11.12.25

OBESIDADE: CONHEÇA AS CAUSAS DO PROBLEMA

Dia 04 de março é o Dia Mundial da Obesidade. Se você pensa que o principal inimigo do obeso é a balança, está muito enganado. Ela não é uma condição estética, mas sim, uma doença crônica que pode levar ao agravamento de outras doenças. 

Um estudo do renomado Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, foi conduzido por pesquisadores brasileiros e mostrou que aproximadamente 168 mil mortes registradas no país por ano são atribuídas ao excesso de peso, ou obesidade. 

Devido à alta incidência, a obesidade é um problema de saúde pública. Ela causa um grande impacto financeiro ao sistema de atendimento à população.

Em 2018 o Sistema Único de Saúde (SUS) alcançou o gasto de 3,45 bilhões de reais com tratamentos e atendimentos relacionados à hipertensão arterial (pressão alta), diabetes e obesidade. No total, 72% dos custos foram com indivíduos que tinham entre 30 e 69 anos de idade. 

Como saber se alguém é obeso?

Você sabe como definir se uma pessoa é obesa ou não? O excesso de peso pode ser estimado pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC). 

Este é o padrão internacional para avaliar o grau de sobrepeso. Ele é calculado dividindo o peso (em Kg) pela altura ao quadrado (em metros). 

As pessoas com o IMC alto têm maior disposição a desenvolver doenças crônicas como: diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e câncer. 

A melhor forma de tratar um problema é eliminar suas causas. Porém, no caso da obesidade, isso é um desafio, já que se trata de um problema multifatorial. 

Como a obesidade está ameaçando os brasileiros?

Alguns dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 mostraram a mudança do perfil dos brasileiros com relação à obesidade. 

Em 2009, 1 em cada 4 adultos brasileiros era obeso. A obesidade entre pessoas com 20 anos ou mais em 2002/2003 era de 12,2%. No ano de 2009 essa porcentagem havia aumentado para 26,8%. 

A porcentagem de pessoas com 18 anos ou mais obesas era de 25,9% em 2009, o que totaliza 41,2 milhões de pessoas. 

A doença também atinge adolescentes. De acordo com a pesquisa, um em cada cinco brasileiros com idades entre 15 e 17 anos estavam com excesso de peso.  

Já a proporção de pessoas com excesso de peso de 40 a 59 anos chegava a 70,3%. O fato é que a obesidade cresce conforme o avanço das faixas de idade, exceto para pessoas com 60 anos ou mais.

Apesar da obesidade ser um problema complexo e influenciado pela genética, não podemos colocar toda a culpa nela. Afinal, mais importantes que os genes que nós herdamos dos pais são os hábitos que herdamos da família. Eles fazem toda a diferença. 

Quais são os fatores que causam a obesidade?

Vamos falar de alguns hábitos que são “vilões” quando o assunto é obesidade, bem como outros fatores que influenciam no peso corporal. Continue a leitura para saber mais! 

Alimentação inadequada

Doces, produtos industrializados, fast food, carboidratos refinados. O consumo destes alimentos aumenta a probabilidade de se chegar à obesidade. Evitá-los ou até mesmo não consumi-los é a melhor escolha quando se pensa na saúde do organismo. 

Agora, se esses alimentos fazem parte da sua alimentação, você pode estar em dúvida sobre o que comer ou como substituí-los. 

A regra é ter uma alimentação equilibrada. Os carboidratos, por exemplo, são conhecidos por serem os vilões do emagrecimento. Mas tirá-los por completo da alimentação não é a solução. 

Em uma alimentação equilibrada eles devem compor 50 a 60% das calorias consumidas em um dia, fornecendo energia para as atividades. Escolher carboidratos saudáveis (integrais, naturais) e cuidar com seu preparo é  o caminho para consumi-los corretamente. 

Já o açúcar refinado desencadeia uma série de processos prejudiciais para o organismo. Ele faz com que o cérebro libere dopamina, o que é prazeroso, porém viciante e prejudicial.

Para matar aquela vontade de comer um docinho, é melhor optar pelas frutas e alimentos naturais. Assim seu organismo não é prejudicado e você fica longe da obesidade.

Sedentarismo

Vivemos sentados, seja no trabalho, no lazer ou nos estudos. A regra hoje é produzir e nossa rotina nos conduz ao sentar.  Passamos a maior parte do nosso tempo em frente a um computador, à televisão ou mexendo no celular. 

E se você pensa que a única maneira de fugir do sedentarismo é passar horas em uma academia ou praticar algum esporte, está muito enganado. Praticar esse exercício regular é importante, mas movimentar-se ao longo do dia também traz inúmeros benefícios à saúde. 

Até mesmo  os movimentos simples que realizamos no dia a dia e no trabalho podem evitar que desenvolvamos uma rotina sedentária.  

Para a Organização Mundial da Saúde, os indivíduos sedentários são aqueles que não gastam pelo menos 2200 kcal em qualquer tipo de atividade física ao longo de uma semana. 

OMS também afirmou que até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população fosse mais ativa. Segundo as estatísticas, um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividades físicas suficientes. 

Esta inatividade gera um custo em todo mundo de 54 bilhões de dólares em assistência médica e 14 bilhões em perda de produtividade.  

Subir escadas ao invés de usar o elevador, ir até algum local a pé e deixar o carro na garagem, ou até fazer uma caminhada em família em algum parque são boas estratégias para fugir do sedentarismo   

Estresse

Segundo  a Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), o estresse psicológico contribui para o ganho de peso e obesidade. Uma das causas que levam isso a acontecer é o fato de a ansiedade pode levar ao aumento da ingestão de alimentos, ao controle inadequado do apetite e  à compulsão alimentar.   

estudo avaliou a síndrome do comer noturno em estudantes universitários brasileiros. O resultado foi que aqueles que tinham maior nível de ansiedade e sintomas depressivos praticavam mais este tipo de comportamento. 

Em casos de obesidade associada ao estresse é importante encontrar a causa desse transtorno mental e tratá-lo adequadamente. Encontrar maneiras de descansar e também o acompanhamento médico necessário é uma boa alternativa. 

Genética

Alguns fatores estão relacionados à questão genética da obesidade. Alterações hormonais e neurais, que influenciam os sinais de curto e longo prazo relacionados à saciedade e à regulação do peso corporal normal, são determinados geneticamente. 

Também existem evidências de que fatores genéticos podem influenciar o gasto energético, principalmente, a taxa metabólica basal (TMB). 

Microbiota intestinal

A microbiota intestinal humana é composta por uma média de 103 a 104 micro-organismos. Eles formam colônias com trilhões de bactérias, um número que supera a quantidade de células humanas. A alimentação rica em gorduras provoca um desequilíbrio entre microrganismos benéficos e patogênicos. 

A alteração deste equilíbrio afeta também a maneira como o corpo regula o consumo e armazenamento de energia. Portanto, esse é mais um dos fatores que contribuem para a obesidade.   

Fatores demográficos e socioeconômicos

Os fatores socioeconômicos dos indivíduos influenciam grandemente o desenvolvimento da obesidade. 

A falta de conhecimento sobre doenças crônicas como a obesidade e boa alimentação são fatores agravantes em populações de menor renda. Em contrapartida, o fácil acesso a alimentos industrializados também influencia a má alimentação e o crescimento da doença. 

Desmame precoce

Um estudo realizado em Munique, na Alemanha, mostrou que o aleitamento materno reduz em 20% a 25% o risco de obesidade. Cada mês de amamentação materna está associado à redução de 4% no risco de desenvolvimento de excesso de peso. 

O desmame precoce, assim como a introdução alimentar inadequada, são fatores relacionados à obesidade infantil e também à obesidade na fase adulta. 

Para evitar a obesidade  é importante estar bem informado e desenvolver hábitos saudáveis. Mas vamos ser sinceros, nem sempre é fácil.

CORTISOL ALTO: DESCUBRA QUAIS SÃO OS SINTOMAS E COMO EVITÁ-LO

 

O cortisol alto pode ser causar uma série de impactos negativos à saúde. Entenda melhor e saiba o que fazer para prevenir este desequilíbrio hormonal.

 

Ultimamente, tem sido frequente pessoas relatarem uma série de sintomas relacionados ao aumento dos níveis de cortisol.

Realmente, o aumento do cortisol é preocupante. Ele pode causar uma série de sintomas que afetam negativamente as pessoas e, em situações extremas, causar uma síndrome séria.

No entanto, isso não significa que a produção de cortisol é ruim. Nosso organismo precisa de equilíbrio. Por isso, neste artigo, você vai descobrir para que serve o cortisol e o que fazer quando seus níveis extrapolam a normalidade.

O que é o cortisol?

O cortisol é um hormônio que nossas glândulas adrenais — também chamadas de suprarrenais — produzem e secretam em nosso organismo.

Embora o cortisol tenha uma função muito importante quando sofremos uma situação de perigo, ele recebe injustamente o nome de “hormônio do estresse”.

A injustiça ocorre porque o cortisol é importante para diversas funções do organismo. A seguir, você descobrirá quais são as principais:

O cortisol favorece a utilização de energia pelo organismo

Nosso corpo recebe energia através dos alimentos que comemos. Porém, durante a digestão, os nutrientes são transformados em gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas…

O cortisol tem a capacidade de fazer o corpo conseguir utilizar gorduras, carboidratos e proteínas para obter energia. Assim, nós temos condições para realizar as mais diferentes atividades ao longo do dia.

Sem um nível adequado de cortisol, nós nos sentimos sempre desanimados e desmotivados para nossas tarefas de rotina.

Também por essa atuação junto aos carboidratos, proteínas e gorduras, o cortisol é um hormônio que exerce uma grande influência sobre nosso metabolismo.

O cortisol produz resposta ao estresse

É importante destacarmos que o estresse, neste caso, não se restringe a sensação de nervoso que temos devido a um problema ou esgotamento devido à sobrecarga do trabalho.

São situações que nos fazem sair do estado normal de equilíbrio, inclusive em relação a perigos físicos. Nesses momentos, o corpo libera uma grande quantidade de cortisol no sangue.

Devido a essa descarga hormonal, o fluxo sanguíneo aumenta, o coração acelera e o corpo consegue reagir mais rápido. A pessoa se torna mais forte e mais veloz para se defender.

Além disso, existe também o estresse traumático, ou seja, a necessidade de recuperação do organismo diante de uma lesão ou cirurgia, por exemplo.

Mais uma vez, o cortisol tem um papel muito importante na resposta do organismo a esses traumas, atuando para minimizar ou eliminar quadros infecciosos, bem como danos causados por calor ou frio excessivo.

Além de toda esta parte física, reações emocionais também causam aumento do cortisol. Porém, vamos falar delas mais à frente.

O cortisol atua sobre o sistema imunológico

O cortisol também atua sobre o sistema imunológico, ou seja, ele interfere nos mecanismos de defesa do organismo. Ele tem ação anti-inflamatória e imunossupressora.

Por isso, quando o nosso corpo apresenta um estado inflamatório, é muito comum o médico prescrever um medicamento à base de corticoides, porque ele reduz esta inflamação.

Quais são os níveis normais de cortisol?

Como você pode ver, o cortisol tem efeitos benéficos para o organismo. O problema acontece quando os níveis deste hormônio ultrapassam as faixas de normalidade.

Mas talvez você esteja pensando: quais são os níveis normais de cortisol? Na verdade, esta resposta varia.

Você lembra que falamos que o cortisol nos dá energia para as atividades do dia? Por isso, ele começa a se elevar de madrugada, entre 3 e 4 horas, e continua subindo até 9 horas da manhã.

Isso acontece para despertarmos e termos disposição para iniciarmos as atividades previstas para o dia. Porém, depois deste pico, o cortisol começa a cair.

Ele atinge seus níveis mais baixos por volta das 23 horas, que é justamente um horário em que deveríamos estar dormindo, descansando.

Portanto, o cortisol bom é alto no momento em que precisamos agir e baixo no momento em que devemos descansar.

Quais são as causas e consequências do cortisol alto?

No entanto, nem sempre esse sistema de produção e secreção de hormônios funciona assim, perfeitamente. Ele pode sofrer alterações, elevando ou reduzindo os níveis de cortisol.

O cortisol alto pode ocorrer por um excesso de produção do organismo, principalmente quando a pessoa tem determinados tumores ou doenças.

Outras vezes, o cortisol aumenta pelo uso prolongado de medicamentos formulados com corticoides.

O conjunto de sintomas causados pelo aumento de cortisol é chamado de síndrome de Cushing. Embora ela seja mais comum em indivíduos que usam corticoides continuamente, pode surgir em outras pessoas, também.

A longo prazo, níveis elevados de cortisol desencadeiam doenças como diabetes, hipertensão arterial (pressão arterial elevada) e depressão. Até mesmo a atrofia muscular pode surgir em decorrência da síndrome de Cushing.

Também não podemos nos esquecer que níveis extremamente baixos de cortisol não são normais. Trata-se de um quadro de insuficiência adrenal.

Geralmente, a redução dos níveis de cortisol acontece por doenças na própria adrenal, na hipófise ou no hipotálamo.

Todas elas são glândulas que produzem hormônios. No caso da hipófise, trata-se de uma glândula que coordena a produção hormonal em todo o organismo.

Quais são os sintomas de cortisol alto?

Os principais sintomas de cortisol alto — portanto, da síndrome de Cushing — são:

  • aumento de peso;
  • aumento da pressão arterial;
  • arredondamento do rosto;
  • surgimento de manchas roxas e hematomas;
  • fraqueza, desânimo;
  • aumento na quantidade de espinhas e pelos;
  • alterações menstruais;
  • depressão e instabilidade do humor;
  • enfraquecimento dos ossos.

Como tratar o cortisol alto?

Para o tratamento adequado das alterações no nível de cortisol, a pessoa precisa buscar a orientação de um endocrinologista.

Em primeiro lugar, o médico solicita exames para investigar a causa do cortisol alto ou baixo. Somente após essa investigação ele direciona o melhor tratamento.

A boa notícia é que, para grande parte das pessoas, o controle do cortisol depende apenas de ajustes em seu estilo de vida.

Assim, na maioria das vezes, alimentação saudável, prática de exercícios físicos, rotina adequada de sono, controle no tempo de trabalho e manejo das emoções são suficientes para regularizar os níveis de cortisol.

Qual é a relação entre estado emocional e cortisol alto?

Nosso estado emocional também pode afetar a produção de cortisol. Quadros de estresse crônico ou transtornos de ansiedade também causam uma hiperestimulação à glândula adrenal.

Como melhorar os níveis de cortisol?

Como já falamos, o corpo precisa de equilíbrio. Um conjunto de atividades pode ajudar você a ter níveis ideais de cortisol, alto nos momentos esperados de pico e baixo nas situações de descanso.

Veja que hábitos e atividades são essas:

Atividade física

Exercícios são excelentes aliados no combate ao cortisol alto. Nadar, correr, praticar esportes são algumas das atividades que aliviam o estresse.

Além disso, o exercício vigoroso estimula a liberação de substâncias como dopamina, serotonina, norepinefrina e endorfina. Elas promovem o relaxamento e a sensação de bem-estar.

Alimentação saudável

Diversos alimentos ajudam a regular os níveis de cortisol. Entre eles, destacamos os que possuem um aminoácido conhecido como fenilalanina, um precursor da dopamina e ligado ao mecanismo de recompensa do cérebro

Alguns exemplos desses alimentos são o arroz integral, abóbora, couve manteiga, agrião, alcachofra e brócolis.

No entanto, também é importante incluir outras substâncias ao cardápio, como o triptofano e vitamina B5. Destacamos, neste grupo, as oleaginosas como a amêndoa, além do gérmen de trigo e damascos.

Por outro lado, é muito importante que a pessoa com cortisol alto evite o consumo de estimulantes como a cafeína, o chocolate, chá verde, chá mate, refrigerantes e também de gorduras e carboidratos refinados.

Além dessas recomendações, o álcool e o cigarro também aumentam as taxas de cortisol. Deixar esses hábitos beneficia a saúde em inúmeros sentidos.

Sono adequado

O sono desregulado é um dos fatores que mais contribui para desequilíbrio do cortisol. Por isso, nós sempre sugerimos uma reeducação dos hábitos para ter uma noite de descanso reparadora.

Manejo do estresse

Infelizmente, é quase impossível não nos estressarmos. As demandas pessoais e profissionais, o trânsito, problemas e imprevistos são apenas alguns exemplos de situações que nos impactam emocionalmente.

Porém, precisamos desenvolver estratégias para manejo do estresse com o desenvolvimento da inteligência emocional e outras técnicas para solução de conflitos.

ESTRESSE CRÔNICO: VOCÊ NÃO PRECISA CHEGAR AO BURNOUT!

Embora nem sempre seja levado a sério, o estresse crônico é uma condição que causa uma série de impactos à saúde. Entenda melhor neste artigo.

Fulano estava bem, trabalhava normalmente, atendia às necessidades de sua família, até que “de repente”, precisou se afastar do trabalho e ser internado, pois teve síndrome de burnout.

A sensação que temos de que a crise máxima veio “de repente” revela, na verdade, a nossa falta de consciência sobre a gravidade do estresse crônico sobre nosso organismo.

Nós tratamos o estresse como algo normal em nossas vidas, como uma condição natural para quem é adulto, trabalha, paga boleto e tem uma série de responsabilidades.

Porém, para o nosso corpo, não é assim. O estresse desencadeia uma série de reações no organismo, fazendo com que nossos órgãos sejam afetados.

A seguir, você vai entender o que o estresse crônico provoca.

O que é o estresse crônico?

O estresse agudo e o estresse crônico são duas formas distintas de estresse, diferenciadas principalmente pela duração e por suas causas.

O estresse agudo é uma resposta imediata e de curto prazo a uma pressão ou desafio específico. Então, ele é uma reação de defesa que facilita a fuga de perigos.

Quando você está atravessando a rua, por exemplo, e ouve um carro buzinando, seu cérebro interpreta esse sinal como um perigo. Então, ele provoca um quadro agudo de estresse.

Assim, suas pernas recebem imediatamente um fluxo maior de sangue e o coração se acelera, para que você consiga correr mais rápido.

Portanto, quando o estresse ocorre nessas manifestações agudas e pontuais, ele é uma parte normal e até benéfica da vida cotidiana.

Por outro lado, o estresse crônico é mais insidioso e de longa duração. Ele surge como resultado da exposição contínua a fontes de estresse sem alívio ou relaxamento adequados entre os episódios.

Este tipo de estresse pode originar-se de problemas persistentes, como relações familiares tensas, trabalho insatisfatório ou dificuldades financeiras prolongadas.

Diferentemente do estresse agudo, que melhora nossa capacidade de enfrentamento em situações pontuais, o estresse crônico traz prejuízos à saúde física e mental. Você verá a seguir.

Quais são os impactos do estresse crônico para a saúde?

O estresse afeta uma série de órgãos e sistemas do corpo. Veja quais são os mais frequentes:

Doenças cardiovasculares

Em primeiro lugar, não poderíamos deixar de destacar o impacto do estresse crônico no sistema cardiovascular.

Sob estresse, o corpo libera hormônios como o cortisol e a adrenalina, preparando o corpo para a resposta de “lutar ou fugir”. Quando isso é um mecanismo temporário, é extremamente útil.

No entanto, esta chuva de hormônios eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca como mecanismos de preparação para ação imediata.

Se o estresse ocorre de maneira constante, essas condições de alerta se mantêm por mais tempo do que o necessário, aumentando o risco de hipertensão arterial (pressão alta), ataques cardíacos e Acidentes Vasculares Cerebrais (derrames).

Acúmulo de gordura abdominal

Você já ouviu alguém dizendo que engordou devido ao estresse? Esta afirmação não é totalmente falsa. O estresse crônico não é a única causa de um quadro de obesidade, mas ele certamente contribui para o problema.

A exposição prolongada ao cortisol, especificamente, também está associada ao acúmulo de gordura abdominal.

Essa gordura abdominal não é prejudicial apenas para a aparência. Depósitos de gordura na cintura também são um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares.

Ineficiência do sistema imunológico

O estresse crônico afeta adversamente o sistema imunológico, suprimindo a capacidade de defesa do corpo.

Portanto, o organismo tem uma redução na defesa contra agentes patogênicos e doenças. Isso deixa o indivíduo mais suscetível a infecções, doenças autoimunes e pode retardar o processo de cura.

Problemas com o sistema digestivo

O impacto do estresse crônico estende-se também ao sistema digestivo, pois ocorre um aumento da produção de ácido no estômago.

Isso pode levar a uma série de problemas gastrointestinais, incluindo gastrite, úlceras e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Além disso, em algumas pessoas, o estresse crônico afeta a motilidade gastrointestinal e a flora intestinal, resultando em sintomas como dor abdominal, distensão abdominal e alterações nos hábitos intestinais.

Impacto do estresse crônico sobre a saúde mental

Do ponto de vista psicológico, o estresse crônico é um fator de risco bem estabelecido para muitos problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade e distúrbios do sono.

A exposição contínua ao estresse pode levar a sentimentos de desesperança, isolamento social e uma visão negativa da vida, que são marcas registradas da depressão.

Da mesma forma, a ansiedade crônica pode se desenvolver em resposta ao constante estado de alerta provocado pelo estresse.

Impacto do estresse crônico sobre o sono

Distúrbios do sono, como insônia, são frequentemente observados em indivíduos com altos níveis de estresse crônico, criando um ciclo vicioso.

Portanto, a pessoa se sente estressada devido às suas condições e passa a ter problemas com o sono. A falta de sono, por sua vez, exacerba o estresse, prejudicando muito a qualidade de vida.

Estresse crônico e burnout

O impacto cumulativo do estresse crônico pode levar ainda ao esgotamento, também conhecido como síndrome de burnout.

Este estado de exaustão física e mental diminui a capacidade de um indivíduo de funcionar efetivamente no trabalho e na vida pessoal.

Assim, ele reduz não só a produtividade e a satisfação no trabalho, mas também pode deteriorar a qualidade das relações pessoais e a satisfação geral com a vida.

Como tratar o estresse crônico?

Como você pode perceber, o estresse crônico representa uma verdadeira ameaça ao bem-estar e à saúde.

Portanto, identificar e aplicar estratégias eficazes de manejo do estresse é crucial para mitigar esses riscos e promover uma vida mais saudável e equilibrada.

Ao identificar um quadro de estresse ou burnout, é muito importante que a pessoa descanse. Porém, além deste primeiro passo, ela precisa desenvolver estratégias de manejo do estresse.

Nós geralmente pensamos que o estresse é decorrente da nossa carga de trabalho e, por isso, associamos seu tratamento a uma pausa em nossas atividades.

No entanto, se este for o único recurso de enfrentamento do estresse, provavelmente haverá uma recorrência do quadro.

É importante que o estresse seja abordado de forma sistêmica, incluindo psicoterapia, prática de atividade física, higiene do sono e até mesmo mudanças na alimentação, pois ela também contribui para este quadro.

PERMEABILIDADE INTESTINAL: O QUE É? COMO IDENTIFICAR?


A permeabilidade intestinal pode ser a causa de vários sintomas que causam extremo desconforto. Saiba como identificar e tratar este problema.

 

A saúde intestinal é um dos pilares fundamentais para o bem-estar geral. Ela interfere na nossa imunidade, digestão e absorção de nutrientes, produção de hormônios e até mesmo na saúde mental, entre outros fatores.

No entanto, muitas pessoas atualmente sofrem com um problema pouco conhecido — a permeabilidade intestinal.

Mas o que realmente significa ter um intestino permeável e como isso afeta sua saúde? Neste artigo, exploraremos a permeabilidade intestinal, suas causas, sintomas, diagnósticos e estratégias de manejo para promover um intestino saudável.

O que é permeabilidade intestinal?

A permeabilidade intestinal refere-se à capacidade do revestimento intestinal de permitir a passagem de substâncias do intestino para a corrente sanguínea. Em um intestino saudável, essa barreira é seletiva, ou seja, permite a passagem de nutrientes essenciais e bloqueia toxinas e patógenos.

No entanto, quando a permeabilidade intestinal é aumentada, essas barreiras tornam-se menos eficazes, permitindo a entrada de substâncias indesejadas na corrente sanguínea, o que pode desencadear inflamações e outros problemas de saúde.

Causas da permeabilidade intestinal aumentada

Diversos fatores podem contribuir para o aumento da permeabilidade intestinal. A alimentação é um dos principais culpados; alimentos processados, ricos em açúcares refinados e gorduras trans, podem danificar o revestimento intestinal.

O estresse crônico também desempenha um papel significativo, pois eleva os níveis de cortisol, o que pode comprometer a função da barreira intestinal.

Além disso, infecções intestinais, uso prolongado de antibióticos e inflamações crônicas, como as causadas por doenças autoimunes, podem agravar a condição.

Finalmente, a falta de fibras na dieta e a baixa ingestão de prebióticos e probióticos também contribuem para a saúde intestinal comprometida.

Sintomas e consequências da permeabilidade intestinal

Os sintomas da permeabilidade intestinal aumentada podem variar amplamente e muitas vezes são inespecíficos. Comuns incluem desconforto abdominal, inchaço, gases, diarreia e constipação.

Portanto, muitas vezes, o paciente sente esses sintomas, tenta diversas alternativas de tratamento e não obtém bons resultados. Em grande parte das vezes, o diagnóstico chega após a exclusão de outras causas e o insucesso de outros procedimentos.

Além dos sintomas digestivos, a permeabilidade intestinal pode levar a inflamações sistêmicas, resultando em fadiga crônica, dores articulares e musculares, enxaquecas e problemas de pele, como acne e eczema.

A longo prazo, um intestino permeável pode estar associado ao desenvolvimento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, lúpus e doença celíaca, uma vez que o sistema imunológico pode reagir a substâncias que normalmente seriam barradas pelo intestino.

Diagnóstico da permeabilidade intestinal

Diagnosticar a permeabilidade intestinal não é simples e geralmente envolve uma combinação de métodos. Testes de laboratório, como o teste de lactulose e manitol, podem medir a absorção dessas substâncias no intestino e determinar a permeabilidade.

No entanto, na maioria das vezes, a investigação do quadro não começa por esses exames e, como mencionamos anteriormente, o paciente pode receber diagnósticos diferentes e ser mal sucedido em diversos tratamentos antes que essa hipótese seja levantada.

Exames de fezes e sangue podem ser usados para detectar marcadores de inflamação e níveis anormais de anticorpos que indicam uma resposta imunológica anormal. A avaliação clínica e o histórico médico detalhado são essenciais para um diagnóstico preciso, permitindo um plano de tratamento adequado.

Tratamentos e estratégias de manejo

Gerenciar a permeabilidade intestinal envolve várias estratégias, especialmente focadas na alimentação e no estilo de vida. Não há um medicamento ou procedimento milagroso para solucionar o problema.

O primeiro passo é adotar uma alimentação anti-inflamatória. Isso inclui evitar alimentos processados, açúcares refinados, glúten e laticínios, que podem agravar a condição.

Em vez disso, é recomendável consumir alimentos ricos em fibras, prebióticos e probióticos, como vegetais, frutas e legumes, que ajudam a restaurar a saúde intestinal.

Suplementos como glutamina, zinco e ômega-3 também podem ser benéficos para reparar a barreira intestinal e reduzir a inflamação. A glutamina, um aminoácido, é particularmente eficaz na reparação do revestimento intestinal.

O zinco desempenha um papel vital na função imunológica e na saúde da mucosa intestinal, enquanto os ácidos graxos ômega-3 ajudam a reduzir a inflamação sistêmica.

Gerenciar o estresse é outro componente essencial. Exercícios físicos regulares e terapia podem ajudar a reduzir os níveis de cortisol e promover a saúde geral. Além disso, o sono adequado é fundamental para a recuperação e manutenção da saúde intestinal.

Prevenção da permeabilidade intestinal

A prevenção é sempre o melhor remédio. Portanto, adotar uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e pobre em alimentos processados, é a chave para manter a integridade da barreira intestinal.

Incorporar alimentos anti-inflamatórios e ricos em fibras, como vegetais, frutas, grãos integrais e alimentos fermentados, pode ajudar a manter a saúde intestinal. Além disso, evitar o uso excessivo de antibióticos e medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) pode prevenir danos ao revestimento intestinal.

Manter um estilo de vida ativo e equilibrado, com práticas regulares de redução de estresse, como exercícios físicos e sono de qualidade, também é crucial. Hidratação adequada e evitar o consumo de álcool e cafeína contribuem para a saúde geral do intestino.

Como você pode perceber, a permeabilidade intestinal é uma condição que pode ter um impacto significativo na saúde geral, mas que pode ser gerenciada e até prevenida com as estratégias corretas.

Adotar hábitos alimentares saudáveis, gerenciar o estresse e manter um estilo de vida equilibrado são passos fundamentais para promover a saúde intestinal e prevenir problemas a longo prazo.

Se você suspeita que pode estar sofrendo de permeabilidade intestinal, promova mudanças graduais em seu estilo de vida.

REPOSIÇÃO DE TESTOSTERONA EM HOMENS: O QUE É E QUAIS OS RISCOS DO USO INDEVIDO

A reposição de testosterona em homens pode ajudar em casos específicos, mas o uso indevido traz sérios riscos à saúde. Saiba quando é realmente indicada.

Nos últimos anos, o tema reposição de testosterona em homens tem ganhado cada vez mais destaque. Muitos associam esse tratamento ao aumento da disposição, da libido e até do desempenho físico.
No entanto, é importante entender que a reposição hormonal só deve ser feita quando existe uma necessidade clínica comprovada. O uso sem orientação médica pode causar problemas sérios e, em alguns casos, irreversíveis.

O que é a reposição de testosterona?

A testosterona é um hormônio produzido principalmente pelos testículos e está relacionada a diversas funções no organismo masculino, como:

  • Desenvolvimento da massa muscular
  • Produção de espermatozoides
  • Manutenção da libido
  • Regulação do humor e da energia

Com o passar dos anos, especialmente após os 40, os níveis hormonais começam a diminuir. Quando essa queda é significativa e provoca sintomas como cansaço, perda de força, irritabilidade ou redução do desejo sexual, é essencial procurar um médico.
Somente após exames e avaliação clínica é possível confirmar a deficiência e considerar a terapia de reposição hormonal (TRT).

O uso indevido e seus riscos

Muitos homens buscam a testosterona por conta própria, na tentativa de melhorar o corpo ou a performance. Essa prática, porém, é perigosa.
O uso sem acompanhamento é considerado abuso hormonal e pode provocar efeitos colaterais graves.

Entre os principais riscos estão:

  • Aumento da pressão arterial e maior risco de infarto ou Acidente Vascular Cerebral
  • Danos ao fígado
  • Infertilidade, causada pela inibição da produção natural de espermatozoides
  • Alterações de humor, como agressividade e irritabilidade
  • Crescimento das mamas (ginecomastia)
  • Queda de cabelo e acne severa
  • Supressão da produção natural de testosterona, que leva à dependência hormonal

Esses efeitos podem aparecer rapidamente e, muitas vezes, não têm reversão. Por isso, é fundamental buscar orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento.

Quando a reposição é realmente indicada

A reposição de testosterona em homens deve ser feita somente sob orientação médica. O profissional mais indicado é o endocrinologista ou o urologista.
O diagnóstico exige exames de sangue, análise dos sintomas e histórico de saúde. Dessa forma, o médico consegue definir se há realmente deficiência hormonal.

Quando indicada, a reposição precisa ser acompanhada de perto. Durante o tratamento, o especialista solicita exames periódicos para ajustar as doses e avaliar a resposta do organismo.
Esse cuidado evita complicações e garante resultados seguros.

Formas naturais de equilibrar a testosterona

Nem sempre é necessário recorrer a medicamentos. Alguns hábitos saudáveis ajudam o corpo a manter níveis adequados do hormônio de forma natural:

  • Pratique exercícios físicos regularmente, especialmente musculação
  • Durma bem — noites mal dormidas reduzem a produção de testosterona
  • Tenha uma alimentação equilibrada, com alimentos ricos em zinco, magnésio e gorduras boas
  • Evite o consumo de álcool e tabaco
  • Gerencie o estresse, já que o cortisol elevado interfere nos hormônios sexuais

Essas mudanças não apenas equilibram o corpo, mas também melhoram o humor, a energia e a saúde geral.

Conclusão

A reposição de testosterona em homens pode trazer benefícios quando feita com responsabilidade e orientação médica.
Mas o uso indevido, motivado por estética ou promessas rápidas, é arriscado e pode comprometer a saúde de forma permanente.

Antes de qualquer decisão, procure um profissional qualificado, realize os exames necessários e lembre-se: o equilíbrio é o verdadeiro segredo da vitalidade.