17.11.13

5 ALIMENTOS COM GORDURA TRANS QUE NÃO DEVERIAM ESTAR NA DESPENSA

O anúncio feito pela Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) de que as gorduras trans não são consideradas seguras para o consumo abriu caminho para as autoridades proporem a proibição do uso deste tipo de substância nos alimentos produzidos no país.
A gordura trans é bastante usada em alimentos processados para aumentar a vida útil dos produtos. No entanto, nutricionistas dizem que esse tipo de lipídio é prejudicial à saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas.
A batalha para conscientizar as pessoas sobre a gordura trans começou há mais de uma década nos Estados Unidos. Desde 1999, foi proposto que os fabricantes de alimentos indicassem na embalagem o conteúdo de gordura trans. Mas a medida só entrou em vigor mesmo em 2006.
Segundo a Associação de Produtores de Alimentos (GMA, na sigla em inglês), desde 2005 houve uma redução de mais de 73% na quantidade de gordura trans colocada em alimentos.
O consumo deste tipo de gordura caiu entre os americanos de 4,6 g por dia em 2003 para 1 g em 2012.
Agora, caso os planos da FDA avancem, a indústria alimentícia americana precisará readaptar processos de fabricação - o que pode implicar em um aumento de custos.
Confira abaixo a lista dos alimentos que precisarão passar por mudanças no seu processo de fabricação:
1. Biscoitos salgados, doces e outros alimentos assados
Esses produtos geralmente contêm gorduras trans em estado sólido, para deixá-los menos oleosos.
"As gorduras 'boas' já desempenham esse mesmo papel. Só que são mais caras para a indústria dos alimentos. Mas elas trazem menos riscos para a saúde e são mais saudáveis", diz o químico de alimentos Fidel Belmares.
2. Pipoca de micro-ondas
As gorduras trans sólidas são usadas nas pipocas de micro-ondas para conservar o produto por mais tempo. A alternativa, segundo especialistas, seria usar azeite líquido no lugar.
"Ela é mais líquida, mas menos manipulada e mais natural. O azeite de oliva não possui gordura trans", diz o médico Jorge Loredo.
3. Pizzas e salgados congelados
Alguns produtos congelados - pizzas, risoles, coxinhas - contêm gorduras trans para prolongar sua duração. Os especialistas sugerem que as pessoas comprem produtos frescos e os congelem em casa.
Alguns produtos congelados sem gordura trans já são vendidos no mercado hoje.
"Há empresas que vendem batatas fritas ou outros tipos de lanches congelados e anunciam na sua embalagem que nenhum tipo de trans foi usado na fabricação do alimento", diz Loredo.
4. Manteiga vegetal e margarina em barra
Loredo sugere que se use manteiga em vez de margarina, porque a origem animal do produto é mais bem assimilada pelo metabolismo do corpo. Melhor ainda seria, segundo ele, o uso de gorduras líquidas - como azeite de oliva - em vez de gorduras sólidas - como manteiga ou margarina.
5. Glacê pronto para uso
Os glacês prontos para uso em doces faz com que as guloseimas fiquem mais sólidas e estáveis por mais tempo em temperatura ambiente.
Apesar de inúmeros esforços da indústria alimentícia na busca por substitutos, os especialistas asseguram que é melhor fazer o glacê desde o começo - utilizando ingredientes naturais.

13.11.13

CÂNCER, METABOLISMO E HÁBITOS DE VIDA- QUAL A RELAÇÃO?

Se você tem MEDO de CÂNCER, mas tem hábitos de vida ruins, não tenha medo, porque você VAI ter um câncer se viver tempo o suficiente!

O motivo é simples: quando você tem “hábitos de vida ruins” (quanto mais hábitos estão ruins, pior seu metabolismo e assim, pior fica a sua saúde), seu organismo tem piores condições de funcionar e com isso seu metabolismo é reduzido (a redução do metabolismo sempre vem “acompanhada” por distúrbios em hormônios e neurotransmissores , por isso afetando TODO seu organismo, corpo e mente), pela falta de Combustíveis e Estrutura (estes só vêm adequadamente de BONS hábitos de vida, regulares) para seu corpo e mente; e quando o metabolismo “cai”, seu cérebro manda seu organismo:

1 – Cortar gastos – o que reduz sua energia global para as tarefas cotidianas
2 – Formar reservas de energia, o que te faz engordar, reter líquidos, respirar mais profundamente e ficar lento
3 – Eliminar “gastadores” de energia – sendo que os principais no organismo humano são músculos, ossos, imunidade e sistema nervoso

Fica claro, portanto, que, em virtude da “conseqüência 3” conforme acima, o sistema imunológico tem seu funcionamento prejudicado quando seu metabolismo (geral) cai aquém do seu normal, predispondo você a mais infecções, doenças autoimunes e o temido CÂNCER – além de perda de massa muscular, osteoporose e “problemas nos nervos”.

Ou seja, melhore seus hábitos de vida ou possivelmente desenvolverá problemas de peso, distúrbios cardio-circulatórios ou uma doença crônica, como um câncer; é só “esperar para ver”...

Entendido? Mude, melhore e tenha Saúde!

3.11.13

CAMINHADA: VEJA 10 MANEIRAS DE POTENCIALIZAR OS EFEITOS...


Pequenos ajustes podem fazer com que essa modalidade traga muito mais benefícios.

Emagrecer, tonificar a musculatura, aliviar o estresse, melhorar a saúde do coração, evitar a depressão... A lista de ganhos proporcionada pela caminhada é enorme e, para levar esse pacote de vantagens, pessoas de todas as idades e com diferentes graus de condicionamento físico precisam apenas calçar um tênis e colocar as pernas para trabalhar. Simples assim? Nem tanto. Não basta andar a esmo por aí. Além da necessidade do exercício ser praticado pelo menos três vezes por semana, durante 30 minutos, mesmo que sejam divididos em 3 parcelas de 10, o local e a maneira escolhidos para realizar a atividade fazem muita diferença nos resultados da malhação. A seguir, veja formas de potencializar os efeitos do treino e dicas para manter-se fiel à atividade:

1. Caminhada na calçada eleva gasto calórico: ao caminhar na rua, as calçadas quebradas e as raízes das árvores são um perigo. Fora isso, a necessidade de desviar de outras pessoas e ter que prestar uma atenção redobrada na hora de atravessar a via atrapalham a continuidade do exercício. Mas todos esses fatores também trazem ganhos, pois estimulam a multilateralidade e fazem com que outros músculos sejam exigidos para alterar a direção e evitar esses acidentes de percurso, elevando o gasto calórico. “Esse tipo de atividade estimula ainda os receptores da propriocepção, importantes na localização espacial e no estímulo da resposta muscular nestas situações”, diz o ortopedista Ricardo Cury, professor do Grupo de Cirurgia do Joelho da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

2. Em cidades com muito trânsito, prefira parques e praças: para quem gosta de malhar ao ar livre, dar as passadas nas calçadas de vias públicas pode parecer uma boa ideia. Mas, em cidades com o trânsito intenso, isso só aumenta o tempo em que ficamos respirando toda a fumaça que exala dos escapamentos, o que é inevitável no vaivém do cotidiano. A longo prazo isso pode levar a um comprometimento pulmonar semelhante ao que acontece com um fumante. “Por isso, sempre que possível se exercite em uma praça ou, de preferência, em um parque”, diz José Kawazoe Lazzoli especialista em medicina do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

3. Aposte em subidas e descidas: na hora de dar as passadas fora da academia procure percursos com subidas e descidas. Andar um minuto em um terreno plano consome 8 calorias, enquanto em uma ladeira esse número sobe para 11. “Isso acontece porque em um terreno íngreme os músculos das pernas, dos glúteos, do abdômen e da lombar trabalham com mais intensidade, elevando a queima calórica”, explica Ricardo Cury. Mas isso também faz com que essas partes do corpo estejam mais expostas a lesões, principalmente se elas já forem mais sensíveis por causa de problemas pré-existentes. “O coração também é mais exigido nesse caso, por isso o ideal é procurar um médico para fazer uma avaliação ortopédica e outra cardiológica antes de suar a camisa”, diz José Kawazoe Lazzoli.

4. Fatores climáticos ajuda a queimar mais calorias: pesquisas demonstraram que fatores climáticos, como a chuva intensa, o vento forte e o calor ou o frio excessivos, somados aos desníveis naturais do solo aumentam em cerca de 5% o gasto calórico de quem anda ao ar livre em comparação a quem faz o exercício com a mesma intensidade durante o mesmo período na academia.

5. Areia fofa turbina o treino: caminhar na areia fofa eleva bastante o gasto calórico e exige muito mais esforço dos músculos, especialmente os da panturrilha, da parte de trás das coxas e dos glúteos, além de necessitar de muito mais fôlego. “Por essas razões, quem tem algum problema nos ossos, articulações ou músculos, principalmente dessas partes do corpo, ou não está muito bem treinado, e os idosos devem preferir terrenos mais regulares”, afirma José Kawazoe Lazzoli.

6. Areia dura também exige mais do corpo: uma pesquisa publicada no periódico Journal of Experimental Biology revelou que andar na areia dura exige duas vezes mais esforço do que caminhar na rua e ainda amortece a pisada. Nesse caso também é válida a recomendação de tomar cuidado se você já tem algum problema nos ligamentos ou nos tendões, pois geralmente esse tipo de terreno tem declives e aclives laterais que sobrecarregam essas estruturas.

7.  Água diminui impacto e aumenta gasto calórico: andar com água na altura da canela ou da cintura, seja no mar ou na piscina, aumenta muito o gasto calórico e o esforço muscular. “Isso acontece porque o líquido eleva a resistência contra a qual fazemos o deslocamento”, explica José Kawazoe Lazzoli. “Essa é uma opção de exercício particularmente interessante para aqueles indivíduos que têm varizes nos membros inferiores”, diz. Além disso, como não há impacto, também é uma boa opção para quem tem problemas nas articulações e nos ligamentos.

8. Música ajuda a manter o ritmo: colocar uma música bem animada durante o exercício ajuda a manter a sua intensidade elevada. “Dependendo do ritmo, o som realmente funciona como um fator motivador e ajuda a fazer com que o tempo da prática da atividade física pareça passar mais rápido”, diz Ricardo Cury. Mas, se você estiver caminhando na rua, tome cuidado para que as batidas não tirem a atenção do que está acontecendo à sua volta.

9. Tênis certo é imprescindível: usar um tênis adequado para caminhar, que ofereça estabilidade, tenha tecnologia de absorção de impactos e que esteja de acordo com o seu tipo de pisada é imprescindível para garantir a segurança da atividade e pode elevar o desempenho, já que a pessoa fica mais confortável e se movimenta melhor e com mais eficácia.

10. Contar passos pode ajudar: para quem caminha exclusivamente com o objetivo de prevenir problemas de saúde, contar o número de passos é indicado. Dez mil diários é a quantidade mínima recomendada para que uma pessoa não seja considerada sedentária. Um pedômetro pode ajudar nessa missão. “Fazer uma estimativa da distância que deve ser percorrida e usar um frequencímetro com GPS para calculá-la também é indicado”, diz José Kawazoe Lazzoli.

25.10.13

COMO VAI A SAÚDE DE SEUS PÉS?

Os pés normalmente são negligenciados no trabalho corporal, mas, como qualquer parte do corpo, têm articulações, músculos, cápsulas e ligamentos, necessitando ser mobilizados, alongados e fortalecidos para se tornarem e se manterem saudáveis.
Pés mal tratados podem comprometer a saúde de todo o corpo, incluindo da coluna e de outras articulações. Pisar mal pode vir a ser a causa de cefaleias, dores nas costas, escolioses e lordoses, além de problemas nos ombros, nos membros inferiores, na pélvis ou em outras partes do corpo, principalmente quando combinamos isso com carregar peso excessivo.
Os pés são a base do corpo humano e têm a função de prover estabilidade, além de exercer funções importantes como a marcha. Qualquer lesão ou machucado pode acarretar assimetria e problemas de toda ordem neuro-musculoesquelética. O pé é a extremidade dos membros dos animais terrestres que assenta no solo. No homem e em outros bípedes, o termo se aplica apenas à parte final das extremidades inferiores.
Cada pé tem 26 ossos, cerca de 20 músculos, ligamentos, tendões, tecidos que atuam como amortecedores, absorvem e fazem a transdução do impacto de nossa pisada no chão para as articulações acima.
Os ossos dos pés formam uma plataforma mantendo a distribuição adequada para o equilíbrio dinâmico e, sendo uma unidade funcional, "os ossos do pé também transferem o peso do calcanhar para a parte anterior do pé, impulsionando a marcha".
Segundo o francês Eric Viel (2007) "a reverberação dos choques no calcanhar dissipa-se no esqueleto e nos músculos do membro inferior, passa pela pelve, para ser amortecida nos discos intervertebrais, e atinge a cabeça". Daí podemos perceber a importância de incluir os pés como parte fundamental dentro de um programa de exercícios.
"Uma rede de músculos, tendões e ligamentos move, suporta e mantém os ossos do pé na posição certa. Ajuda-nos a manter o equilíbrio sobre superfícies desiguais, proporcionando-nos a propulsão, elasticidade e flexibilidade necessárias para caminhar, saltar e correr."
Os músculos dos pés são divididos entre intrínsecos e extrínsecos. Suas funções incluem mover e estabilizar os dedos no chão, suportar o arco, levantar os dedos e controlar os movimentos do tornozelo etc. Os ligamentos fixam os tendões no lugar e estabilizam as articulações sendo a fáscia plantar, a estrutura mais longa do pé "que forma o arco entre o calcanhar e os dedos e permite manter o equilíbrio e caminhar".
Segundo Eric Viel, 2007, "O pé age, ao mesmo tempo, como uma mola de lâmina ao se deixar comprimir, e como amortecedor hidráulico dissipando uma parte das forças. Por essa razão, ele foi comparado a um amortecedor de choques e para cumprir eficazmente a sua função o pé deve ser flexível. O recebimento do peso do corpo determina, nas pequenas articulações, movimentos complexos de deslizamento e de rotação nos três planos no espaço. Rigidez é sinônimo de início das dores". O pé deve ser flexível e proporcionar uma sensação de leveza e flutuação.
Esse tema foi abordado durante a Conferência Internacional da PhysioPilates - Polestar, por Trent McEntire, conferencista internacional e presidente do conselho de administração da Pilates Method Alliance (PMA), uma Associação Internacional de profissionais de Pilates, fundada há 10 anos nos EUA, que vem definindo parâmetros para o Pilates. Trent chamou nossa atenção para a importância da saúde dos pés e alertou sobre a importância de estimular essas estruturas para uma melhor deambulação e postura.Ministrou exercícios específicos para desenvolver a inteligência, a força e a mobilidade dos pés incluindo o uso da banda elástica. Os participantes do workshop relataram uma sensação de flutuação e equilíbrio em todo o corpo após as práticas.
Os pés são divididos em três partes: Tarso - a parte superior, que se liga com os ossos da perna; metatarso - a parte mediana; e dedos que são as extremidades. Algumas partes dos pés são denominadas vulgarmente de "planta do pé" - a parte do pé que apoia no solo; é formada pelo calcanhar e pela face inferior dos ossos do metatarso e das falanges e é coberta por uma pele mais espessa do que no resto do corpo; "calcanhar" que é o osso calcâneo; "tornozelo", que é a articulação do pé com a perna.
Existem alguns tipos de pés. O pé plano ocorre pela queda do arco longitudinal do pé. Os ossos do tarso tendem a formar uma linha reta em vez de um arco, perdendo a função de amortecimento.Também temos o pé cavo, em que o arco longitudinal é muito acentuado, há excesso de pressão nas cabeças dos metatarsos que estão abaixadas, com formação de calosidades e fascite plantar. Também existem outros tipos de desalinhamentos:os pronados, quando o peso cai para dentro, os supinados, quando o peso está mais para a borda de fora do pé, entre outros. O apoio anormal leva também à formação de calosidades plantares e à metatarsalgia crônica. A persistência dessas alterações leva à artrose precoce, necessitando de exercícios de alinhamento, mobilização, propriocepção e força na sua trama de ossos, músculos, tendões, cápsulas etc.
Existem duas fases da marcha chamadas de apoio e oscilação, que são subdivididas em subgrupos nos quais o pé tem grande importância. Qualquer alteração numa dessas fases, seja por comprometimento no pé ou em qualquer outra área do corpo, pode causar lesões ou desequilíbrios afetando o corpo como um todo. Outras estruturas importantes do corpo fazem coordenação com a passada do pé: joelho, quadril, a posição do tronco e a cabeça, sendo importante manter essas áreas alinhadas para uma melhor harmonia.
Os ossos dos pés são projetados para se articularem e a mobilização deve ser estimulada e em conjunto com outras partes para oferecer uma melhor movimentação nas atividades de vida diária, de vida profissional ou de recreação. Mas quem é que cuida dos pés e das suas articulações?
Durante nossa evolução de vestuário foi necessário o uso de sapatos para cumprirmos com os nossos compromissos e, por questões estéticas, desenvolvemos modelos cada vez mais exóticos, que enchem os olhos de homens e mulheres. Mas, nem sempre esses sapatos são confortáveis para os pés e, com freqüência, torna-se um sacrifício para todo o corpo e para os próprios pés equilibrar-se sobre eles.
Para uma festa, escolhemos os sapatos mais bonitos, e não temos a urgência de nos preocupamos com o conforto, por ser uma situação extraordinária ou pontual. Mas imaginemos quem precisa utilizar um sapato de salto alto para trabalhar e necessita ficar de seis a oito horas por dia, todos os dias, com aquele calçado?
Já observaram a postura de pessoas que caminham de um lado para o outro com sapatos de salto alto ou apertados? Caminham em bloco, esquecendo-se de articularem esses ossos tão importantes, perdendo a sensação de flutuação que um pé bem trabalhado pode dar a todo o corpo. Esses indivíduos estarão mais sujeitos a terem lesões de todo tipo, ao longo de anos.
As mulheres, por exemplo, são candidatas a problemas em pés, tornozelos, joelhos e coluna, por conta do sapato alto. De acordo com Tatiana Abreu, sócia-fundadora da FisioRun Fisioterapia, "os saltos muito altos alteram a biomecânica da passada. Há, ainda, dificuldade na flexão da planta do pé, o que prejudica a circulação e potencializa a tendência ao aparecimento de varizes". Mas, os problemas não param por aí. A fisioterapeuta ressalta que, por conta da posição dos pés, "o salto 'encurta' a musculatura da panturrilha e, consequentemente, também o tendão de Aquiles. Dores no joelho, no arco anterior dos pés, joanetes, calos, tendinites, unhas encravadas e danos à coluna são outros problemas causados pelo salto alto". O salto alto muda a pisada normal, o apoio da carga desarrumando os ossos do pé, impedindo a sua mobilização, alterando o equilíbrio, o centro de gravidade e comprometendo a relação de alinhamento e sobreposição da cabeça, ombros, cintura pélvica e pés, sendo assim, potencializador de diversos problemas na coluna, quando utilizados em excesso.
É necessária uma mudança de hábitos como a de escolher cuidadosamente calçados mais adequados e avaliar sua marcha com regularidade.
Algumas patologias são chamadas de "síndromes" do pé e são percebidas quando surgem manifestações de: mialgia, tendinite, neurite, distensão, bursite de calcâneo,fascite plantar, metatarsalgia, calcâneo doloroso, dor no ante-pé, sesamordite, calosidade, fraturas,esporão e todas elas causam alterações na postura.
Essas síndromes devem ser investigadas e tratadas de imediato, para evitar lesões de maior impacto, porém o melhor caminho é a prevenção, com o trabalho diário de aquecimento, alongamento, fortalecimento muscular e consciência corporal.
É clara a importância da atenção e cuidados preventivos para evitar as alterações nessas estruturas de base, contribuindo, assim, para a diminuição da extensão dos desequilíbrios que desencadeiam nas estruturas superiores.

20.10.13

PRINCIPAL CAUSA DA CONFUSÃO MENTAL NO IDOSO


Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta: 
- Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental? 
Alguns arriscam: *"Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não". 
Outros apostam: "Mal de Alzheimer" 
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma se espanta... E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três 
responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária; 
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica. 
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas:
1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, sopa e frutas ricas em água como: melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar 
algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!
2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção! É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.
"Líquido neles e rápido para um serviço médico".

Arnaldo Lichtenstein, médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

2.10.13

EXERCÍCIO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

A inatividade é uma característica das sociedades modernas, em que o progresso e a tecnologia afastaram a necessidade da atividade física, antes fundamental para a sobrevivência do ser humano.
A associação entre o sedentarismo e a ocorrência de doenças cardiovasculares já foi estabelecida há quase 5 décadas, tendo sido demonstrada uma clara relação de dose e efeito entre a prática de atividades físicas e a ocorrência de eventos coronarianos fatais e não-fatais (p. ex.: infarto do miocárdio, angina do peito, morte súbita, etc.). O tipo de atividade física parece ter pouca relevância na obtenção desse efeito, importando mais o gasto calórico dispendido.
Á medida que aumenta o gasto calórico, diminui progressivamente o risco de um problema cardiovascular. Um gasto calórico superior a 2000 kcal por semana através de exercícios parece não adicionar nenhum benefício na prevenção de coronariopatias. A proteção do exercício se manifesta somente naqueles que estão se exercitando regularmente.
O fato do indivíduo ter sido um grande atleta no passado não confere proteção caso ele tenha voltado a ser sedentário. Ou seja, "exercício não é vacina", que é feita uma vez na vida e a proteção dura para sempre. A chave é manter-se sempre em atividade. As razões exatas para o efeito protetor do exercício regular não são ainda totalmente compreendidas, mas, com certeza, o efeito sobre alguns dos fatores de risco tradicionais é parte importante dessa proteção.
Fatores de Risco para Doença Cardiovascular
Os fatores de risco para doença cardiovascular são os principais responsáveis pelo desenvolvimento das placas de aterosclerose, que entopem as artérias. Dentre os fatores de risco tradicionais, o exercício regular é capaz de influenciar positivamente o perfil lipídico, a obesidade, a resistência à insulina e a hipertensão arterial.
Em relação ao perfil lipídico, ele promove o aumento das lipoproteínas de alta densidade, consideradas como sendo o "bom colesterol" (HDL - colesterol), que é capaz de retirar a gordura que deposita-se no interior das artérias, gerando as placas de aterosclerose. Ele diminui os níveis de triglicerídios e o efeito deletério das lipoproteínas de baixa densidade, também chamadas de "mau colesterol" (LDL - colesterol), responsáveis pelo depósito de gordura dentro das artérias.
Parte do efeito obtido pelo exercício passa pelo controle da obesidade. Os indivíduos que aderem a um programa de exercícios, além de gastarem mais calorias, eles demonstram maior capacidade em seguir uma dieta alimentar, facilitando a perda de peso. Nos adultos, o desenvolvimento de Diabete Melito ocorre pela resistência ao efeito da insulina e não pela falta dela. A insulina disponível, em quantidade suficiente, não consegue fazer com que a glicose (açúcar) penetre nas células e possa ser metabolizada.
O exercício diminui essa resistência à ação da insulina, facilitando a entrada da glicose na célula e retardando o aparecimento do quadro de Diabete Melito. Nos indivíduos que apresentam aumento sustentado da pressão arterial e começam a exercitar-se, observa-se discreta redução dos níveis pressóricos, que, em alguns casos, permite a redução, ou mesmo a suspensão da medicação anti-hipertensiva.
Arritmias Cardíacas
A ocorrência de descompassos no ritmo cardíaco, conhecidos como arritmias cardíacas, podem ser, tanto destituídos de qualquer significado clínico, como, em casos especiais, podem representar uma ameaça à vida. Um dos fatores responsáveis pela ocorrência dessas arritmias é a liberação de grandes quantidades de adrenalina durante momentos de grande tensão emocional ou durante exercício físico intenso e abrupto.
O treinamento físico diminui a quantidade de adrenalina que é liberada durante situações críticas, reduzindo o impacto sobre o coração. Um sedentário tem 100 vezes mais risco de ter uma parada cardíaca durante um exercício intenso e abrupto, ao qual ele não esteja habituado. Já um indivíduo bem condicionado fisicamente apresenta um risco apenas 2,5 vezes maior.
Risco de Trombose
O mecanismo principal de vários eventos cardiovasculares é a formação de um trombo dentro das artérias, provocando a oclusão do vaso e a interrupção do fornecimento de sangue. Como esse é um processo dinâmico, á medida que o trombo vai sendo formado, o organismo também vai desfazendo o trombo, através da fibrinólise. Através do exercício regular, é possível promover o aumento da fibrinólise, prevenindo a ocorrência de fenômenos trombóticos agudos, como o infarto do miocárdio.

26.9.13

DICAS PARA COMBATER O MAU HÁLITO

mau hálito‏



Se tem uma coisa que é bastante constrangedor e incômodo é o mau hálito. Esse problema que atinge mais pessoas do que se imagina, pode atrapalhar de verdade, a vida social de qualquer um, especialmente em situações como uma reunião de negócios, uma entrevista de emprego, ou mesmo um encontro casual com os amigos.
Esse tipo de problema acaba contribuindo que as pessoas ao redor se afastem do “portador do problema”. E o mais intrigante é que na maioria das vezes, a pessoa nem percebe que tem mau hálito (halitose). As causas podem ser variadas: falta de higiene bucal, determinados alimentos, problemas periodontais ou do trato digestivo.
O mau hálito não precisa ser uma condição permanente. Por mais difícil que seja encarar esse problema, é preciso ir em frente, pois na maioria dos casos, apenas algumas mudanças são necessárias para dar fim ao problema. O ideal é descobrir a origem causadora da halitose e assim trata-la da melhor maneira possível.


Veja 11 dicas que ajudam a combater o mau hálito

1. Escove os dentes com mais frequência
Ao fazer isso, você estará removendo bactérias ruins que possam estar causando esses odores. Os especialistas dizem que em 90% dos casos, a origem do problema está na boca. Portanto, cuidado redobrado na hora da higienização bucal, especialmente na língua pois nela se acumulam resíduos de alimentos e restos de células que descamam do epitélio lingual, causando fermentação e liberando substâncias ricas em enxofre, que por sua vez acaba causando o mau hálito.
Pra tornar a limpeza dos dentes, gengivas e língua ainda mais eficaz, além da escova dental convencional, utilize também fio dental ou escova interdental e raspador ou higienizador lingual para a higienização da língua. No caso da Halitose ter origem patológico é preciso recorrer a tratamentos especializados.
2. Enxague bem a boca após as refeições
Depois de comer, certifique-se de enxaguar bem a boca, retirando todas as partículas de alimento que eventualmente grudaram em sua boca. Além de ajudar na retirada de resíduos de alimentos presos nos dentes e gengiva, essa ação também ajuda a retirar o cheiro da comida que você acabou de comer. Use produtos de enxágue bucal ou antissépticos bucais que contenham dióxido de cloro.
3. Evite cremes dentais que contenham Lauril Sulfato de Sódio
Pastas de dente que tenham em sua composição o Lauril Sulfato de Sódio causam o aumento no ressecamento da mucosa bucal e descamação epitelial, duas das principais causas do mau hálito (Halitose). Portanto, procure comprar marcas que não contenham essa substância química.
4. Evite balas e gomas que contenham açúcar
Muitas pessoas recorrem às balas de hortelã ou menta para aliviar o problema, mas o ideal é evitar as que contem açúcar, pois como sabemos, as bactérias amam açúcar e ao consumir balas e chicletes açucarados você estará contribuindo para que elas se proliferem ainda mais. 
5. Consuma menos carne e coma mais vegetais e frutas
Comer menos carne e passar a introduzir mais fibras na alimentação, como legumes e frutas ajudam a combater a halitose de forma eficaz. Mastigar salsa, tomilho e alecrim ajudam a prevenir o odor bucal, pois contém clorofila, uma substância química encontrada em plantas que é considerado um aliado para combater o mau hálito.
6. Não faça jejum prolongado
Fazer jejum por um período prolongado pode causar mau hálito pois com o estômago vazio, o suco gástrico passa a ser sentido na boca. Com a correria do dia a dia, muitas pessoas dispensam o desjejum, o que é um grande erro. A dica vale também para os longos intervalos que muitos fazem entre uma refeição e outra.
7. Ingerir mais água ao longo do dia
A baixa ingestão de água também pode causa mau hálito pois contribui para a secura da boca. Se você toma certas medicações, então a hidratação deve ser redobrada pois algumas delas podem deixar a boca ainda mais seca. Certifique-se de beber no mínimo 8 copos de água por dia pois a água ajuda a manter a boca hidratada, ajudando na formação da saliva, que atua como um antibacteriano natural.
8. Evite certos alimentos
Alguns alimentos tendem a causar ou acentuar o problema da halitose, como o alho, cebola, refrigerante, suco de laranja, algumas especiarias e queijo. O alho contém compostos de enxofre que quando metabolizados, produzem sulfureto de metilo, que acaba sendo excretada pela boca, causando o mau cheiro bucal.
9. Deixe o tabagismo
Bom, não é novidade para ninguém, mas a nicotina é um dos vilões causadores do mau hálito. Aderir a este hábito não só vai prejudicar o seu hálito e saúde bucal como também vai expor seu corpo a muitos problemas de saúde a longo prazo. Portanto, o recomendável é abandonar esse péssimo hábito o mais rápido possível.
10. Visitas periódicas ao dentista
Visitas periódicas ao dentista é um requisito essencial para manter conservar a saúde oral em qualquer idade. O dentista é um dos melhores profissionais que podem ajudar a identificar a causa real do mau hálito e indicar as melhores soluções para o problema. Se ele perceber que o problema não está na boca e sim em outra parte do corpo, com certeza ele indicará o especialista ideal para averiguar a causa da halitose.
11. Procurar o especialista indicado
Muitas vezes, a causa do problema não está na boca e portanto é necessário uma investigação clínica para descobrir a origem do problema. Algumas doenças podem causar a halitose como diabetes, doença hepática, doença renal, sinusite, inflamação das amídalas e problemas estomacais como refluxo, neoplasia e prisão de ventre.
Descobrir as causas do mau hálito é o primeiro passo para se livrar deste problema desagradável de uma vez todas. Mau hálito não é uma condição permanente. Com tratamento é possível ter resultados satisfatórios e desta forma recuperar a autoestima perdida por esta condição tão incômoda para todos que dela sofrem.

14.9.13

FALTA DE EXERCÍCIO FÍSICO REDUZ EXPECTATIVA DE VIDA EM ATÉ 10 ANOS...


Quem pratica exercícios físicos regularmente reduz em até 50% a chance de
desenvolver doenças crônicas, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares.

A falta de atividade física pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida. Já quem se exercita reduz em até 50% a chance de desenvolver doenças crônicas, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares. Por isso, a atividade física foi considerada pelos especialistas do Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino Americana a forma mais eficiente para combater a epidemia da obesidade
O encontro, que reuniu mais de 130 especialistas e pesquisadores em nutrição e saúde pública em todo o continente, contou com a participação de John Dupley, da Universidade de Rosário, na Colômbia, que apresentou provas científicas dos benefícios da atividade física em todas as áreas da saúde. Segundo ele, fazer uma hora de exercício moderado por dia ativa cerca de 800 genes que contribuem para a manutenção da boa saúde, bem como para reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças fatais, como câncer, diabetes e derrame.
“Cinco intervenções no estilo de vida podem reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo dois em até 90%: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado”, explicou Dupley.
De acordo com os participantes do evento, o exercício e os cuidados com a alimentação são as melhores formas de combater os problemas associados ao ganho de peso. "O controle inadequado do balanço energético é provavelmente a principal causa de obesidade que afeta a América Latina", disse o Fernando Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do simpósio. Segundo o pesquisador da Universidade de Sonora, Mauro Valencia, o gasto energético total de um indivíduo está determinado pelo gasto do próprio metabolismo, o efeito termogênico dos alimentos e o gasto pela atividade física que é o mais variável.

“Um dos fatores determinantes no ganho de peso da população nos últimos anos é o aumento do consumo de ingestão de gordura, e não de carboidratos e açúcares, já que as gorduras têm um maior impacto no desequilíbrio de energia”, defendeu  Eric Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição sobre Obesidade da Universidade do Estado de Louisiana. Segundo o especialista, o metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e gorduras. Enquanto os primeiros vão para o fígado, e servem para proporcionar energia ao músculo esquelético, as gorduras praticamente servem para desenvolver o tecido adiposo levando ao aumento de peso e medidas.

7.9.13

ATIVIDADE FÍSICA X DOR DE CABEÇA

A lista de benefícios proporcionados pelos exercícios físicos parece não ter fim. Mas, acredite, os especialistas conseguiram descobrir mais um: eles amenizam as crises de dor de cabeça.
Não se espante caso um dia saia do consultório médico com a seguinte prescrição para as têmporas doloridas: sue a camisa, de preferência gastando a sola do tênis ou pedalando. É o que se conclui dos resultados obtidos pelo primeiro estudo epidemiológico sobre dor de cabeça realizado no Brasil. Assinado pelos neurologistas Luiz Paulo de Queiroz, da Universidade Federal de Santa Catarina, e Mario Peres, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o trabalho ouviu 3 848 pessoas escolhidas aleatoriamente, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 79 anos, em todo o país. 
O objetivo foi estimar a prevalência de enxaqueca e cefaleia — nome científico da dor de cabeça comum — entre os brasileiros. Além disso, procurou avaliar a relação entre esses tormentos e hábitos do dia a dia, como a prática regular de exercícios físicos. No final, os dados da pesquisa são um estímulo e tanto para todo mundo levantar da cadeira e se mexer — aliás, não só para quem vive com a sensação de que a testa está prestes a explodir. "Os sedentários apresentaram 43% mais enxaqueca e 100% mais cefaleia crônica, com crises diárias, do que os indivíduos que se exercitam", conta Queiroz. A explicação para esse elo entre menor incidência de dor de cabeça e malhação está nos nossos neurônios. "Os exercícios aumentam a produção de endorfinas, neurotransmissores que proporcionam bem-estar. Eles funcionam como uma morfina natural", compara o médico. 
O especialista em medicina do esporte Moisés Cohen, também da Unifesp, acrescenta: "Alguns artigos sugerem que outras substâncias liberadas durante a atividade física, como a epinefrina e os esteroides, podem estar por trás do alívio". A melhora na circulação sanguínea, que provoca um aumento da oxigenação cerebral, é mais um fator que colabora para o fim das dores. "Sem contar a diminuição do estresse", complementa a neurologista Norma Fleming, coordenadora responsável pelo Ambulatório de Cefaleia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Associação de Dor do mesmo estado. Como as endorfinas estão diretamente ligadas a uma menor ocorrência de crises, os exercícios mais indicados para o combate da dor de cabeça são aqueles que mais estimulam a liberação dessas substâncias — os aeróbicos, como a caminhada, a natação e a corrida de baixo impacto. "Os exercícios de fortalecimento muscular também produzem algum efeito, porém em menor grau", nota o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
"As atividades que envolvem relaxamento, como o alongamento e o Pilates, também podem ajudar a diminuir os sintomas, graças ao bem-estar que proporcionam", observa o neurologista e especialista em dor Eduardo Barreto, coordenador do Serviço de Neurocirurgia da Rede D’Or, que compreende hospitais e laboratório no Rio de Janeiro. Em relação a frequência, para que a melhora da dor seja flagrante, os especialistas recomendam suar a camisa três vezes por semana, entre 30 e 60 minutos. "Mas, no meu estudo, até mesmo aqueles que fizeram uma única sessão semanal de exercícios apresentaram uma diminuição nas crises", afirma Luiz Paulo de Queiroz. 
Além de privilegiar os esportes aeróbicos, a maneira como se pratica a atividade física conta muito. Se for feita de maneira incorreta, o feitiço se volta contra o feiticeiro — em vez de mitigar a dor, a malhação acaba por torná-la mais forte e, pior, pode aumentar o número de episódios de crise. "Os exercícios muito intensos ou realizados sem o devido aquecimento não são bem-vindos, especialmente para quem vive com dores de cabeça", alerta José Kawazoe Lazzoli.
Outra: para que o esporte só produza alívio, é fundamental alimentar-se bem antes e depois dos treinos. Respirar em um ritmo normal ao exercitar o corpo é igualmente recomendação importante. A tendência é prender a respiração quando a gente se esforça em demasia porque a glote, estrutura que se localiza na laringe e que impede a entrada dos alimentos nas vias respiratórias, se fecha. Mas daí a pressão arterial se eleva, o fluxo sanguíneo em direção à cabeça cai e, ui, não demora para aquela sensação ruim pintar na testa e adjacências. Além disso, só saia correndo por aí após se submeter a uma avaliação médica. "O aval de um especialista, assim como o acompanhamento de um fisioterapeuta ou fisiatra quando o indivíduo tiver problemas posturais, é imprescindível", lembra Barreto. Infelizmente, nem todo mundo encara a atividade física como aliada contra as dores que atormentam a cabeça. "Existem trabalhos que, ao contrário, afirmam que a enxaqueca, em alguns casos, pode ser desencadeada pelos exercícios", conta Moisés Cohen. "Nos pacientes em que a crise é provocada pelo esporte, o problema ocorre mesmo quando ele é praticado corretamente", lamenta Norma Fleming. Ainda bem que casos assim são mais raros. "Fazer um diário da dor ajuda a identificar se esse é um dos agentes que funcionam como gatilho para o desconforto — ou se é o oposto, quer dizer, uma maneira de alívio", dá a dica Barreto. E claro: ninguém deve fazer nenhum tipo de atividade física em plena crise de enxaqueca. "Nessa situação, sim, os exercícios podem exacerbar o problema", alerta Luiz Paulo de Queiroz. Para quem não se encaixa nesse perfil — o que vale para a maioria — , a suadeira pode ser o melhor remédio.
Numa crise, onde dói?O desconforto não se origina na massa cinzenta. Aliás, o cérebro, em si, não tem nervos e, portanto, é incapaz de sentir sua própria dor. Os músculos e os vasos sanguíneos da cabeça, estes sim, são bem vulneráveis, abrigando fibras nervosas que disparam mensagens dolorosas por qualquer bobagem. O couro cabeludo, os ossos da face e as meninges, membranas que envolvem o cérebro como uma capa protetora, também são capazes de levar uma pessoa a urrar de sofrimento.
Os benefícios do corre-corre
1.
 Durante a atividade física, o organismo libera as endorfinas, neurotransmissores que funcionam como um analgésico natural. "Elas agem bem nos centros reguladores da dor, que ficam no tronco cerebral, na base da massa cinzenta", descreve Luiz Paulo de Queiroz.
2. Ao movimentarmos o corpo, a circulação melhora e, de quebra, o aporte de oxigênio para a cabeça. Isso já traz um alívio. Para completar, o exercício contribui para evitar alterações no calibre dos vasos, fenômeno típico das enxaquecas.
3. Exercitar-se ajuda a emagrecer. E, entre os diversos benefícios da perda de peso, está a diminuição na quantidade e na intensidade dos episódios de crise. Isso porque o excedente de gordura corporal eleva o nível de substâncias inflamatórias, que também estão por trás da dor de cabeça.
4. Os exercícios diminuem o estresse e, por tabela, as famigeradas dores. Não à toa. Há uma queda nas taxas dos hormônios secretados em resposta às emoções negativas, que são um gatilho para o problema. Sem falar na diminuição da tensão muscular, outra que só atrapalha.
O jeito certo de se exercitarComece devagar, principalmente se você é um iniciante. Não se esqueça de alongar-se, antes e depois da malhação, e de fazer um aquecimento. Procure o tipo de exercício que mais lhe dá prazer para que ele não se transforme em mais uma fonte de estresse.
Nem pense em começar a se mexer antes de visitar um médico. Com esse zelo, males preexistentes, como eventuais problemas de coração, poderão ser detectados, impedindo ocorrências graves. E repita a avaliação periodicamente.
Três vezes por semana, por cerca de 30 minutos — essa é a recomendação básica para que o organismo desfrute dos benefícios da atividade. Conforme o tempo vai passando, é possível aumentar esse período.
Uma hora e meia antes do treino, coma uma fonte proteica, que ajuda a recuperar e preservar os músculos. Uma hora antes, ingira carboidratos como os dos pães integrais, que contribuem para a queima de açúcares e gordura durante o exercício. Depois da aula, faça um lanche com os dois nutrientes. Ah, hidrate-se o tempo todo.

Erros dolorososIr com muita sede ao pote logo no primeiro treino decididamente não é uma boa ideia. As chances de acordar quebrado no dia seguinte e só conseguir voltar à academia depois de, pelo menos, uma semana são grandes.
Malhar de estômago vazio, assim como passar muito tempo sem comer após a atividade, é uma roubada. Com glicose de menos no sangue, os vasos tendem a se contrair.
Por outro lado, exercitar-se apenas por alguns minutos e voltar a treinar só depois de muito tempo também não é legal. Para obter todas as benesses da atividade física, o certo é manter a frequência regular.
A pressa de começar a se exercitar é tão grande que perder tempo em uma consulta médica está fora de cogitação? Cuidado. Isso pode causar uma dor de cabeça ainda maior se você tiver algum problema mais grave enquanto se exercita.

31.8.13

JÁ OUVIU FALAR EM AMBLIOPIA?

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O QUE É AMBLIOPIA?

A Ambliopia ou “olho preguiçoso” é um déficit que acontece em uma parte do cérebro e acaba por afetar a visão de um dos olhos, justamente por esta razão, esse olho acaba não sendo exercitado o quanto precisa quando comparado ao outro olho saudável e com o passar do tempo este lado da visão acaba passando despercebido, podendo até causar cegueira total por não “aprender a ver”.
O ideal é que essa doença seja diagnosticada até os oito anos de idade, por isso é importante ficar atento à saúde ocular das crianças.
Exemplos do que pode causar a ambliopia são: Um erro refracional (grau), ou seja, quando há a necessidade da correção através de óculos ou lentes de contato, mas esse tratamento não ocorre ou não é feito adequadamente; A própria Ambliopia por privação que surge a partir de qualquer obstáculo à formação de imagem nítida na retina, como a catarata congênita, ptose palpebral, hemangiomas; E o estrabismo, quando a criança usa apenas o olho alinhado e trabalha seu cérebro para suprimir a imagem do outro olho para não ter visão dupla.
Contudo, existe tratamento, porém, alguns especialistas acreditam que este problema passa a ser irreversível quando não tratado antes dos dez anos de idade, já outros mais otimistas dizem que é possível melhorar essa acuidade visual em qualquer idade.
Para que o sucesso da reversão seja maior é importante cuidar, observar e fazer exames rotineiros em crianças a partir dos 3 ou 4 anos de idade.

25.8.13

MUSCULAÇÃO PODE GERAR PROBLEMAS DE COLUNA?




Este MITO é comumente encontrado nas academias quando se trata de alunos muito jovens (13 a 18 anos), que nunca treinaram. Normalmente pais e/ou médicos recomendam outras atividades sem pesos, como natação, desportos ou lutas, com a justificativa de que exercícios com pesos sobrecarregam a coluna vertebral.
Mas será que estes pais e médicos já pararam para pensar, que na maioria dos desportos, os praticantes e atletas podem desenvolver mais um lado do corpo do que o outro, já que dificilmente encontramos praticantes com a mesma habilidade em ambos os lados? Tenistas destros por exemplo, tem o braço direito visivelmente maior que o esquerdo e isso gera um desequilíbrio muscular que é o principal causador de ESCOLIOSES, porém, graças a MUSCULAÇÃO, esta característica pode ser amenizada. E assim serve para todos os esportes, ou seja, a MUSCULAÇÃO é a “salvadora” dos atletas, prevenindo e recuperando lesões, obviamente quando BEM ORIENTADA. 
Outro exemplo que podemos lembrar, é que antes mesmo de iniciarem nas academias, estes jovens passaram a infância carregando mochilas lotadas de cadernos e livros, sem a mínima orientação de como transportá-las ou o quanto de peso é ou não prejudicial, não só para a coluna vertebral, como também para as outras articulações. E com toda a certeza, se tivessem realizado fortalecimentos adequados desde esta época, minimizaria muito a ocorrência de desvios na coluna em muitas crianças. Além disso, quem não se lembra das aulas de educação física começando a todo vapor, sem um aquecimento prévio ou tênis adequados, até mesmo porque não se dava a mesma importância a estes fatores como nos dias de hoje? E na mesma aula, quem não se lembra daquele colega gordinho quase sem ar, por não conseguir correr 20 metros, já que o conteúdo das aulas sempre foi o mesmo para todos os alunos?
Seria então a musculação, orientada por um professor, com as fases de adaptação, progressão de cargas e movimentos, que iria causar danos na coluna vertebral?
Daí a importância da ANAMNESE para o professor saber o histórico de vida e saúde do aluno, e das avaliações física, funcional e postural, para que assim, se possa ou não detectar algum desvio na coluna, avaliar o grau de condicionamento físico, percentual de gordura, e assim, a elaboração do treino ser a mais adequada possível ao perfil do praticantes.

16.8.13

A QUEIMA DE GORDURA SÓ É INICIADA A PARTIR DE 20 MINUTOS DE EXERCÍCIO AERÓBIO?

Esta afirmação não procede (ainda bem!).
A gordura é um combustível utilizado como fonte de energia desde o início do exercício, seja aeróbio (corrida, caminhada, pedalada...) ou de resistência (musculação, aulas coletivas com pesos...), porém, é liberado pelo organismo de forma lenta (nos exercícios moderados e bem tolerados), enquanto os carboidratos são liberados de forma mais rápida (nos exercícios de alta intensidade).
A frequência cardíaca (FC), que é o número de batimentos cardíacos por minuto, é o melhor indicador para determinar a fonte de energia (combustível) utilizada durante o exercício. 
Para utilizar a gordura, o ideal é a FC estar entre 65 e 75% da FC máxima. FC máxima é o maior número de batimentos que o coração consegue efetuar em um minuto e é calculada da seguinte forma: 220-idade.
Por exemplo: uma pessoa de 30 anos, a FC máxima será 220 - 30 = 190 bpm (batimentos cardíacos por minuto). Portanto, a FC durante o exercício para a queima de gordura deverá estar entre 65 e 75% de 190 (190 x 0,65 e 190 x 0,75), ou seja, entre 124 e 143 bpm.
Acima de 75% da FC máxima, o combustível serão os carboidratos. Estes exercícios de alta intensidade são utilizados para melhorar o condicionamento físico e são tolerados por menos tempo. Eles também tem um gasto calórico maior devido ao maior esforço exigido.
Uma ótima opção é alternar os 2 tipos de exercícios durante a semana, de acordo com o objetivo e condicionamento físico de cada um. Um dia na semana deverá ser de descanso para preservar as articulações e o organismo se recompor dos esforços submetidos.
Na musculação, o programa de exercícios poderá ser elaborado para qualquer objetivo. Por exemplo, para a queima de gordura, poderá ser feito 3 vezes por semana, um circuito que trabalhe membros superiores e inferiores alternadamente, com intervalos pequenos a cada 3 exercícios consecutivos. Após a musculação, para melhorar o condicionamento físico e aumentar o gasto calórico, sugiro um exercício aeróbio intervalado (alternando as intensidades) que pode ser feito após a musculação, por 20 a 30 minutos.
Nos outros dias da semana (2 dias), a musculação poderá ter a ênfase em algum grupo muscular. No caso das mulheres, nos membros inferiores e dos homens, membros superiores. E mais 1 dia na semana poderá ser complementado com exercício aeróbio moderado contínuo, por mais tempo, por ser bem tolerado, de 40 a 60 minutos. E um dia na semana deverá ser totalmente off (descanso).
Isso foi apenas uma sugestão, dentre os diversos métodos de treinamento, que podemos adequar a cada caso.
Além disso, os hábitos alimentares deverão estar em harmonia com o objetivo a ser alcançado e assim, os resultados serão notados mais rapidamente.

11.8.13

QUANTO MAIS SUOR, MAIOR SERÁ A PERDA DE GORDURA?


Mais um mito comumente encontrado nas academias, já que muitos alunos acreditam que suar significa perder gordura e sendo assim, muitos se vestem inadequadamente com roupas térmicas (com efeito de sauna), casacos e calças para treinar, inclusive nos dias de calor, o que pode acarretar desidratação, pressão baixa e desmaios!!!
Logicamente, quem transpira mais, imediatamente após o exercício, terá perdido mais alguns gramas na balança do que quem transpirou menos, porém, esta diferença ocorre devido a perda de líquido, não de gordura.
Alguns atletas, como lutadores por exemplo, DEPENDEM da perda de peso (não importando se a perda foi de líquidos, músculos ou gordura), e por isso, fazem o uso de roupas térmicas, diuréticos, etc... para atingirem este objetivo, que muitas vezes prejudicam a saúde do atleta.  Que fique bem claro esta diferença!!!
A perda de gordura durante o exercício deverá ser monitorada através da frequência cardíaca que deverá estar em torno de 50 a 70% da FC (frequência cardíaca) máxima e o professor deverá orientar o aluno qual a frequência deverá ser mantida durante o treino. Isto varia conforme a idade e o grau de condicionamento físico. Por isso é importante para este objetivo, utilizar um frequencímetro.  
Para ocorrer a perda de gordura tão desejada, não há milagres como muitos gostariam, mas sim muita disciplina e dedicação através de treinos e dietas adequadas. O gasto calórico deverá ser maior que a ingestão, não existe outro método!!! E um nutricionista deverá ser consultado para a elaboração de uma dieta adequada às necessidades e objetivos do aluno.
Quanto aos treinos, a ênfase deverá ser nos exercícios aeróbicos, 5 a 7 vezes por semana, por 45 a 90 minutos, podendo ser divididos em 2 sessões diárias. O professor indicará qual o melhor método. Não esquecendo dos exercícios de musculação para não haver flacidez nem perda de massa muscular.