21.12.24

MÃE CULPADA, QUEM NUNCA?

Você é uma mãe culpada, que está exausta por tentar acertar sempre e ser a melhor mãe que existe? Então precisamos falar sobre o esgotamento materno.

Você sabe qual a receita para produzir uma mãe culpada? Os ingredientes são inúmeros, mas alguns são: expectativas frustradas, comparações com outras mães, múltiplas atividades, redes sociais maquiadas, relacionamentos tóxicos, etc.

As inúmeras atribuições impostas às mulheres com filhos, – ainda mais nesta sociedade da produtividade – revela viver uma maternidade em culpa para muitas delas.

E além da responsabilidade pela maternidade, sutilmente (e muitas vezes, explicitamente) a mulher é pressionada no seu entorno a ser uma boa esposa, excelente profissional, pessoa preocupada com a autoimagem e desenvolvimento intelectual, ter uma vida social ativa e por aí vai.

E claro, que ao tentar cumprir todos esses papéis, as mães descobrem que vivem sem tempo e que, infelizmente, é impossível fazer tudo o que desejam, muito menos perfeitamente.

Como resultado de não conseguir tudo o que se espera, a mulher vive uma vida descontente, tornando-se a famosa “mãe culpada”, infeliz por nem sempre atingir o que se “espera” dela, dentro de expectativas irreais da maternidade.

Diante disso, cansadas e culpadas, a grande maioria das mães gostariam de ter mais tempo ao lado dos filhos.

Mãe culpada e as pressões

Em uma pesquisa com mais de 5 mil mães brasileiras, 72% delas se sentem culpadas por trabalhar fora e quando questionadas se parariam de trabalhar, caso pudessem, 62% das mães responderam que sim.

Surpreendentemente, o se sentir como uma mãe culpada começa muito cedo: as mulheres sofrem por não ter o parto desejado, por não conseguir amamentar, por precisar introduzir fórmula, por não manter uma rotina adequada após o nascimento do bebê, por não conseguir oferecer a melhor alimentação e por outras inúmeras cobranças.

Fora isso, algumas perguntas profundas rondam a mente da maior parte das mães:

  • Será que estou fazendo tudo certo?
  • Como ser uma mãe perfeita?
  • Como conciliar trabalho e tempo de qualidade para os filhos?
  • Por que não amo todos os momentos da maternidade?
  • O que irão pensar de mim por ter esquecido a atividade escolar?

Além de toda essa pressão e a busca por entregar o que as pessoas esperam, soma-se às mães uma tremenda exaustão.

De fato, sentir-se cansada é normal e até faz parte da vida agitada das mães com a missão de se doar, pois afinal isso é parte do amar!

Mommy burnout existe!

Mas quando a sensação de cansaço se torna constante, gerando estresse, desmotivação e problemas no cotidiano, é momento de refletir sobre as causas e consequências dessa exaustão

Afinal, o cansaço exagerado pode configurar um distúrbio psíquico, conhecido como “mommy burnout”, circunstância similar ao esgotamento profissional.

Mommy burnout é a síndrome de esgotamento na maternidade e quando se chega a esse ponto, é preciso buscar ajuda e apoio profissional.

Mas alguns passos para a mudança são importantes, como conhecer os seus valores e saber quais quer passar para o seu filho.

Com toda a certeza, se a mulher está segura do que é importante, ela fica mais conectada consigo e com o filho, para criá-lo da melhor forma possível, sem esse sentimento de mãe culpada e cobrança externa.

E sem dúvida, os valores pautados no amor são o auge desta relação mãe e filho. Amor em atitude e não amor sentimental, tá!

E você, quer que o seu filho se sinta amado? Então, primeiro, se encha desse amor, doe e, sem sem dúvida, ele se sentirá amado!

Você vai errar e tudo bem por isso!

Ainda falando de culpa, uma mãe mencionou que a sua maior dificuldade na maternidade é o sentimento de culpa, como se estivesse errando todo o tempo.

Antes de mais nada vale dizer que, se você como essa mãe, estiver mesmo errando o tempo todo, não é o sentimento de culpa que vai te tirar desse lugar.

Então pare agora mesmo de usar ferramentas de autodepreciação, pois elas não te levarão a lugar algum.

O que você precisa é se responsabilizar e se apoderar do problema de forma consciente, conseguir pegar a chave das algemas e abri-las. Só isso será capaz de mudar as circunstâncias.

É aprender com os erros, repensar, diminuir os danos e evitar repeti-los. E saiba que na maternidade esse ciclo de autorreflexão e atitude sempre se repete. E está tudo bem!

O principal é entender que assumir responsabilidades é viver sem o peso da culpa. De maneira a ser uma pessoa cada vez melhor e capaz de crescer em amor e empatia pelos filhos.

Agora no caso de erros reais, peça perdão aos filhos! Isso não é sinal de fragilidade, mas de justiça e amor expressos não apenas em palavras nos momentos de alegria, mas em atitudes nos momentos difíceis.

Enfim, você precisa pegar mais leve consigo mesma. Com toda certeza, uma mãe que ama acerta bem mais do que erra. E as muitas vezes em que erra, ainda erra por amor.

Conhece uma mãe culpada? Então compartilhe com ela este texto!

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