A saúde do homem é uma grande preocupação para a sociedade. Mas, na grande maioria, eles mesmos não se importam. Quais riscos eles correm por pensar assim?
Os números mostram que a preocupação dos homens com a saúde vai muito mal. Pasmem: a saúde do homem é negligenciada por eles mesmos!
A fim de entender o comportamento masculino na hora de buscar ajudar médico, um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem mostrou que 70% dos indivíduos do sexo masculino procuram um consultório médico por influência da companheira ou dos filhos.
Ou seja, a saúde do homem só passar a ter prioridade depois de insistências familiares.
Por consequência, metade desses pacientes chegaram ao consultório médico com doenças em estágio avançado, como aponta o estudo apresentado pelo Ministério da Saúde.
Talvez seja por esta negligência que os homens vivem menos que as mulheres. Em média, seis anos a menos.
Aliás, eles têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial elevada se comparado as mulheres.
Além disso, existe uma maior mortalidade masculina também por se envolverem em situações de violência, uso do álcool e outras drogas com maior frequência, fora a exposição aos acidentes de trânsito e de trabalho.
Os homens têm dificuldades para cuidar da sua saúde
De forma geral, existe uma resistência masculina quanto ao autocuidado. Eles se envolvem com mais comportamentos nocivos à saúde, como a alimentação inadequada, vícios e sedentarismo.
Para piorar a situação, costumam buscar por atendimento médico quando o problema de saúde já está grave. Além de terem menor adesão aos tratamentos crônicos, aqueles com maior duração.
Isso, porque muitas vezes, os esquemas terapêuticos exigem maior empenho, e também modificações dos hábitos de vida para cumprimento do tratamento. Muitos não se adequam a nova rotina e rejeitam os tratamentos.
Saúde masculina: um tabu para vencer
Mas aí vem a pergunta que não quer calar: por que a maior parte dos homens relutam em cuidar da própria saúde?
Bom, a primeira questão é o fator cultural. Os estereótipos relacionados ao gênero, enraizados em nossa cultura, condicionam uma prática baseada nas crenças e valores do “ser homem”.
Estar doente sempre foi visto como um sinal de fragilidade. Por consequência dessa ideia, os homens encaram a doença como uma atentado a masculinidade.
Surpreendentemente, os homens se sentem invencíveis e isso acaba contribuindo para que cuidem menos de si e se exponham a situações de risco.
Outro fator é o medo: medo de descobrir que algo não está certo e, assim, levar por água abaixo sua crença do “homem de aço”.
Um outro ponto abordado pelos homens, está ligado com a rotina de trabalho, já que os horários de funcionamento dos serviços de saúde coincidem com os horários das suas atividades.
Ok, isso pode até ser uma barreira legítima!
Porém, vale destacar que grande parte das mulheres estão inseridas no mercado de trabalho, e nem por isso deixam de procurar os serviços de saúde. Ou seja: mais uma desculpa!
A preocupação quanto a saúde do homem é mais do que uma implicância familiar, mas uma questão de saúde pública.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), no relatório “Masculinidades e saúde na região das Américas“, diz que as expectativas sociais elevadas dos homens – como serem provedores ou sexualmente dominantes – têm contribuído para o aumento do risco a vida deste grupo: suicídio, homicídio, vícios e acidentes de trânsito, bem como para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis têm aumentado consideravelmente.
E aqui o alerta da organização: um em cada cinco homens morre antes dos 50 anos, por situações ligadas a comportamentos “machistas” construídos socialmente. Por exemplo: homem não fica doente!
Para a boa saúde do homem é preciso mudar hábitos
A ocorrência de muitas doenças prevalentes entre os homens pode ser evitada apenas com medidas preventivas.
Para manter a saúde do homem, algumas mudanças como: evitar as bebidas alcoólicas, o cigarro, manter uma alimentação saudável, reduzir o consumo de sal, gordura e aumentar o consumo de frutas e hortaliças já é um bom começo!
Do mesmo modo, a prática de exercícios físicos com regularidade, manter o peso ideal, praticar relações sexuais seguras e realizar exames médicos de rotina de forma periódica, também são passos a seguir para a saúde do homem.
Saúde do homem: hora do check up
Veja bem, em todas fases da vida do homem, ocorrem mudanças fisiológicas no corpo que requerem acompanhamento médico para manutenção da saúde e prevenção de doenças.
Agora, se a pessoa tem história na família de morte súbita ou infarto; câncer de próstata, tireoide, intestino ou estômago; acidente vascular cerebral em idade precoce ou aneurisma de aorta, são mais propensos a apresentar alterações na saúde.
Por isso, é importante fazer acompanhamento médico com mais periodicidade. Então, fique atento aos exames de rotina que devem ser feitos.
Você que é homem, não fique com vergonha de cuidar da sua saúde! Converse sobre seus problemas e as preocupações com sua parceira, familiares e amigos.
Para ser homem é preciso estar vivo! Com sua saúde em dia, você poderá estar mais presente na vida de sua família em todos os momentos. Por isso, se cuide!
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