximos que apresentavam problemas com o alcoolismo.

Portanto, se você tem casos assim na família e percebe que não tem tanto controle com a bebida, ou que alguém próximo a você apresenta essa dificuldade, é importante procurar ajuda.

O tratamento do alcoolismo pode ser traumático

Embora o consumo de álcool não tenha o mesmo estigma de outras drogas, o tratamento do alcoolismo em instituições pode ser traumático. Afinal, muitos alcoólatras são encaminhados a instituições psiquiátricas onde ficam isolados e com pacientes com outros transtornos.

Algumas vezes, esse isolamento é realmente a única alternativa. Porém, quando é possível, é importante proporcionar ao alcoólatra um ambiente mais ameno para esse tratamento.

Na Clínica & SPA Vida Natural, a proposta é proporcionar esse ambiente diferenciado. A pessoa permanece em tratamento, mas está hospedada em um SPA, com todo o conforto, convivendo com outras pessoas sem qualquer transtorno.

Portanto, sua sensação é de descanso e normalidade, e não de isolamento físico e psíquico. A arquitetura integrada à natureza e os tratamentos promovem bem-estar e eliminam o incômodo que uma internação psiquiátrica convencional poderia desencadear.

Como tratar o alcoolismo?

Por se tratar de um problema multifatorial, o tratamento do alcoolismo também precisa considerar diversos fatores. 

O primeiro foco é desintoxicar o organismo, acelerando a eliminação do álcool que ainda se encontra no sistema do paciente. Para isso, são programadas uma série de intervenções, desde a alimentação até procedimentos que estimulam a eliminação de toxinas.

Além disso, a psicoterapia é uma das ferramentas utilizadas para que o paciente desenvolva estratégias de combate ao alcoolismo. Ele aprende a identificar gatilhos e a evitá-los em seu dia a dia.